A Ferrari chegou à França em alta, a equipe estava ocupando a terceira posição do Campeonato de Construtores, mas a sua passagem por Paul Ricard foi marcante pelo lado negativo. O time que apresentou um bom trabalho nos treinos livres e largou dentro do Top-10, não conseguiu sustentar as posições durante a corrida e terminou a prova sem pontos.
Neste retorno ao autódromo a performance da Ferrari era um assunto que levantava muita expectativa. A equipe italiana já havia alertado que as próximas corridas do calendário não seriam fáceis pare eles, mas após o mesmo discurso no Azerbaijão e o bom resultado por lá, obviamente uma dúvida surgiu.
O GP da França começou bem para a Ferrari, Carlos Sainz obteve o P5, Charles Leclerc alinhou em P7 no grid. Mas mesmo com os pilotos se segurando no início da prova, a queda de ritmo começou a se acentuar e quando os pneus duros foram instalados, eles perderam espaço na disputa.
Após a corrida, Mattia Binotto disse: “Foi uma corrida muito cansativa e difícil para nós hoje. Não conseguimos fazer os pneus funcionar como devíamos e penso que o nosso desempenho foi muito difícil com os pneus.”
“Não acho que reflita o verdadeiro ritmo do carro ou o desempenho em si, mas é algo que precisamos aprender e resolver, não no futuro imediato, mas no médio e longo prazo”, completou o chefe de equipe.
Os resultados iniciais da Ferrari, a busca pela terceira posição do Campeonato de Construtores chamou muito a atenção, principalmente de alguns times que não acreditavam nesta rápida recuperação da equipe de uma temporada a outra. Mas o time garante que existem problemas por lá.
LEIA MAIS: Ferrari vai focar no desenvolvimento do carro de 2022
“Sabíamos que este circuito seria difícil”, disse Binotto. “Curvas de alta velocidade onde você coloca muita energia nos pneus, em condições de calor. Se você está olhando novamente para dois anos atrás, estávamos realmente lutando aqui, então eu acho que essas são as características do nosso carro. Não é uma pista que funcione bem para nós.”
O desempenho ruim na França aparece dias depois da equipe informar que vai começar a focar no carro de 2022. Desta forma o SF21 ainda receberá algumas atualizações, mas não será mais o foco da equipe de Maranello.
Como é um problema que não está relacionado ao carro deste ano, mas na forma como eles trabalham a construção dos carros, será necessário analisar este problema para resolver a questão para o próximo ano.
“Para nós é mais importante entender e abordar o problema de forma definitiva para o próximo ano”, acrescentou Binotto. “A principal preocupação para nós é que vai acontecer em mais corridas, mas não em todas as pistas. Precisamos nos preparar para esta situação.”
Após o GP da França, a McLaren conseguiu ultrapassar a Ferrari e ampliar a distância entre eles para 16 pontos.
A Ferrari teve classificações expressivas nos circuitos de rua e o mesmo se repetiu na França, mas a equipe tem dificuldade para manter as posições depois do início da corrida.
LEIA MAIS: Leclerc e o ‘domínio’ do 4º lugar – como ele está ajudando a Ferrari na disputa do Campeonato de Construtores
“Nós realmente precisamos entender o que aconteceu, já que com os dois carros temos lutado muito, caindo muito. O ritmo está lá nas duas primeiras voltas com os pneus e depois todos continuam neste ritmo e os nossos carros começam a cair. É aí que precisamos trabalhar no momento e realmente precisamos entender esse problema”, disse Charles Leclerc.
Os pneus afetaram a corrida da Ferrari, para muitas equipes as variações de temperatura que ocorreram na corrida, contribuíram para a granulação dos compostos – principalmente dos dianteiros.
As corridas na Áustria podem ser igualmente preocupantes para a Ferrari. Além disso a equipe terá pouco tempo para encontrar uma solução que possa aplicar já na próxima corrida deste fim de semana.
Confira o nosso podcast!
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!