A Ferrari levou um pacote significativo de atualizações para o GP da Espanha, aproveitando que a pista é um campo de testes. O time tem enfrentado a dificuldade de evoluir o seu ritmo de corrida. Ainda que eles sejam rápidos em classificação, o equipamento ainda está devendo quando precisa realizar uma maratona – como acontece nas provas.
Em corrida, o SF-23 ainda tem problemas com a degradação dos pneus, algo que também afeta diretamente o ritmo de corrida dos pilotos da Ferrari. Embolados com a Aston Martin e Mercedes, a equipe italiana conseguiu apenas um pódio nesta temporada e ainda foram superados pela dupla da Mercedes em Mônaco.
Para Barcelona, a Ferrari vai avaliar um novo conjunto de peças. O chefe de equipe, Frédéric Vasseur acredita que há um “grande espaço para melhorias” na performance do carro. Diferente da Mercedes, a Ferrari não vai apostar em um conceito diferente, a sua ideia é tentar melhorar o conceito original do carro. O time não acredita que remodelar o que eles estão usando seja necessário.
“Acho que não se trata apenas do potencial pacote de atualizações, mas também temos que operar o pacote em uma janela melhor. O primeiro objetivo para nós não é apenas colocar dowforce no carro, é deixar o carro um pouco mais consistente, e além da atualização, temos um grande espaço para progredir com o carro atual em termos de desempenho”, disse Vasseur.
O atual chefe de equipe da Ferrari não esteve ligado a criação do SF-23, na verdade tudo ainda é atribuído à gestão de Mattia Binotto. Vasseur tem acompanhado o desenvolvimento do carro ao longo dessas seis provas que já foram disputadas, além do trabalho realizado internamente. Ainda é difícil atribuir algumas reponsabilidades sobre o funcionamento do carro ao novo chefe de equipe.
LEIA MAIS: Ferrari defende escolhas durante GP de Mônaco, mas novamente estratégia falha
“Temos que recomeçar do zero? Eu diria que, enquanto estiver convencido de que podemos melhorar o carro atual, seria um erro durante a temporada mudar completamente o objetivo.”
Essa é a resposta de Vasseur sobre mudar completamente o conceito do novo carro, além disso o time está limitado as regras que envolvem o teto orçamentário.
Em Miami a Ferrari realizou algumas alterações no assoalho, enquanto ajustes foram feitos nas asas dianteira e traseira usadas em Mônaco. A Ferrari, assim como as outras equipes não podem testar as mudanças em Ímola, então segue para Barcelona tentando avaliar as novas peças em um campo que realmente é destinado aos testes. O circuito deve dar um parâmetro para o time italiano de como proceder com as novas atualizações além do projeto.
Em Barcelona é muito comum ver uma ordem se formar na tabela de tempos e revelar a ordem das forças do Campeonato.
“Com a introdução de um pacote, você não está usando 100% dele na primeira corrida. Será uma oportunidade para continuar a desenvolver o carro com esta base e espero que possamos dar um passo à frente em Barcelona com certeza, mas não será o fim do desenvolvimento do carro, temos atualizações para as próximas duas, três corridas depois desta”, seguiu Vasseur.
Mesmo ciente das mudanças, Charles Leclerc e Carlos Sainz não acreditam em uma alteração que fará um grande milagre no carro da Ferrari. A ideia é tornar o carro um pouco mais confortável de guiar, corrigindo as deficiências do projeto.