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Em corrida ditada pelo desgaste dos pneus, Verschoor vence Sprint da F2 na Hungria

Em prova marcada pelo desgaste acentuado dos pneus, Richard Verschoor recupera a ponta e fatura vitória neste sábado na Hungria

A Fórmula 2 invadiu a Hungria nesta manhã de sábado (20) para o duelo da prova Sprint, Richard Verschoor venceu a prova, fazendo valer a pole. No entanto, o piloto da Trident não liderou todas as voltas da corrida, pois foi superado por Andrea Kimi Antonelli no início da prova, por conta da diferença de performance dos pneus macios para os compostos duros.

Aliás, a corrida foi decidida desta forma, os pneus macios renderam mais no começo da prova, mas os competidores foram surpreendidos pelos adversários com os pneus duros, pois estes compostos resistiram de uma melhor forma as 28 voltas da prova Sprint. A aposta da Pirelli se mostrou falha, quando informou aos times que seria possível concluir a corrida com os pneus macios. Na Fórmula 3 os pilotos já lidavam com um alto desgaste dos compostos.

Antonelli perdeu performance, assim como Gabriel Bortoleto e Enzo Fittipaldi, os três competidores precisaram de um pit-stop para concluir a prova, mas perderam a chance de obter pontos neste sábado.

Verschoor recuperou a liderança, levando com ele Kush Maini e Victor Martins para o pódio. Isack Hadjar batalhou o máximo possível para chegar ao pódio, mas precisou se contentar com o quarto lugar. Dennis Hauger foi o quinto colocado, acompanhado por Franco Colapinto, Paul Arton e Taylor Barnard que faturaram pontos nesta etapa.

A corrida ficou marcada pelo duelo de Jak Crawford, Oliver Bearman e Juan Manuel Correa, que brigavam pelo top-10 e dividiram algumas curvas do circuito lado-a-lado no final da prova.

Saiba como foi a prova Sprint da Fórmula 2 na Hungria

Paul Aron faturou a pole na sexta-feira, mas começa essa corrida ocupando o décimo lugar por conta do grid invertido. Desta forma, Richard Verschoor começou a prova ocupando a primeira posição com a Trident, com Kush Maini da Invita Racing o seu lado.

Na volta de formação, o carro de Zane Maloney ficou parado no grid, o barbadiano precisou seguir para o pit-lane, para participar da prova. O piloto da Rodin começaria a corrida ocupando o terceiro lugar.

Largada autorizada, Verschoor se posicionou bem e manteve a ponta. No entanto, Antonelli e Maini duelaram pela segunda posição, com o piloto da Prema se dando melhor para ocupar o segundo lugar. Bortoleto saltou para o sexto lugar, superando Hadjar. Na sequência foi a vez de Fittipaldi duelar com Hadjar, pela sétima posição.

Nem todos os pilotos usaram os pneus macios nesta prova, uma parte optou pelos compostos duros por conta do desgaste dos compostos apresentados na classificação. A prova Sprint é uma corrida disputada sem a necessidade de pit-stop, mas tinha muita coisa para acontecer ainda na prova deste sábado.

Os duelos seguiam, Bortoleto perseguia Hauger, enquanto Fittipaldi tinha se livrado de Hadjar no terceiro giro. Antonelli era instruído a superar Verschoor rapidamente, para assumir a liderança, mas o piloto da Trident apostava em um traçado defensivo para seguir na ponta.

No entanto, no quarto giro, o italiano concluiu a ultrapassagem. Neste momento os dez primeiros eram: Antonelli, Verschoor, Maini, Martins, Hauger, Bortoleto, Fittipaldi, Hadjar, Bearman e Colapinto.

A sessão seguiu e no sétimo giro, como Bortoleto não ultrapassou Hauger, Fittipaldi atacou o compatriota para ocupar o sexto lugar, sendo um duelo limpo entre os competidores.

Na liderança, Antonelli tinha mais de 2 segundos de vantagem para o segundo colocado. O restante do pelotão ainda travava disputas diretas, buscando outras ultrapassagens.

No final do pelotão, Miyata concluiu fez a ultrapassagem em Amaury Cordeel para ocupar a décima sétima posição, durante a volta 11.

No giro seguinte, Hauger atacou Martins, no duelo pela quarta posição, mas o piloto da ART Grand Prix conseguiu tracionar melhor, depois que o adversário pegou uma zebra. A briga continuava, com o engenheiro de Hauger motivando o seu competidor.

Se Antonelli tinha uma vantagem no começo da prova, passou a perder performance por conta do desgaste dos pneus. A diferença do italiano para Verschoor caiu para menos de um segundo.

A prova estava na volta 14, com 28 previstas, mas os pilotos com os pneus macios já estavam sofrendo com o desgaste. Bortoleto caiu para o oitavo lugar, ultrapassado por Hauger e Hadjar.

Na ponta Antonelli era pressionado não apenas por Verschoor, mas por Maini que também usava pneus duros. O italiano fazia o máximo para se manter na ponta, não se importando em fritar os pneus, para sobreviver ao duelo.

No giro 17, Antonelli não conseguiu mais resistir as investidas e após cometer mais um erro, caiu para a quarta posição. Pouco depois foi a vez de Fittipaldi saltar para o quarto lugar.

Antonelli foi chamado aos boxes na volta seguinte, depois que o piloto virou uma chicane no traçado.

Na volta 20, os dez primeiros eram: Verschoor, Maini, Martins, Fittipaldi, Hauger, Colapinto, Bortoleto, Bearman e Villagomez. Restou à Bortoleto também ir aos boxes depois de perder rendimento por conta dos pneus macios.

Amaury Cordeel recebeu uma punição de 10 segundos.

Restando sete voltas para o final, Hadjar mostrava que tinha mais ritmo que Fittipaldi, buscou a ultrapassagem no brasileiro. Na sequência Fittipaldi também era ameaçado por Hauger. O piloto da Van Amersfoort Racing era mais uma vítima da atuação dos pneus macios no final da prova.

No giro 24, o pneu dianteiro esquerdo de Fittipaldi estourou por conta do desgaste dos compostos e passou a se arrastar na pista. O brasileiro foi mais um piloto obrigado a ir aos boxes substituir os compostos.

Duas voltas depois, Correa, Crawford e Bearman fizeram as três primeiras curvas do circuito lado a lado, um toque ocorreu, mas os pilotos conseguiram sustentar o duelo. Crawford extravasou os limites e pista, para superar os adversários, mas conseguiu ficar com o décimo lugar, enquanto Correa era o nono.

Verschoor faturou a vitória, com mais de 1s5 de vantagem para Maini. Martins completou o pódio nesta prova Sprint.

A manobra entre Bearman, Crawford e Correa será analisada pela direção de prova.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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