Os pneus são uma questão nesta temporada, afinal este é o terceiro ano que a Pirelli está trabalhando com os mesmos compostos e ainda é necessário levar em consideração que eles têm características de 2018. Os carros evoluíram, mas por conta do adiamento da introdução do novo regulamento, os pneus de 18 polegadas só serão usados pelos carros de Fórmula 1 em 2022.
Algumas equipes tiveram dificuldades neste ano com o desgaste dos compostos, a Ferrari também sofreu com está questão, o GP da França foi um ponto de atenção para o time, pois naquela ocasião a dupla terminou fora da zona de pontuação.
“O que aconteceu na França, tivemos um desgaste muito alto do pneu dianteiro esquerdo, granulação e depois muito desgaste. Em Maranello tentamos realizar o exercício de ‘temos um problema no nosso carro, em termos de conceito’, e desta forma está trazendo de volta ao desgaste dos pneus”, disse Binotto.
A França foi um ponto para análise, mas não é como se o time não estivesse tendo alguns problemas com o desgaste dos pneus dianteiros nos circuitos que correram antes de passar por Paul Ricard.
Depois de uma análise completa com a ajuda do simulador em Maranello, o chefe de equipe, identificaram uma falha no design do SF21, algo que estava provocando a granulação dos compostos de forma excessiva.
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Para tentar melhorar o desempenho e conter o problema, tiveram que realizar ajustes na configuração do carro, assim foi possível conter o desgaste ‘crítico’ que os compostos dianteiros estavam sofrendo.
“Se você está escorregando, existem razões pelas quais isso ocorre, e essas razões, podem ser uma configuração simples. Você pode aperfeiçoar a traseira do carro na frenagem, ter boa estabilidade traseira, mas um carro maleável.”
“Mas mudamos nossa afinação nas corridas seguintes, tentamos ter mais equilíbrio, tentamos deslizar menos com a frente e controlar os pneus a esse respeito, e acho que quaisquer etapas que fizemos nessa direção provamos ter a direção certa para lidar com o desgaste dos pneus.”
A Ferrari passa por uma temporada onde tenta lidar da melhor forma com o seu carro, reconhecendo as fraquezas para não deixar esses problemas voltem a se repetir com o modelo de 2022. A equipe já teve várias questões com a parte frontal e também com a traseira nestes últimos anos.
“E de fato, na Áustria e certamente no Reino Unido [em Silverstone, onde Leclerc brigou pela vitória], e acompanhando também a situação na Hungria, mostramos que temos sido capazes, nas últimas corridas, para encontrar uma melhoria em termos de desgaste do pneu dianteiro, e hoje não parece ser tão crítico como foi na França”.
Para lidar com o desgaste dos pneus, depois destes ajustes na configuração que foram feitos, Binotto sabe que a Ferrari perdeu um pouco de ritmo ao longo das voltas.
“Acho que podemos ter comprometido um pouco [o ritmo da volta] mas não muito. Acho que cabe aos pilotos também se adaptarem a um tipo diferente de configuração. Acredito que somos nós que estamos aprendendo um tipo diferente de equilíbrio a ser usado. Mas acho que também é uma preparação para a corrida, o que foi muito importante para Silverstone.”
“Mas é uma curva de aprendizado, essa também, e obviamente esse é um elemento quando você tem o desgaste do pneu dianteiro. Isso não significa que em todos os circuitos você precisa revisar a maneira como está abordando sua configuração.”
A Ferrari teve a oportunidade de se recuperar em 2021, mesmo com todos os problemas do carro eles estão atualmente na terceira posição do Campeonato de Construtores. Ainda existe um longo percurso longo até o encerramento da temporada, mas o SF21 ainda será um objeto de estudo e avaliação para o próximo ano.
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