© Foto de capa: Rafa Catelan
Três finais de semana seguidos no Autódromo de Interlagos, tirando fotos das competições principais e categorias de acesso, tais como Porsche Cup, Copa Truck, HB20, Mercedes Challenge, Stock Car e Stock Light.
A foto de hoje é do @PoJedi, marcando o início das atividades para a final da @stock_car
E ai quem leva o campeonato 2019? #StockNoBP #Stock40 pic.twitter.com/43pfin9occ— Deborah Almeida 🏁🐝 (@DehFlowers) December 12, 2019
Foi nestes finais de semana que eu conheci mesmo Interlagos, apensar de já ter pisado nele outras vezes. Da arquibancada nós somos meros espectadores, dependendo do que realizamos no paddock já somos bem participativos, mas caminhando pelo asfalto e terra daquele lugar, é impossível não se sentir parte dele.
Eu achava que conhecia Interlagos até realmente pisar nele, sentir os cheiros, tocar as coisas e ir mais afundo. Estar com outros fotógrafos que já conheciam o lugar foi fundamental, pois apesar de saber muito bem o nome de lugares como “laranjinha”, “curva do lago”, “miolo”, “junção”, entre outros, é difícil de identificar tudo isso fora do papel.
<3 @porschegt3cup pic.twitter.com/5s0zVHT3QC
— Deborah Almeida 🏁🐝 (@DehFlowers) November 30, 2019
E não é só se sentir situada, mas também é conhecer os melhores pontos para fotografar e buscar ficar mais segura. Não existe o lugar 100% seguro, mas é importante saber que a barreira de pneus não vai te proteger se um caminhão vir a milhão para cima de você, mas ainda assim, vale algumas extravagancias para conseguir o melhor click.
Outra coisa mágica em fazer registros de corrida é de fato após acompanhar alguns fotógrafos por muito tempo e pisar no mesmo lugar que ele, algumas imagens saltam na memória e fica fácil reconhecer aquele lugar. As imagens contam uma história, não só a beleza do momento, mas alguns acidentes também são fáceis de ser lembrados por estes registros.
Curte e te darei um motivo pra postar uma foto.
(A regra é não revelar o motivo) pic.twitter.com/QwaJlj7G58— Deborah Almeida 🏁🐝 (@DehFlowers) December 16, 2019
De todas as categorias que eu tirei foto, a Copa Truck foi a mais emocionante, pois é incrível ver um bruto daquele tamanho fazendo o “S do Senna”, praticamente se torcendo todo, pois a carenagem dá a impressão que vai se soltar a qualquer momento. Eles andando lado a lado, as vezes se apoiando um no outro, o barulho, o cheiro e o vento que eles produzem é simplesmente de tirar o fôlego. As vezes dá vontade de guardar apenas na memória aquela emoção.
Indo em três finais de semana seguidos é possível perceber as diferenças entre as categorias, que não ficam limitadas as características físicas dos automóveis, mas também da organização e das liberdades que cada ambiente oferece. Em alguns a gente se sente mais livre, em outros parece que estamos sendo observados, mesmo assim o objetivo comum é cumprir o trabalho.
Quem tira foto faz um recorte da realidade, tentando mostrar o que mais emocionante vivenciou, mas não se esqueçam que apesar de estamos no lugar, é através de uma lente que nós vemos o mundo. É por isso que algumas vezes a gente se impressiona com o nosso resultado, porque a produção de uma foto não está limitada apenas ao apertar dos botões, mas existe o processo de edição, para reforçar ainda mais o “recorte”.
Foram vários quilômetros percorridos, diversos sobe e desce, pegando carona com as pessoas para cruzar o circuito, tomando sol e chuva, conhecendo de fato a pista que tem várias “bibocas”. E foi assim que eu passei estes dias no templo do automobilismo, encerrando com grande satisfação a temporada de 2019, descobrindo e reforçando os laços com o automobilismo.
Na tampa do bueiro
📸 @DehFlowers pic.twitter.com/0zBQMxisLo
— Jedi™ (@PoJedi) December 16, 2019
Meio do mato pra fazer foto
📸 @DehFlowers pic.twitter.com/m3hKD2ptf8
— Jedi™ (@PoJedi) December 16, 2019