Liam Lawson ganhou mais uma chance com a Racing Bulls, o piloto foi escalado para completar o campeonato de 2024, substituindo Daniel Ricciardo. A mudança foi comunicada na última quinta-feira (27), depois que os rumores ficaram bem fortes em Singapura. No entanto, o neozelandês já sabia há duas semanas que retornaria à Fórmula 1 e estava escalado para o GP de Austin.
Em Singapura, os rumores de que essa mudança aconteceria ficaram mais fortes, embora Ricciardo tenha tentado desconversar sobre o assunto ainda na quinta-feira, domingo foi um dia bem sentimental para o competidor. O australiano aproveitou os seus últimos instantes com um carro de Fórmula 1 e tinha deixado uma pista que não estaria em Austin.
De fato, a alteração aconteceu, mas Lawson já esperava pelo comunicado, pois estava ciente antes de Singapura. A equipe definiu que era necessário ter o neozelandês no carro nas últimas seis provas do campeonato, para ter chance de coletar alguns dados.
“Agora finalmente parece real, obviamente eu sabia sobre isso, provavelmente nas últimas… nas duas últimas semanas. Mas até que seja divulgado para o mundo, obviamente nunca parece realmente definido. Eu não poderia contar a ninguém”, comentou Lawson na rádio Newstalk ZB na Nova Zelândia.
Solicitado para comentar sobre os bastidores, Lawson disse: “Era o plano há muito tempo, era para onde eu estava indo, pelo menos. Obviamente, eu tinha uma data de contrato que precisava ser cumprida, então basicamente estava indo nessa direção, e então, algumas semanas atrás, eles me disseram que era isso que aconteceria. E então, basicamente, não muito tempo depois disso, estava definido em contrato.”
Todos sabiam que a data limite para a Red Bull tomar uma decisão era o GP de Singapura, foi algo até mesmo pautado durante o fim de semana. Lawson até falou da sensação desconfortável que estava sentindo quando a etapa em Marina Bay era realizada.
“Singapura definitivamente não foi um fim de semana agradável para mim, só porque obviamente todos nós sabíamos o que estava por vir. Ao mesmo tempo, Daniel sempre foi muito bom pra mim, de muitas maneiras quando eu guiei no ano passado. Mesmo nesta temporada, ele sempre foi alguém que nunca me senti em uma competição ou algo assim. Ele nunca fez com que parecesse dessa forma”, comentou Lawson.
“Então não foi uma sensação agradável. Mas obviamente isso para mim é, eu tenho uma chance na F1 e ela chegou agora e eu sou obviamente grato por essa oportunidade. Mas agora eu preciso agarrá-la com as duas mãos. E, ao mesmo tempo, ele me disse a mesma coisa e disse ‘você sabe que você precisa, você precisa aproveitar ao máximo’.”
Lawson ganhou destaque ao disputar cinco corridas no ano passado, substituindo Ricciardo que estava lesionado. O piloto também apresentou boas performances nas categorias de base, demonstrando que tem velocidade e habilidade.
“Obviamente estou muito feliz, mas faltam seis rodadas para o fim da temporada, então estou chegando em um momento difícil. Vai ser um ponto muito desafiador. Todos esses [pilotos] já fizeram três quartos da temporada, então tenho que tentar lidar com isso, em pistas nas quais não corrida”, falou.
Pelos próximos eventos a Red Bull vai avaliar Lawson, já que foi anunciado apenas a sua participação nas últimas seis provas do calendário. A vaga ao lado de Yuki Tsunoda para a temporada 2025 ainda não foi preenchida, mas eles querem saber como os dois funcionam juntos. Acredita-se que essa análise possa fazer parte de uma mudança ainda maior, incluindo a saída de Sergio Pérez, a movimentação de Lawson para a Red Bull e a chagada de Isack Hadjar para a Racing Bulls.
Assim como Helmut Marko, consultor da Red Bull, desejava que Lawson estivesse no grid da F1, ele também almeja dar essa oportunidade para o francês que é um dos postulantes ao título da temporada 2024 da Fórmula 2 e está na academia da Red Bull.
A Racing Bulls tem sido pressionada para mais uma vez ser uma equipe que prepare pilotos jovens, até para descobrir quem poderá ser o próximo talento na Red Bull.
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