Nesta sexta-feira (26), às vésperas do GP da Bélgica, a Audi confirma a sua entrada na Fórmula 1, a fabricante alemã entrará no grid da categoria como fornecedora de motores a partir de 2026. O anúncio foi realizado durante uma coletiva de imprensa em Spa-Francorchamps.
A entrada da Audi se dá após a divulgação dos novos regulamentos de unidades de potência. Ao longo dos últimos meses várias discussões ocorreram, a categoria encontrou formas para deixar o projeto um pouco mais barato e escutou os desejos dos potenciais fornecedores de motores.
Após um período de congelamento dos motores (2022 e 2025), em 2026 a categoria trabalhará com uma nova unidade de potência, presando principalmente pela sustentabilidade. Além disso, uma porta foi aberta quando a categoria decidiu realizar a remoção do caro e complexo MGU-H.
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O projeto terá o seu processo de desenvolvimento baseado nas instalações da Audi em Neuburg, perto de Ingolstadt na Alemanha. A Audi faz parte do Grupo Volkswagen, a fabricante ganhou a liberação para entrar na Fórmula 1 e é importante ressaltar que existe o apoio aos meios mais sustentáveis que a categoria tem prezado.
Rumor has it: Rings are the new stars: Audi joins @F1 in 2026.
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Durante a coletiva que foi realizada em Spa, Markus Duesmann, Presidente do Conselho de Administração da Audi e Oliver Hoffmann, Membro do Conselho de Administração para Desenvolvimento Técnico, estiveram acompanhados do Presidente e CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali e do Presidente da FIA Mohammed ben Sulayem para responder algumas perguntas sobre a entrada na F1.
“O automobilismo é parte integrante do DNA da Audi. A F1 é um palco global para nossa marca e um laboratório de desenvolvimento altamente desafiador. A combinação de alto desempenho e competição é sempre um motor de inovação e transferência de tecnologia em nossa indústria. Com as novas regras, agora é o momento certo para nos envolvermos. Afinal, a F1 e a Audi buscam de forma mais clara a sustentabilidade”, afirmou Markus Duesmann.
A Audi deixou a Fórmula E, mas viu uma boa oportunidade de entrar na Fórmula 1, pois as novas regras são atrativas, mas também existirá a combinação da eletrificação (uma tecnologia que eles já dominam) e da utilização de um combustível sustentável.
“Em vista dos grandes saltos tecnológicos que a categoria está dando em direção à sustentabilidade em 2026, podemos falar de uma nova Fórmula 1. A categoria está se transformando e a Audi quer ativamente apoiar esta jornada. Uma estreita ligação entre o nosso projeto de Fórmula 1 e o departamento de Desenvolvimento Técnico da AUDI AG permitirá sinergias”, afirma Oliver Hoffmann.
A Audi ainda não comunicou para qual equipe fornecerá a unidade de potência, mas de acordo com os rumores, a fornecedora estará ligada à Sauber, atualmente vinculada a Alfa Romeo. Nos últimos meses a empresa esteve buscando meios para entrar na categoria de forma completa – conversaram com a McLaren, Williams e Aston Martin, mas encontraram muitas portas fechadas. A que esteve mais disposta para negociar foi a Sauber.
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No cenário atual, a Audi deve comprar ações nesses próximos três anos até atingir os 75%, enquanto os outros 25% ainda ficariam ligados aos investidores da Suécia. A Sauber é conhecida por ter uma das melhores fábricas e uma ótima estrutura. Duesmann é um nome conhecido da Sauber, pois atuou como chefe de desenvolvimento da equipe entre 2007 e 2010, enquanto o time trabalhava com a BMW.
Os números de crescimento da categoria globalmente chamaram a atenção da Audi, pois a empresa tem justamente esse interesse de expansão. Além disso, a Audi também mira em mercados onde a F1 tem se tornado cada vez mais popular, como China e Estados Unidos.
“Estou muito feliz em receber a Audi na Fórmula 1, uma marca automotiva icônica, pioneira e inovadora tecnológica. Este é um momento importante para o nosso esporte. que destaca a enorme força que temos como uma plataforma global que continua a crescer”, disse Stefano Domenicali.
“Também é um grande reconhecimento que nossa mudança para motores híbridos de combustível sustentável em 2026 é uma solução futura para o setor automotivo. Estamos todos ansiosos para ver o logotipo da Audi no grid e ouviremos mais detalhes sobre seus planos no devido tempo”.
