O GP de Abu Dhabi marcou o final da temporada 2025, assim como a decisão do título. Apesar de Max Verstappen obter a vitória na última etapa do ano, Lando Norris conseguiu se sagrar como o campeão.
O circuito de Yas Marina já é muito conhecido pelas equipes e pelos pilotos, além disso, os três treinos livres do fim de semana, colaboram para entender precisamente o desempenho dos pneus no evento.
A Pirelli acreditava que neste ano, as equipes dariam oportunidade para um segundo pit-stop, mas com o desenrolar dos treinos livres, ficou claro que a aposta mais rápida era sustentada em apenas uma troca de pneus.
De fato, os três primeiros colocados fizeram apostas distintas, apesar de Max Verstappen e Lando Norris iniciarem a corrida com os pneus médios, Oscar Piastri foi liberado com os pneus duros. O neerlandês seguiu a cartilha, fez o primeiro stint de médios até a volta 23 e ao instalar os pneus duros, manteve o seu ritmo até o final.
Com Piastri ultrapassando Lando ainda na primeira volta, a McLaren seguiu observando os pneus do seu competidor e do adversário. Por conta dos pneus duros, o australiano permaneceu em pista com os compostos até o giro 41, quando instalou os médios a intenção era perseguir Verstappen e conseguir a ultrapassagem para ser o primeiro colocado, mas a tática não funcionou como o esperado.
Do lado de Norris, a equipe precisou trabalhar com a estratégia de duas paradas, mantendo a atenção nas escolhas da Ferrari para Charles Leclerc. O monegasco foi o grande problema na corrida de Norris, já que pressionou o britânico nos primeiros metros da prova e estava determinado a conseguir um novo pódio com a Ferrari. Como Leclerc optou por uma segunda troca de pneus na volta 39 e Norris tinha uma boa diferença para George Russell, fez também a segunda parada, com o intuito de estar no mesmo nível que Leclerc e cobrir qualquer tipo de surpresa. Aqueles pilotos que pararam muito cedo precisaram recorrer a uma nova troca.
Os três tipos de pneus estiveram presentes no fim de semana, largaram com compostos macios Lewis Hamilton, Nico Hülkenberg, e Alexander Albon. A prova para o britânico da Ferrari se desenvolveu bem, assim como para o alemão da Sauber que conseguiram mais pontos para as suas equipes. Embora o pneu macio tenha surgido no começo da prova, ninguém ousou trabalhar com eles no momento que a noite atingiu o traçado.
A corrida não contou com a ação do Safety Car ou bandeiras amarelas, de certa forma, o grid na totalidade fez uma corrida totalmente protocolar.
“Parabéns a Lando Norris pela conquista do seu primeiro título de pilotos. A disputa foi acirrada até a última etapa da temporada, que foi uma das mais equilibradas dos últimos anos, graças ao ritmo igualmente competitivo das diferentes equipes. Max Verstappen e Oscar Piastri certamente não pouparam esforços hoje, proporcionando uma final emocionante”, falou Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli.
“Em termos de estratégia, a maioria das equipes optou por uma estratégia de uma parada, utilizando os dois compostos mais consistentes, como previsto: em alguns casos, estendendo o stint com pneus duros por mais de 40 voltas. Mesmo sem granulação nos pneus mais duros, inevitavelmente houve alguns sinais de desgaste nas voltas finais.”
“Entre os pilotos que optaram pela estratégia alternativa, destaca-se o recém-coroado campeão Lando Norris. Ele escolheu uma estratégia de duas paradas, provavelmente motivado pela parada extra nos boxes de Charles Leclerc, da Ferrari, utilizando os dois jogos de pneus duros novos que a McLaren havia guardado para a corrida.”
“Lewis Hamilton, da Ferrari, também usou um jogo de pneus novos para seu stint final, neste caso, os médios. Essa excelente escolha permitiu que ele ganhasse várias posições, evidenciando o quão próximas estavam as duas opções estratégicas, como demonstrado por nossas simulações.”
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