Para a temporada 2024 foi realizado um ajuste na quantidade de pneus de chuva disponibilizados por etapa e a mudança já foi sentida no Japão.
Nesta sexta-feira (05) quando o TL2 foi realizado, a pista estava molhada por conta da chuva que se aproximou do circuito. A consequência foi pouca movimentação na pista, além de pouquíssimas voltas exploratórias na pista.
E se nada mudar, podemos lidar com essa situação em outros momentos.
Uma observação é que existe um risco de chuva para o restante do fim de semana no Japão, desta forma vários times optaram por poupar os seus compostos.
Na temporada passada a Fórmula 1 experimentou uma alocação alternativa de pneus e alguns ajustes foram realizados para 2024. O impacto foi direto na mudança dos pneus de chuva – que sofreram uma redução.
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O Artigo 30.2.ii do regulamento esportivo da FIA, afirma: “em cada competição onde uma sessão sprint não está programada, cada piloto pode usar no máximo treze (13) conjuntos de pneus para pista seca, cinco (5) conjuntos de pneus intermediários e dois (2) conjuntos de pneus para chuva extrema em uma competição”.
Durante a temporada 2023, cada um dos pilotos contava com quatro conjuntos de pneus intermediários e três conjuntos de pneus de chuva extrema.
Embora o fornecimento de sete conjuntos de pneus de chuva tenha permanecido, com apenas uma compensação acontecendo entre os pneus intermediários e de chuva extrema, agora os competidores não têm mais acesso a um jogo extra de intermediários.
No ano passado, nos termos do Artigo 30.5g informava que se o TL1 ou Tl2 fosse declarado como uma sessão molhada, um conjunto adicional de pneus intermediários seria concedido aos pilotos que utilizassem esse composto em uma das sessões. Se isso ocorresse, o piloto teria que devolver um conjunto usado antes da classificação.
Se o TL3 fosse considerado com um alto risco de ser uma sessão molhada, um conjunto adicional de intermediários era fornecido aos pilotos, mas existia novamente a regra de devolver um conjunto usado antes da classificação.
Optaram por realizar uma revisão para a temporada 2024 e o benefício foi retirado do regulamento, impactando diretamente nos treinos livres. Aqueles que se aventurarem uma sessão para a coleta de dados molhada, vai apenas reduzir a quantidade de pneus disponíveis para o restante do fim de semana.
Embora a Fórmula 1 não se depare com muitas situações de chuva ao longo do ano, os pneus para pista molhada sempre estão viajando com os competidores para os eventos, mesmo que a previsão aponte um fim de semana de calor e pista seca.
No Japão, como existe a possibilidade de chuva ao longo do fim de semana, os times optaram por poupar os pneus para o restante das atividades.
Vale dizer que em 2023, eles ainda contariam com apenas quatro jogos de pneus, mas a possibilidade de realizar a troca de um conjunto na sexta-feira, já possibilitava os competidores a andarem um pouco na pista, pois não ficava muito difícil de fazer os cálculos da quantidade de pneus restantes para o evento.
Tanto a classificação como a corrida exigem muito dos pneus, assim fica mais difícil comprometer o seu uso em uma sessão preparatória.
Quem acaba perdendo é o público de modo geral, que não vão observar a ação em pista.
Se já existe uma dificuldade para lidar com os pneus de chuva, fica ainda mais complicado estabelecer parâmetros quando existe essa limitação.
Bem, não gosto da falta de ação na pista, mas espero que isso pelo menos dê um embaralhada maior no domingo, se chover.