Conforme o início da temporada da Fórmula 1 se aproxima, os diretores técnicos e aerodinamicistas vão falando sobre a dificuldade que foram encontradas ao se deparar com estes novos regulamentos da Fórmula 1.
A Aston Martin foi o primeiro time a revelar o carro real, nota-se no AMR22 as características propostas para os carros de 2022. O diretor-técnico do time, Andrew Green falou sobre os desafios técnicos que enfrentaram para criar o novo carro.
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“Foi uma grande mudança no regulamento para fazer um carro com efeito solo. Isso significa que nosso inverno foi um dos mais desafiadores que já tivemos, novos regulamentos, novos desafios, mas novas oportunidades.” Como sabemos, era um projeto começado do zero e sem parâmetros para comparação.
“Estamos em uma curva de aprendizado íngreme, todos estão em uma curva de desenvolvimento, ninguém tem as respostas ainda. Acho que veremos este carro se desenvolvendo muito na próxima temporada, então é um momento emocionante para estar na Fórmula 1, mas também é bastante estressante.”
“Tudo isso enquanto operamos sob os novos regulamentos de teto orçamentário e restrição do desenvolvimento aerodinâmico. O AMR22 que vemos é nossa primeira interação sob estes novos regulamentos. Ele irá evoluir drasticamente ao longo dos próximos meses, à medida que os carros forem se aperfeiçoando, vamos começar a compreender os desafios envolvidos.”
O nascimento deste carro é baseado nas análises do regulamento que foram feitas durante um estudo prévio das novas regras, além das diversas simulações que foram feitas nos túneis de vento, mas também com outros programas de análise.
Os pneus também são uma parte importante que os times precisaram levar em consideração quando construíram os seus carros. Para este ano a Pirelli fez uma mudança significativa, trocando os compostos de 13 polegadas para os pneus de 18 polegadas.
Em 2021 a Aston Martin teve o projeto do seu carro bem prejudicado justamente pelos pneus. A Pirelli introduziu compostos mais reforçados, além disso havia solicitado mudança dos carros para a redução do downforce.
“Nós esperamos que os pneus permitam que os pilotos ataquem mais durante as corridas. Provas melhores, é o que todos nós queremos. Temos muito a aprender com estes pneus, eles nunca coram executados com a aerodinâmica de efeito solo, então há muitos dados a serem coletados”, disse Green.
Durante os próximos anos os times vão avaliar os acertos e erros desse ano, aqueles que estão mais abaixo do pelotão, vão tentar ‘copiar’ partes dos carros mais fortes do grid, na tentativa de ganhar mais terreno no próximo ano.