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ANÁLISE – O potencial da Aston Martin com o AMR21

O nome Aston Martin retorna ao grid da Fórmula 1 após ficar 61 anos fora. Não é um novo time já que a equipe ainda é a Racing Point do ano passado, é importante lembrar isso já que temos que levar em consideração o carro utilizado pelo time na temporada passada e o que podemos esperar deles neste ano.

A verdade é que a Aston Martin pode ter acertado muito, ainda que realizar alterações no carro possa ser um quebra-cabeça complexo. Fazer modificações é saber qual direção tomar, o time conhecia o carro do ano passado, aquele que deu um salto em performance para o time da temporada 2019, para a 2020, do 7º para o 4º lugar no campeonato de construtores.  

Na época – 2020 – como Racing Point, eles copiaram o carro da Mercedes de 2019 na cara dura, peças externas e internas, uma grande ousadia e parte ‘inovação’. Os times costumam copiar soluções aerodinâmicas dos rivais, nos circuitos durante a temporada as equipes têm fotógrafos que ficam atentos para clicar as peças de outros times.

Enfim, sobre o potencial da Aston Martin… Levando em consideração o seu desempenho da temporada anterior, eles têm já tinham um carro que poderia brigar pela terceira posição do campeonato de construtores – e eles de fato brigaram no último ano. Devemos levar em consideração que nesta temporada a McLaren aparece no grid munida da mesma unidade de potência que a Aston Martin, o que pode fazer a disputa entre eles se tornar mais intensa.

O carro de 2021, praticamente um novo modelo

 
O AMR21 – Foto: Aston Martin

Na análise de Mark Hughes ao olharmos para o AMR21, temos que levar em consideração que ele parte da origem de dois carros – o W10, o modelo da Mercedes de 2019 e o RP20, carro da Racing Point da temporada anterior – portando o carro de 2021 da Aston Martin é bem diferente do seu antecessor.

As alterações do regulamento de 2021 já provocam mudanças importantes, como as realizadas no assoalho para a redução do downforce. Além disso a equipe pode trocar a suspensão traseira para a da Mercedes de 2020, substituindo a Mercedes de 2019, não gastando tokens para a atualização desta área.

Com os tokens que foram poupados, a Aston Martin teve a chance de gastá-los no chassi. Ainda que a equipe não tenha informado diretamente onde investiu eles, parece que as principais mudanças ocorreram nas laterais do carro, deixando-o mais estreito que o modelo anterior.

Como o W12, o AMR21 tem uma protuberância próximo do motor, ainda que elas sejam bem diferentes entre si. A nova suspensão traseira pode ajudar o time a recuperar um pouco do downforce perdido por conta das mudanças realizadas de acordo com o novo regulamento. Ainda é possível notar algumas heranças da Mercedes, mas agora a Aston Martin está evoluindo em sua própria construção, eles podem reafirmar o seu potêncial em 2021.

Acreditar no terceiro lugar do campeonato de construtores em 2021

O AMR21 – Foto: Aston Martin

“Como equipe, acho que o terceiro lugar no campeonato de construtores é um grande objetivo”, disse Stroll. “Perdemos isso no ano passado, chegamos tão perto. Eu realmente acredito que podemos conseguir isso este ano, se não mais. Esse é um grande objetivo da equipe”, disse Lance Stroll.

“Da minha parte, lutar para terminar nos cinco primeiros do campeonato, seria uma grande conquista. Quero melhorar como piloto. No ano passado consegui alguns pódios e consegui a minha primeira pole, o que foi incrível. Eu realmente quero desenvolver isso.”

“Houve oportunidades de ganhar corridas no ano passado que perdi, como no Bahrein, Turquia e Monza. Isso realmente mostra o potencial que temos nesta temporada e é extremamente emocionante”, completou o canadense.

Sebastian Vettel é o tetracampeão que o time aposta para ajudá-los nesta conquista, o alemão pareceu confiante durante a entrevista já uniformizado com o verde do time.

“Obviamente, passamos por muitos detalhes, detalhes técnicos – quais são as diferenças, quais são os desafios?” ele começou.

“Este ano, em particular também é emocionante, para relançar a marca Aston Martin e trazê-la de volta para o grid, mas também a F1 está mudando, trazendo o limite de orçamento, então obviamente isso é tudo que está vindo em nossa direção historicamente para as grandes equipes.”

“Mas estou ansioso para entrar no carro e ser eu mesmo, ser feliz, e eu acho, me divertir e se for esse o caso, os resultados virão, o que quer que isso signifique.”

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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