A McLaren optou de forma “proativa” fazer algumas mudanças na asa traseira. Após o GP do Azerbaijão, novamente o equipamento usado pela equipe passou a ser questionado.
Imagens referentes ao carro em Baku, revelou que a asa traseira da McLaren estava trabalhando com um “mini-DRS”, após gerar uma flexão na parte superior. O vão que acaba se formando possibilita a redução da pressão aerodinâmica, assim como acontece quando o sistema de DRS é ativado, mas em uma menor proporção.
Embora a asa não esteja fora do regulamento atual e passe por todos os testes estáticos, a FIA solicitou a alteração. Nos últimos anos o órgão regulamentador introduziu novos testes e verificações, para monitorar as equipes e evitar asas flexíveis, mas ainda assim, eles têm algumas limitações.
Hoje a asa traseira conta com algumas bolinhas, que ajudam a FIA a monitorar a flexão delas, com a captação da imagem. A asa dianteira da McLaren também foi alvo de questionamentos das outras equipes, principalmente depois que eles ganharam mais espaço no grid. A FIA fez o papel de monitorar e fazer uma inspeção mais detalhada, no entanto, no início do mês declarou que “todas as asas usadas em 2024 eram legais”. Embora a coleta de dados ainda permanecesse sendo realizada para a asa dianteira, a FIA não realizaria nenhuma mudança para este ano.
A McLaren ainda pode usar a asa instalada em Baku, mas apenas se ela sofrer as mudanças necessárias para conter a flexão realizada pela asa.
Existem várias áreas cinzentas no regulamento, exploradas pelas equipes para gerar um ganho de performance, ainda que ele seja mínimo. As outras equipes passam a questionar tanto na tentativa de impugnar aquele uso, como ter a liberdade de fazer uma cópia.
Em um comunicado divulgado antes do TL2, a McLaren defendeu a legalidade da asa, mas informou que faria os ajustes.
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“Embora nossa asa traseira Baku esteja em conformidade com os regulamentos e passe em todos os testes de deflexão da FIA, a McLaren se ofereceu proativamente para fazer alguns pequenos ajustes na asa após nossas conversas com a FIA”, disse a equipe.
“Também esperamos que a FIA tenha conversas semelhantes com outras equipes em relação à conformidade de suas asas traseiras.”
A FIA deixou claro que não vê como legais “projetos cujas as características estruturais são alteradas por parâmetros secundários, de modo a produzir [em alta velocidade] uma característica de deflexão diferente do que quando parado durante as inspeções da FIA. Exemplos de parâmetros secundários podem ser temperatura, carga aerodinâmica etc.”
Se com relação à asa dianteira a FIA não expressou grande preocupação, com a asa traseira eles informaram que podem tomar medidas sobre o que está acontecendo nesta peça.
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