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Truco da F1 – Nicholas Latifi o quatro de espadilha da Williams, aquela carta baixa que ferra a sua mão!

Quem nunca recebeu as cartas, levantou a primeira e viu um 4 de Ouro, levantou o segundo e viu 3 de Copas, já pensando como você seria sortudo se a próxima carta fosse um naipe alto, daí você levanta levemente e vê um 4 preto, coração acelerou já pensando em trucar na mesa de início, lamber o verso da carta para colar na testa. Porém ao levantar a carta você se depara com um 4 de espadilha, são estes testes cardíacos na juventude que me habilitam a assistir ao GP do Brasil comendo espetinho gelado, cerveja quente e cremosa sem ter medo de morrer!

Podemos dizer que essa seria mão que a equipe Williams possui hoje, George Russell como apresentamos é o 4 de ouro, aqui podemos dizer que o motor Mercedes é aquele 3 maroto que te ajuda a ganhar a primeira mão porém sem a carta correta a segunda mão fica a cargo do que lhe resta, dois 4 que não merecem o baralho que pertencem!

Neste caso coloco a Williams como o baralho, mas eu não estaria errado ao afirmar que um dos 4 não merece esse baralho, Nicholas Latifi é um 4 ou pode como o seu companheiro evoluir para um Zap um dia.

lll Dos prolegômenos

Nicholas Latifi é rico, assim rico mesmo, tipo rico que tem um pai que tem ações na McLaren e não pediu para a equipe dar uma vaga ao seu filho, do qual sou grato, rico mesmo, do tipo “Rita, esse piloto milionário, daqui a pouco tá emprestado dinheiro para Williams”. Então Rita, pega o café que eu vou te contar, o Pai do Nicholas já emprestou, nos termos foi relacionado como empréstimo ou seja não foi uma ajuda porque o filho ocupa um dos cockpits, é uma grana que um dia terá que voltar.

Meu desejo em pontuar isso é que o jovem Latifi em uma visão superficial do trem todo, não estaria comprando o seu assento na equipe inglesa, mas fazendo a manutenção deste por meio de financiamento despretensioso e socorrista a equipe bretã.

Enquanto o seu companheiro é um campeão da F2, Latifi é um latifundiário da categoria, não veja como uma crítica, mas ele fez da sua estadia na F2 um verdadeiro passeio nos coretos das praças das cidades do interior onde se joga truco valendo um jogo de ferraduras ou duas cabras saanen, já que um piloto que ficou 6 temporadas na categoria de acesso da categoria madrinha já pode começar a considerar outras possibilidades.

Sua trajetória começou pela saudosa GP2, 2014 pela equipe Hilmer, depois em 2015 pela equipe MP Motorsport e em 2016 pela DAMS, ano que começa a dar os primeiros passos rumo a F1, pois neste mesmo ano ele se torna piloto de testes da equipe Renault na F1.

Como piloto de testes, ele muda de equipe na F1 como quando trocamos de tênis para ir à academia (tênis que são bem novos pelo pouco uso e aproveito). Em 2018 ainda na DAMS se tornou piloto reserva da equipe Force India, mesmo ano que a equipe é adquirida por outro Riquinho Rico da categoria, o clã Stroll decide abrir um espaço na Williams que em 2019 foi preenchido por Robert Kubica até então piloto de testes, ai que o Latifi entra na equipe, substitui Kubica e assume o lugar de piloto de testes.

Em 2019 sem grandes nomes na F2 Nicholas Latifi recepciona na sua equipe o mineiro Sérgio 7 Câmara, bom como o 7 não faz parte do baralho do truco este não constará em minha série sorry Moço. Nicky de Vries é campeão e pertencente da academia germânica de pilotos vai para o assento vago da equipe Mercedes, na Fórmula E é claro, Latifi fica com o vice-campeonato em um ano opaco e amargado pela perda do jovem Anthonie Hubert.

lll Latifi de 2020

O guri pouco se apresentou neste ano, na pré-temporada não fez mais que o necessário para equipe para dar o um feedback sobre o carro, porém pelos relatos o feedback foram como sinais que o seu companheiro tenta lhe passar informando que esta com um 4 de espadilha e você entende que ele está com o Zap.

Você truca, assim como a Williams que apresentou as suas apostas em sua jovem dupla e um patrocínio aparentemente robusto para manter a equipe para 2020 e assim se reapresentar como uma força a ser temida pelo pelotão em 2021 com um regulamento novo jovem pilotos experientes. Bom veio a pandemia, levou a esperança e todo o sonho do clã Williams, assim como você que trucou com o 4 de espadilha do seu companheiro e perdeu os feijões da mesa!

 

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Rubens Gomes Passos Netto

Editor chefe do Boletim do Paddock, me interessei por automobilismo cedo e ao criar este site meu compromisso foi abordar diversas categorias, resgatando a visão nerd que tanto gosto. Como amante de podcasts e audiolivros, passei a comandar o BPCast desde 2017, dando uma visão diferente e não ficando na superfície dos acontecimentos no mundo da velocidade. Nas horas vagas gosto de assistir a filmes e séries de ação, ficção científica e comédia. Atuando como advogado, também gosto de fazer análises e me aprofundar na parte técnica.

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