A Fórmula E deu início a sua pré-temporada nesta segunda-feira (29) em Valência, a categoria dividiu a sessão em dois turnos, a primeira atividade aconteceu pela manhã e contou com a liderança de Sam Bird, enquanto Robin Frijns foi o líder da segunda atividade.
As equipes estão livres para fazer os seus testes nestes três dias, dividos em cinco sessões. Durante a atividade eles vão verificar os avanços que fizeram com o software e o aperfeiçoamento dos seus equipamentos. Lembrando que nesta temporada as equipes vão contar com mais potência na corrida (220 kW) e no Modo Ataque (250 kW).
Com a saída da Audi, atualmente apenas 22 pilotos vão completar as suas voltas, pois temos apenas 11 equipes formando o grid.
Os testes de pré-temporada têm início depois que as equipes já fizeram diversos testes nas fábricas, os carros passaram por dinamômetros, eles colheram vários dados e contam com um banco de simulações que foram realizadas. Entretanto, colocar os carros na pista mostra o mundo real, em qual pé eles estão e como podem aperfeiçoar ainda mais os seus trabalhos. O que foi feito pelos engenheiros na fábrica, agora é testado nas pistas, onde eles podem verificar se os seus cálculos estavam certos.
“Quando você testa as coisas em plataformas, dinamômetros ou simuladores, nem sempre encontra as diferenças que podem aparecer na pista”, disse o chefe de equipe da DS Techeetah, Mark Preston.
“A corrida pode validar seus conceitos e ideias que você desenvolveu e aparecem na pista. São três dias e um período razoável. Esses carros são realmente confiáveis, eles duram anos, então não é como nos velhos tempos da Fórmula 1 com uma carga de avarias.”
Primeiro dia de testes
Os 11 times podiam liberar os seus pilotos para o traçado, a atividade começou de forma tímida, mas as equipes começaram os seus programas. Geralmente os pilotos se dividem para realizar as atividades, onde cada um tem um cronograma para cumprir.
Nesta sessão já foi possível ver os estreantes completando algumas voltas, Dan Ticktum testou com a NIO 333, enquanto Antonio Giovinazzi (piloto que ainda está na Fórmula 1), fez a sua sessão com a Dragon. O mesmo vale para Oliver Askew com a Andretti.
Sam Bird liderou a primeira sessão, o seu tempo foi referência para os outros pilotos, pois o britânico anotou 1m27s169, enquanto o piloto brasileiro Lucas di Grassi cravou 1m27s270, ficando com a segunda posição com a Venturi.
O que chamou a atenção nesta atividade, foi a proximidade entre Di Grassi e Edoardo Mortara, pois o suíço ficou com a quarta posição, atrás apenas de Robin Frijns.
Nyck de Vries, atual campeão da 7ª temporada fechou os testes da manhã na nona posição, seguido por Stoffel Vandoorne que completou o top-10.
Os pilotos novatos apareceram próximo das últimas posições na tabela de tempos.
Segunda parte das atividades do primeiro dia
Foi mais uma sessão quente em Valência, portanto os times conseguiram aproveitar a pista sem ter que se preocupar com chuva ou outras adversidades. As duplas deram continuidade ao seu cronograma de testes.
Na sessão verspertina os tempos evoluíram, Robin Frijns assumiu a liderança com a Envision Racing anotando 1m26s968. Está atividade foi mais curta, mas também tivemos uma boa ação na pista. A dupla da DS Techeetah que estava espalhada no pelotão, apertou o ritmo desta forma Jean-Eric Vergne ficou com o segundo lugar, ainda na casa de 1m27s141, acompanhado por Antonio Felix da Costa com 1m27s143, uma diferença de apenas 0s002 para o companheiro de equipe.
A dupla da Mercedes apresentou uma queda, o mesmo vale para Lucas di Grassi que era o segundo colocado na primeira atividade e passou a ocupar o décimo quarto lugar.
“Os dois pilotos têm uma lista de coisas que precisam ser feitas, mas há espaço para tentar novas hipóteses. Podemos testar aqui e justificar dizendo ‘pensamos que vai funcionar em um circuito de rua porquê…’ embora saibamos que nossos testes aqui não vão se diretamente em um circuito de rua”, completou Mark Preston.
Valência é um circuito permanente, pois mais que os times tentem emular um trabalho feito em circuitos de rua, os dados coletados nele diferem um pouco do que vamos ver nos traçados que a categoria normalmente corre.
Não é possível validar a performance de um time apenas com os seus tempos, cada uma está em um cronograma nos diferentes dias e se não consegue completar um dos testes, pode repetir os testes na próxima vez que entrar na pista.
Para os pilotos que ainda não conhecem o carro, é a oportunidade perfeita para compreender melhor o seu equipamento, entender como funciona o gerenciamento de energia e o trabalho com os pneus.
Obviamente os tempos não são descartados pelos times, mas são analisados dentro do programa que estavam fazendo naquele momento.