ColunistasFórmula 1Post

Times apostam em estratégias diferentes para a disputa do GP do Azerbaijão

O GP do Azerbaijão foi disputado em uma pista bem quente, o domingo (12) foi o dia em que o asfalto esteve mais quente e contribuiu para que os pilotos não usassem os pneus macios (C5) para a largada. Com a mudança das regras para 2022, tirando a obrigatoriedade de largar com os pneus que o piloto fez a melhor volta no Q2, boa parte do pelotão optou por começar a corrida com os pneus médios. Já era esperado uma mudança de escolhas para a prova, mesmo com a Pirelli fornecendo mais uma vez a sua gama de pneus mais macios.

Nesta temporada os pneus macios foram substituídos pelos médios para o começo da prova, mas os times ainda optaram por realizar apenas uma parada, pois o asfalto no Azerbaijão não é tão abrasivo. Por conta do Virtual Safety Car provocado pelo abandono de Kevin Magnussen, os quatro primeiros colocados viram uma oportunidade para instalar outro jogo de pneus duros para encerrar a prova sem surpresas.

LEIA MAIS: Após novo abandono duplo da Ferrari, Red Bull consagra dobradinha liderada por Verstappen no GP do Azerbaijão

Poucos pilotos na pista trabalharam com a estratégia de duas paradas, mas alguns quiseram responder os seus adversários e tentar algo um pouco diferente com aquele Virtual Safety Car na volta 33.

Não foi um dia com muitas surpresas nas estratégias, apenas a Ferrari tentou surpreender a Red Bull, realizando a parada de Charles Leclerc na nona volta quando Carlos Sainz abandonou a corrida. O monegasco tinha perdido a ponta para Sergio Pérez, pois o mexicano largou melhor. Quando a dupla da Red Bull fez as suas paradas na volta 16 (com Pérez) e na volta 18 (com Verstappen), Leclerc retomou a liderança da prova, mas algumas voltas depois abandonaram com problemas no motor.

Sergio Pérez foi obrigado a manter uma distância para o seu companheiro de equipe, além disso, não pode resistir quando Max Verstappen se aproximou e tomou-lhe a liderança. A prova contou com uma dobradinha da Red Bull, enquanto George Russell completou o pódio.

Pneus disponíveis pelas equipes para o GP do Azerbaijão – Foto: reprodução Pirelli

Os tempos de parada não foram muito bons, mas a troca de pneus de Sergio Pérez colocaram alguma dúvida, a Red Bull é mestre nas paradas e é uma das equipes que trabalha melhor o pit-stop. Quando Pérez foi aos boxes na volta 16, Max Verstappen já tinha assumido a liderança da prova, mas o time austríaco ‘segurou’ o mexicano, retendo ele mais tempo nos boxes.

Os pneus da rodada

Estratégias e pneus usados no GP do Azerbaijão – Foto: reprodução Pirelli

C3 (duros – faixa branca): foram mais usados pelos pilotos para o trecho final da prova. Os quatro primeiros colocados usaram dois jogos de pneus duros, a Red Bull reservou para os seus competidores dois jogos de pneus duros novos, enquanto a Mercedes tinha um jogo novo e outro usado.

Pierre Gasly e Sebastian Vettel que ocuparam a quinta e a sexta posição respectivamente, trabalharam com uma estratégia de apenas uma parada, usando pneus duros usados para completar a prova. A AlphaTauri optou por deixar Lewis Hamilton passar, para garantir ao menos o quinto lugar e garantir pontos, principalmente após o DRS de Yuki Tsunoda enfrentar problemas. O piloto japonês estava em uma estratégia semelhante à de Gasly e ocupava a sexta posição quando recebeu a bandeira preta e laranja, seguindo aos boxes para reparo, desta forma deixou a zona de pontuação e terminou a corrida com os pneus macios instalados.

Apenas Daniel Ricciardo, Esteban Ocon, Valtteri Bottas, Mick Schumacher e Lance Stroll largaram com os pneus duros, trabalhando em uma estratégia oposta. Para Ricciardo funcionou, o piloto permaneceu mais tempo na pista, ganhou a posição de Norris e terminou a corrida no oitavo lugar, enquanto Ocon fechou o top-10.

C4 (médio – faixa amarela): os pneus médios foram escolhidos por boa parte do grid para a largada, poucas equipes reservaram dois jogos desses pneus para usar em uma segunda parada. Como Ricciardo, Ocon, Bottas e Stroll estavam em uma estratégia oposta, os pilotos usaram esse tipo de composto para o trecho final da prova.

C5 (macio – faixa vermelha): Macios: por conta das altas temperaturas, mesmo em um asfalto pouco abrasivo, eles eram pouco eficientes para o início da corrida. Apenas Yuki Tsunoda trabalhou com esse tipo de pneus, usando ele no final da prova, na tentativa de recuperar alguma posição, após ser prejudicado pela quebra do DRS.

As melhores voltas feitas pelos pneus escolhidos para no Azerbaijão – Foto: Pirelli
Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo