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Max Verstappen vence prova movimentada na Holanda e iguala ao recorde de Sebastian Vettel

O GP da Holanda deste domingo (27) foi marcado por períodos de chuva e muita movimentação nos boxes. A estratégias escolhidas pelas equipes promoveram uma agitação no grid e nos boxes das equipes – que quebraram a cabeça para reagir da melhor forma possível as adversidades que aconteciam pelo traçado. Max Verstappen venceu pela terceira vez consecutiva diante da sua torcida, enquanto chega à marca de 46 vitórias na Fórmula 1 e nove vitórias consecutivas em uma mesma temporada, se igualado ao recorde de Sebastian Vettel – que o alemão obteve em 2013.

O piloto da casa teve uma performance dominante na pista, para então conquistar mais uma vitória. Fernando Alonso que começou a prova da quinta posição, retorna após as férias da Fórmula 1, com o piloto espanhol faturando mais um pódio na temporada 2023, com o segundo lugar conquistado.

Pierre Gasly faturou o pódio com a Alpine, após Sergio Pérez receber uma punição de cinco segundos no final da corrida. O resultado colabora com o time francês nesta busca por mais pontos, principalmente após todas as trocas que foram realizadas internamente. Pérez além de lidar com um undercut do companheiro de equipe, foi obrigado a se contentar com a quarta posição como resultado do GP da Holanda.

Carlos Sainz representou a Ferrari na quinta posição, seguido por Lewis Hamilton que fez uma corrida de recuperação depois de obter uma posição ruim para a largada e ainda lidar com escolhas ruins da equipe. Lando Norris foi apenas o sétimo colocado – após iniciar a corrida do segundo lugar – a McLaren não realizou a troca dos pneus de pista seca para os compostos de chuva assim que a pista começou a ficar molhada no começo da prova. Norris e Piastri perderam terreno para outros competidores, Oscar Piastri foi o nono colocado.

Alexander Albon fez uma corrida no maior estilo guerreiro, soube trabalhar muito bem com os pneus, principalmente na primeira parte da corrida quando o traçado começou a ficar úmido. O tailandês fez os compostos macios durarem por mais de 40 voltas, antes de instalar os compostos médios. A corrida de Albon ficou mais prejudicada quando a chuva voltou ao circuito e os pneus intermediários precisaram ser instalados mais uma vez, colaborando para ele terminar a corrida na oitava posição.

Esteban Ocon flutuou pelo grid e ficou com a 10 posição, retornando a zona de pontuação, depois que George Russell despencou no grid. O britânico da Mercedes também teve a corrida prejudicada por escolhas do time, mas estava lutando por pontos na fase final da prova, no entanto, em duelo otimista com Norris, prejudicou o seu desempenho e foi ultrapassado por vários competidores. Russell seguiu para os boxes e foi devolvido ao traçado na última posição, perdendo a chance de faturar alguns pontos nesta prova que marca o retorno da F1 após a pausa de verão.

Em sua primeira corrida oficial disputada na Fórmula 1 Liam Lawson ficou com a 13ª posição e encerrou a corrida à frente de Yuki Tsunoda. O companheiro de equipe estava fazendo uma corrida muito segura e até brigava por pontos, mas um toque com Russell acabou prejudicando o desempenho do piloto japonês em pista.

A Fórmula 1 já retorna na próxima semana para a disputado GP da Itália, no Circuito de Monza.

Saiba como foi o GP da Holanda

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Após a realização da classificação, Yuki Tsunoda foi punido por ter atrapalhado Lewis Hamilton, o piloto japonês então foi forçado a começar a prova da 14ª posição.

Antes mesmo da disputa ser iniciada, a chuva já era esperada para o começo da prova. A direção de prova não aguardou a chuva cair e fez o procedimento de largada normalmente, deixando as escolhas dos times para instalar os pneus intermediários quando determinasse qual era o melhor momento. Porém, antes mesmo da volta de formação ser completada, uma garoa fina começou a invadir o circuito.

Max Verstappen largou bem e manteve a dianteira, com as primeiras posições dos competidores sendo mantidas por uma abordagem mais cautelosa. A chuva começou a ganhar força, mas principalmente com os líderes da prova a escolha foi aguardar um pouco mais antes de fazer a substituição dos pneus slicks pelos compostos de chuva. Foi neste momento que a McLaren deixou o bonde passar e perdeu terreno. Pérez, Leclerc, Gasly, Zhou, Tsunoda e Lawson foram aos boxes logo na volta 2 e colocaram os pneus intermediários.

Com a escolha da Red Bull para Pérez, ficou nítido que Norris já tinha pedido nesta escolha. Aqueles que estavam com pneus intermediários começaram a virar mais rápido do que os que estavam com pneus macios.

A Ferrari cometeu um erro no pit-stop de Charles Leclerc, mas mesmo esse problema fez com que o monegasco ficasse à frente de Carlos Sainz. No entanto, Leclerc estava com a asa dianteira danificada, com riscos do seu desempenho piorar conforme as voltas fosse avançando.

Da mesma forma que a chuva chegou provocando um estardalhaço, sumiu e o processo de secagem da pista teve início. Alguns pilotos que se ariscaram não realizando a troa dos pneus slick para os de chuva, começaram a ver a inversão deste jogo.

Durante a nona volta, os pilotos que estavam com os pneus intermediários, começaram a buscar a parte mais úmida da pista para resfriar os pneus. Mais uma pancada de chuva era esperada nos próximos minutos. Albon, Piastri, Bottas, Hülkenberg e Sargeant.

Com dez voltas, Magnussen e Hamilton seguiram aos boxes para substituir os seus pneus, por compostos macios. Na sequência, foi a vez de Zhou de Alonso, Sainz, Tsunoda, Ocon, Norris, Lawson substituírem os seus pneus intermediários pelos compostos de pista seca. O piloto da Alfa Romeo era o único com os pneus médios. Neste momento a direção de prova optou por liberar os compostos intermediários.

A corrida seguiu, Verstappen que também tinha realizado a sua troca de pneus, retornando na pista com os pneus macios. Durante a volta 13, os dez primeiros eram: Verstappen, Pérez, Alonso, Gasly, Sainz, Zhou, Magnussen, Piastri, Tsunoda e Ocon. Charles Leclerc que estava com a asa dianteira danificada cedeu a posição para Sainz, o desempenho do monegasco estava comprometido e ele ocupava apenas a décima terceira posição.

Tsunoda estava duelando pela nona posição, pressionado pela dupla da Alpine, o piloto da AlphaTauri foi ultrapassado, caindo então para a décima primeira posição.

Piastri realizou mais uma parada na volta 16, instalando mais um jogo de pneus macios. Neste exato momento, Sargeant estampou o muro de contenção da curva oito. O Safety Car foi imediatamente acionado.

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Mesmo com o carro de segurança em pista, poucos competidores optaram por realizar uma parada adicional, no entanto, Bottas, Hülkenberg, Russell, Lawson e Stroll substituíram os pneus, o piloto da Mercedes era o único competidor com os pneus duros, o restante estava de médios.

Alexander Albon realizava uma estratégia diferente, o piloto tailandês seguia com os compostos da largada, não participando de toda a seara de trocas nos boxes.

A pista estava bem seca nesta altura da prova, mas alguma chuva poderia aparecer até o final da corrida, pois a segunda leva proporcionou apenas umas poucas gostas pelo traçado – algo que não intimidou os compostos para mais uma troca de compostos.

O Safety Car deixou a pista ao final da volta 21, permitindo que a corrida voltasse ao ritmo normal. Apesar da proximidade, ultrapassagens não aconteciam, mas Pérez foi pressionado por Alonso que buscava o segundo lugar, mesmo com a Aston Martin. Albon realizou a ultrapassagem em Magnussen, para ocupar a sétima posição, instantes depois o piloto da Haas também foi ultrapassado por Ocon.

Com 24 voltas, os dez primeiros eram: Verstappen, Pérez, Alonso, Gasly, Sainz, Zhou, Albon, Ocon, Magnussen e Tsunoda. No giro seguinte, Lewis Hamilton concluiu a ultrapassagem em Charles Leclerc, na sequência Oscar Piastri também abandonou o monegasco.

A Haas tinha perdido completamente o desempenho, Magnussen foi ultrapassado por Norris e Hamilton, caindo para a décima segunda posição durante o giro 29.

Na parte final do pelotão, Leclerc segurava vários pilotos e demorou para Hülkenberg encontrar um espaço para ganhar a posição do monegasco e enviar Leclerc para o 15º lugar. Piastri também realizava a sua escalada na Haas, para ocupar a 12ª posição.

Com 32 voltas, Norris concluiu a ultrapassagem em Zhou, saltando para 9º lugar. O piloto da Alfa Romeo com os pneus médios estava sendo rendido pelos pilotos com os compostos macios. Zhou também perdeu a posição para Hamilton, mas não antes de fazer um traçado defensivo tentando evitar a manobra do piloto inglês.

A corrida seguiu e alguns duelos também era travados pelo circuito. Tsunoda estava na mira de Norris que tentava obter a 8ª posição depois de ter começado a corrida ocupando o 2º lugar.

Zhou trocou os pneus médios na volta 39, mas retornou apenas na 17ª posição, depois de ter brilhado no começo da corrida.

Lawson realizando a sua primeira corrida na Fórmula 1, realizou a ultrapassagem em Charles Leclerc, mas pouco tempos depois o monegasco recuperou a posição perdida. Lawson e Leclerc seguiram duelando pela 15ª posição.

Durante a volta 42, Sainz trocou os seus pneus, para usar mais um jogo de compostos macios. Leclerc seguiu para os boxes para abandonar a corrida. Enquanto Norris, também aproveitou a movimentação que acontecia a sua frente para mais uma troca de pneus, trabalhando mais uma vez com os compostos macios. Alexander Albon por sua vez, foi chamado aos boxes no giro 45 para finalmente substituir os pneus macios do começo da prova, por composto médio novos.

No giro 48, Piastri fez mais uma troca de pneus, agora dos macios para os médios. Duas voltas depois, os dez primeiros eram: Verstappen, Pérez, Sainz, Alonso, Tsunoda, Gasly, Russell, Albon, Ocon e Norris. Durante a troca de pneus de Alonso o pneu dianteiro direito levou mais tempo do que era ideal para ser trocado, o piloto espanhol foi devolvido para o traçado atrás de Carlos Sainz. Neste momento, entre os dez primeiros colocados, Tsunoda e Russell eram os pilotos com compostos mais velhos.

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Fernando Alonso fez a aproximação em Sainz e conseguiu recuperar o pódio, mesmo após o erro da equipe. Russell e Tsunoda se tocaram quando o piloto da Mercedes buscava a ultrapassagem. Rapidamente o piloto japonês começou a perder desempenho, não apenas por conta dos pneus velhos, mas também pelo desequilíbrio provocado no carro. Tsunoda despencou para a 10ª posição com 55 voltas.

Durante o giro seguinte, Norris foi ultrapassado por Hamilton, com o piloto da Mercedes ocupando então a 9ª posição.

A chuva era esperada para as últimas voltas da prova. Hamilton seguia avançando depois de ultrapassar Ocon. O próximo piloto que seria desafiado por Hamilton era o seu companheiro de equipe. Sainz por sua vez, fazia o possível para se defender das investidas de Gasly com o carro da Alpine.

Russell perdeu o carro momentaneamente e na sequência deixou o companheiro de equipe realizar a ultrapassagem.

Durante o giro 61, a chuva chegou ao traçado, Pérez, Gasly, Sainz, Hamilton, Norris, Russell, Piastri foram para os pneus intermediários. A Red Bull se atrapalhou com a troca de pneus de Pérez, mas estava mais preparada para receber Verstappen.

Na volta 62 após as trocas de pneus, os dez primeiros eram: Verstappen, Pérez, Alonso, Gasly, Sainz, Hamilton, Norris, Russell Albon e Piastri. Bandeira amarelas localizadas eram agitadas ao longo do traçado por erros dos pilotos. Pérez cometeu um erro e foi ultrapassado por Alonso eu assumiu a segunda posição.

Na volta 64 a corrida foi encaminhada para a bandeira vermelha, a situação climática tinha piorado bastante por conta da chuva. Zhou perdeu o controle do carro na curva 1, depois de Tsunoda perder o controle do carro. Hamilton também errou na curva 1, após os pneus dianteiros travarem.

Neste regime de bandeira vermelha, a direção de prova informou a ordem para o reinício da corrida: Verstappen, Alonso, Pérez, Gasly, Sainz, Hamilton, Norris, Russell, Albon, Piastri, Ocon, Tsunoda, Stroll, Hülkenberg, Bottas, Lawson e Magnussen.

A barreira de pneus estava sendo reconstruída para tentar realizar o reestabelecimento da prova. Quando a corrida foi encaminhada para a bandeira vermelha, Verstappen tinha realizado a troca dos pneus intermediários pelos compostos de chuva extrema.

Depois de alguns minutos com a corrida paralisada, a direção de prova reorganizou as coisas para que a prova fosse reestabelecida. Determinaram que os pneus intermediários seriam obrigatórios nesse reinício da corrida. A relargada seria lançada para evitar problemas, principalmente na curva 1.

Ao reorganizar o grid, o Safety Car conduziu os pilotos para o traçado para realizar o aquecimento dos pneus, antes de encaminhar a prova para bandeira verde. Ao final do giro 66 o SC deixou os competidores e Verstappen fez as suas escolhas para conduzir a ponta.

O holandês manteve a ponta, seguido por Alonso. Norris se manteve na sétima posição, depois se ser atacado por Russell, o piloto da Mercedes despencou no pelotão e seguiu para os boxes, após um incidente com Norris gerado pela disputa depois da relargada. Alexander Albon ficou com o oitavo lugar, acompanhado por Oscar Piastri. Ocon entrou na zona de pontuação.

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Sergio Pérez por sua vez foi punido com cinco segundos por excesso de velocidade nos boxes.

A corrida seguiu se encaminhando para o final, Alonso tentava buscar Verstappen, mas a distância tinha ampliado para 1s6.

Adentrando na penúltima volta, a distância entre Verstappen e Alonso foi ampliada. Pérez atacava Alonso pela segunda posição, principalmente por conta da punição que teria que lidar ao término da prova. Sainz foi resistindo até onde podia, os ataques de Hamilton e Norris que buscavam o quinto lugar.

Verstappen concluiu a corrida na ponta, vencendo pela terceira vez consecutiva na Holanda. Com o encerramento da corrida e a aplicação da punição, Pérez caiu para o quarto lugar, enquanto Alonso e Gasly celebraram o pódio. Sainz garantiu o quinto lugar, enquanto Hamilton foi o sexto e Norris o sétimo colocado.

A Aston Martin retorna ao pódio depois de ter apresentado uma queda de desempenho por conta da penúltima atualização da equipe.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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