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Stroll, um piloto a ser moldado nas forjas da Fórmula 1

Alguns pais fãs de automobilismo, sonham em ver os seus filhos um dia dentro das pistas. O grande problema mesmo fica por conta do investimento, os equipamentos são caros, as aulas muitas vezes não cabem no bolso desses pais tão sonhadores e claro o fator idade ainda contribuiu muito na hora de tomar uma decisão, vai que o seu filho cresce e ele não quer essa vida que você idealizou para ele.

Por sorte o pai de Lance Stroll, Laurance Stroll tem dinheiro e amor pelo automobilismo de sobra. Dono de um patrimônio de 2,4 bilhões avaliado pela Forbes, é investidor de marcas como Ralph Lauren e Pierre Cardin, dinheiro não seria um problema na hora de investir na carreira do filho. Em relação ao seu amor por automobilismo e carros, Laurance possui o Circuito canadense de Mont Tremblant dentro de resort de luxo no Canadá que também pertence a família Stroll, e também é dono de uma coleção de Ferraris, McLarens e Ford-GTs, além disso comprou a equipe Prema Powerteam, que compete na F4 italiana e F3 europeia, e foi onde o seu filho mostrou o talento.

Lance Stroll nasceu no Canadá em 29 de outubro de 1998. Stroll foi membro da Academia de Pilotos da Ferrari, com 11 anos quando ainda competia de kart, mas logo deixou o programa para ingressar na equipe de desenvolvimento da Williams, ao final de 2015, tornando-se piloto reserva em 2016 da escuderia. Em 2014 começou nas categorias de base disputando na F4 italiana, conquistando 7 vitórias em 18 corridas. No ano seguinte faturou a Toyota Racing, um torneio de verão na Nova Zelândia e logo depois estreou na F3 europeia, terminando em quinto lugar no campeonato. Em 2016 se tornou-se campeão da categoria de forma antecipada, vencendo 14 das 30 provas.

Quando Stroll foi para a Williams, seu pai comprou um simulador mais moderno, para que o filho pudesse desfrutar do seu uso sempre quisesse, comprou também o carro da Williams usado em 2014, para que o jovem Stroll pudesse treinar em algumas pistas, e ganhar quilometragem durante o ano, contratou 5 mecânicos para que acompanhassem eles nesses dias de treino.

Lance Stroll também protagonizou algumas brigas na pista na época que corria de F3, em Spa na Bélgica, tirou dois pilotos da prova e em Monza no mesmo ano, foi punido por uma manobra que provocou uma colisão. Nos testes da pré-temporada que aconteceram em Barcelona esse ano, Stroll acabou perdendo o carro na pista, o que fez a equipe ficar na primeira semana muito tempo parada nos boxes e impossibilitada de coletar alguns dados. Porém na segunda semana, o jovem piloto já se sentia confiante, e conseguiu adiantar quilometragem para a equipe Williams, os resultados não foram iguais ao obtidos por Felipe Massa, mas Stroll tem tudo para se sair muito bem nessa temporada, e conquistar pontos importantes para a equipe.

Algumas pessoas não conseguem ver o talento que Lance Stroll tem, por acreditarem que o dinheiro do seu pai comprou o seu ”talento”. Apesar de todo o dinheiro que foi injetado na construção da sua carreira, ainda assim um carro não pode ser guiado sozinho, então ele tem total mérito pelos seus feitos. Porque só reconhecer os erros de um piloto e não dar credibilidade nenhuma para as suas conquistas?

Texto de apoio: Anuário AutoMotor 2015/2016 Autor: Alexander Grünwald; Página 310.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.
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