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Scott McLaughlin consegue vitória redentora em Barber

Após punição pesada, neozelandês comanda dobradinha da Penske no GP do Alabama em corrida repleta de confusões

A Penske precisava demonstrar o poder de reação depois da punição pesada sofrida por irregularidades no GP de St. Petersburg. A resposta não poderia ter sido mais enfática com o desempenho de Scott McLaughlin e de Will Power no GP do Alabama. Com uma estratégia arriscada, mas certeira, o neozelandês foi o vencedor da terceira etapa da temporada da Fórmula Indy.

McLaughlin foi o piloto dominante do fim de semana largado na pole e dominando a prova desde a largada. Com um ritmo avassalador, o neozelandês teve o controle da primeira metade da prova, sem ser incomodado, e, quando a corrida ficou estratégica, o piloto da Penske precisou pisar fundo para fazer valer a tática, sendo bem-sucedido.

A corrida foi complicada desde o início, com os pilotos tendo disputas ríspidas, com toques e saídas de pista. Dos favoritos, o primeiro a se complicar foi Pato O’Ward, que perdeu a freada na disputa com Christian Lundgaard e escapou para a área de escape, caindo para o fim do pelotão.

O mexicano tentou buscar a recuperação, mas acabou se exceendo na disputa por posição e tocou em Pietro Fittipaldi, que bateu nos pneus. Pato foi punido com um drive-through e viu qualquer chance de um bom resultado acabar. Já Pietro até chegou a voltar à corrida para testar equipamento e ganhar quilometragem, mas o brasileiro teve de abandonar.

Outro candidato à vitória que se enrolou foi Scott Dixon. O hexacampeão tentou uma ultrapassagem em cima de Graham Rahal, mas errou a posição de ataque, enquanto o rival dificultava a manobra e o neozelandês saiu da pista também e caiu para o fim do pelotão.


Outro piloto que deu uma boa escapada foi Will Power, que errou a freada e saiu da pista. Entretanto, o australiano perdeu apenas uma posição, para Lundgaard, já que os três primeiros estavam muito mais rápidos que a concorrência.

Quando a corrida estava na metade, a McLaren vacilou mais uma vez quando a roda do carro de Alexander Rossi não foi fixada corretamente e a roda se soltou ao sair dos pits. A bandeira amarela foi acionada e o grupo dos líderes formado por McLaughlin, Lundgaard e Powerr pararam nos boxes, enquanto o restante do pelotão, liderado por Alex Palou ficou na pista para economizar uma parada.

A corrida recomeçou bem agitada, com vários toques no pelotão. Power chegou a superar McLaughlin na relargada, mas o neozelandês recuperou a posição.

Então, na volta 52, aconteceu o lance mais… inusitado da prova. Um manequim que ficava de enfeite em uma passarela que cruza o circuito simplesmente despencou ao lado da pista e ficou perto do traçado. O carro de Santino Ferrucci chegou a acertar o braço da boneca, mas não houve danos significativos.

Pouco depois, o carro de Sting Ray Robb bateu após uma falha na direção do seu carro e causou a bandeira amarela. Enquanto o carro era retirado da barreira de pneus e o manequim “resgatado”, o grupo liderado por Palou parou nos boxes e poderia terminar a corrida sem parar mais, mas precisaria economizar combustível. Já o grupo de McLaughlin, Power e Lundgaard tinha que parar mais uma vez, mas precisava acelerar. E ainda tinha o grupo com Ferrucci e Linus Lundqvist que ficou na pista nas duas bandeiras amarelas e que iria parar antes.

Na relargada, o piloto da AJ Foyt e o sueco da Ganassi aceleram bastante, no mesmo ritmo dos pilotos da Penske, antes de fazerem a parada nos boxes, na altura da volta 65. Já McLaughlin aproveitou a pista limpa e passou a virar voltas bem rápidas, chegando até a ser três segundos mais rápido que Palou. Assim, o neozelandês conseguiu parar e voltar à frente, seguido por Power. Já Lundgaard teve problemas na entrada e perdeu algumas posições.

Mais atrás, Lundqvist aproveitou que não precisava economizar, além de ter bastante push to pass e foi escalando o pelotão até o terceiro lugar, O sueco, em sua primeira temporada completa, garantia o primeiro pódio em sua carreira na Indy.

Mas a disputa não terminava. Faltando cinco voltas para o fim, Christian Rasmussen, envolvido em vários toques ao longo da prova, teve uma rodada e causou a última bandeira amarela da prova. Na relargada final, McLaughlin, Power e Lundqvist mantiveram as suas posições e foram até a bandeirada.

 


Disclaimer para mostrar os dois personagens principais da corrida

Mais atrás, Felix Rosenqvist conseguiu superar Palou na penúltima volta e garantiu o quarto lugar, deixando para trás o atual campeão da categoria. Lundgaard foi o sexto, seguido por Ferrucci.

Já Colton Herta superou uma corrida complicada e conseguiu o oitavo lugar. Com o resultado, o piloto da Andretti assumiu a liderança do campeonato, com um ponto de vantagem para Power e três à frente de Palou.

Agora a Fórmula Indy ruma para Indianápolis, onde inicia o seu momento mais importante do ano. A próxima corrida será no dia 11 de maio, no circuito misto do Indianapolis Motor Speedway. Após a prova, se inicia o ciclo para a 108ª edição das 500 Milhas, realizada no dia 26 de maio.

Classificação do GP do Alabama:

Classificação do campeonato:

1 – Colton Herta (EUA) – Andretti/Honda – 101
2 – Will Power (AUS) – Penske/Chevrolet – 100
3 – Alex Palou (ESP) – Chip Ganassi/Honda – 98
4 – Scott Dixon (NZL) – Chip Ganassi/Honda – 94
5 – Felix Rosenqvist (SUE) – Meyer Shank/Honda – 87
6 – Pato O’Ward (MEX) – McLaren/Chevrolet – 71
7 – Kyle Kirkwood (EUA) – Andretti/Honda – 67
8 – Linus Lundqvist (SUE) – Chip Ganassi/Honda – 62
9 – Scott McLaughlin (NZL) – Penske/Chevrolet – 59
10 – Santino Ferrucci (EUA) – AJ Foyt/Chevrolet – 58

23 – Pietro Fittipaldi (BRA) – RLL/Honda – 28

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