ColunistasIndyPost

Scott Dixon conquista pole das 500 Milhas de Indianápolis

Na definição para o grid de largada para a 105ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, o neozelandês Scott Dixon comandou o comboio da Chip Ganassi e das demais equipes com motores Honda, que dominaram as primeiras posições. Assim, o hexacampeão da Fórmula Indy e líder do atual campeonato conquistou sua quarta pole position na principal prova de monopostos do mundo.

Legenda: Scott Dixon foi o mais rápido nos dois dias de classificação em Indianápolis (Chris Owens/IndyCar)
Legenda: Scott Dixon foi o mais rápido nos dois dias de classificação em Indianápolis (Chris Owens/IndyCar)

Com isto Dixon igualou Rex Mays, AJ Foyt e Hélio Castroneves na segunda posição do ranking dos pilotos com mais poles positions na história da Indy 500, ficando atrás apenas de Rick Mears, que largou da posição de honra em seis ocasiões.

Primeira sessão no sábado

A sessão classificatória de seis horas que definiu os nove candidatos à pole e os cinco últimos que disputariam as últimas vagas no grid ocorreram no sábado (22). Os 35 pilotos inscritos fizeram uma tentativa cada, e quem quisesse melhorar sua marca poderia voltar para a pista até o término da atividade.

Tão logo foi à pista, o piloto da Chip Ganassi estabeleceu a volta mais rápida do fim de semana (Chris Owens/IndyCar)
Tão logo foi à pista, o piloto da Chip Ganassi estabeleceu a volta mais rápida do fim de semana (Chris Owens/IndyCar)

Sendo o primeiro a ir para a pista, Dixon já mostrou que era o homem a ser batido em Indianápolis, girando suas quatro voltas com a velocidade média de 231,828 mph (milhas por hora, equivalente a 373 km/h), marca que não foi alcançada por mais ninguém no sábado.

Com os carros indo para a pista, ficava claro que as equipes que tinham motores Honda levavam grande vantagem em relação às que utilizavam os propulsores da Chevrolet. A Chip Ganassi conseguiu capitalizar bem os resultados da sessão, colocando seus quatro carros entre os nove candidatos à pole.

O único susto foi com Alex Palou, que tentou melhorar seu tempo, mas acabou batendo na saída da curva 2. Apesar do susto, o carro pôde ser arrumado e o espanhol conseguiu se manter entre os finalistas, assim como Dixon, Tony Kanaan e o sueco Marcus Ericcson.

Além da quadra da Ganassi, Colton Herta e Ryan Hunter-Reay, ambos da Andretti, além de Hélio Castroneves, correndo este ano pela Meyer Shank Racing foram os pilotos com motor Honda que se classificaram para o Fast Nine em busca da pole.

Os únicos intrusos da Chevrolet foram dois dos carros da Ed Carpenter Racing, com o próprio Ed Carpenter e o neerlandês Rinus Veekay se garantindo entre os nove melhores do grid.

Apesar de não conseguir classificar, outro destaque positivo foi a Dale Coyne Racing. Ed Jones chegou a sonhar com a classificação entre os finalistas, mas conseguiu se estabilizar na quarta fila, enquanto Pietro Fittipaldi conseguiu uma sequência de voltas consistente e se classificou no 13º posto, sendo o melhor estreante do grid.

Com o 13º tempo, Pietro Fittipaldi foi o melhor novato do grid (Matt Fraver/IndyCar)
Com o 13º tempo, Pietro Fittipaldi foi o melhor novato do grid (Matt Fraver/IndyCar)

A grande decepção ficou por conta da Penske. O melhor colocado foi o novato Scott McLaughlin, que foi o 17º colocado. Josef Newgarden e Simon Pagenaud bem que tentaram, mas passaram longe das primeiras posições, se classificando apenas em 12º e 26º respectivamente.

Já o pior caso foi o de Will Power. O australiano, que foi vencedor da edição de 2018, não conseguiu sequer ficar entre os 30 primeiros e foi forçado a disputar o Last Chance (antigo Bump Day), valendo as vagas para a última fila do grid, em disputa realizada no domingo (25).

Last Chance: Sem surpresas e presença feminina no grid

Já no dia seguinte, a primeira definição foi da última fila do grid e dos pilotos que ficariam de fora das 500 Milhas de Indianápolis. O primeiro a ir para a pista foi Sage Karan, que conseguiu uma volta boa o suficiente para garantir o melhor tempo desta sessão.

Com o 13º tempo, Pietro Fittipaldi foi o melhor novato do grid (Matt Fraver/IndyCar)
Com o 13º tempo, Pietro Fittipaldi foi o melhor novato do grid (Matt Fraver/IndyCar)

Na sequência, veio Will Power, que tinha a missão de evitar o vexame de não se classificar com um carro da Penske, algo que havia ocorrido em 1995. O australiano chegou a beliscar de leve o muro em uma de suas voltas, mas fez o tempo suficiente para garantir a 32ª posição e largar na prova.

Já a última vaga teve mais emoção. Simona de Silvestro conseguiu um tempo superior ao de Charlie Kimball e de RC Enerson e assegurou o último lugar do grid. Kimball e Enerson bem que tentaram voltar à pista, mas os pilotos da AJ Foyt e da novata Top Gun Racing (respectivamente) não conseguiram melhorar e acabaram de fora.

A festa ficou para a equipe de Simona, a Paretta Racing, equipe com sua chefia e muitas funcionárias mulheres, que trouxe a única pilota do grid neste ano, garantindo a sua participação na corrida do próximo fim de semana. A escuderia, que tem suporte técnico da Penske, terá o seu carro largando da 33ª posição, a última do grid, mas confirma a participação feminina na corrida.

Fast Nine: Garotada bem que tenta, mas Dixon leva a melhor

A definição dos nove primeiros colocados trouxe mais emoção. A grande surpresa foi o desempenho da Ed Carpenter Racing que conseguiu um ritmo competitivo e manteve uma dobradinha no topo da sessão por boa parte do tempo.

Destaque para Rinus Veekay, que superou o patrão Ed Carpenter e liderou boa parte da sessão. O neerlandês garantiu o terceiro lugar e, com 20 anos e 254 dias, tornou-se o mais jovem piloto a se classificar para a primeira fila de uma prova da Indy 500.

Rinus Veekay fez uma boa volta e garantiu vaga na primeira fila (James Black/IndyCar)
Rinus Veekay fez uma boa volta e garantiu vaga na primeira fila (James Black/IndyCar)

Apenas um ano mais velho que Veekay, Colton Herta veio com um ritmo forte e conseguiu uma volta com a média de 231,655 mph e tomou a ponta. O filho de bryan Herta tinha pole provisória e poderia se tornar o mais jovem pole da história da prova.

Entretanto, ainda havia Scott Dixon. E o neozelandês não decepcionou. Apesar de ter feito um tempo inferior ao do sábado, a média de suas quatro voltas foi muito forte e com a marca de 231,685 mph, garantiu sua quarta pole position em Indianápolis.

Tony Kanaan foi o segundo melhor da Ganassi no Fast Nine (Chris Owens/IndyCar)
Tony Kanaan foi o segundo melhor da Ganassi no Fast Nine (Chris Owens/IndyCar)

Apesar de não ter conseguido acompanhar o ritmo de Dixon, Tony Kanaan conseguiu ficar à frente de seus companheiros de equipe e, com a média de 231,082 mph, vai largar na quinta colocação. Com um ritmo forte em todos os treinos, o baiano é considerado um dos principais candidatos à vitória.

Em busca do tetra, Hélio Castroneves larga em oitavo (Chris Owens/IndyCar)
Em busca do tetra, Hélio Castroneves larga em oitavo (Chris Owens/IndyCar)

Já Hélio Castroneves teve um desempenho mais discreto e, com a média de 230,355 parte de oitavo. No entanto, o piloto da Meyer Shank está confiante com a evolução do seu ritmo e pode surpreender na disputa, em busca da quarta vitória em Indianápolis e igualar AJ Foyt, Al Unser e Rick Mears como o maior vencedor da história da prova.

Grid de Largada das 500 Milhas de Indianápolis

Mostrar mais

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo