A edição 106 das 500 Milhas de Indianápolis já está na história da Fórmula Indy. Com uma classificação marcada por um ritmo muito rápido dos líderes, o neozelandês Scott Dixon conquistou pela quinta vez a pole da principal prova da Fórmula Indy, em fim de semana dominado pela Chip Ganassi, tendo a Ed Carpenter Racing (ECR) como principal oponente..
Dixon conquistou com a inacreditável média de quatro voltas de 234,046 milhas por hora (mph, equivalente a 376,661 km/h), sendo a pole mais rápida da história da prova centenária. A marca superou o recorde que datava de 1996, quando Scott Brayton fez a pole com a média de 233,718 mph. Este ainda não recorde da pista, já que no mesmo ano, em outra sessão, o holandês, Arie Luyendyk obteve a média de 236,986 mph.
Dixon conquistou sua segunda pole seguida e somou mais 12 pontos na classificação do campeonato. Em segundo lugar, larga seu companheiro de equipe, Alex Palou, que obteve a marca de 233,499 mph, com Rinus Veekay fechando a primeira fila, com a média de 233,385 mph.
Tony Kanaan conseguiu chegar entre os seis finalistas na briga pela pole após ter problemas elétricos antes das sessões classificatórias de domingo, garantindo a sexta posição e demonstrando uma boa condição em brigar pela sua segunda vitória de Indy 500.
Já Hélio Castroneves teve muitos problemas com o acerto do carro na classificação, além de não ter conseguido um bom momento para ir à pista, devido ao vento que pairava sobre o Indianapolis Motor Speedway e larga apenas de 27ª, precisando remar bastante para brigar pela conquista do quinto título da prova.
Sessão de sábado marcado pela chuva e pelas dificuldades
A primeira sessão classificatória foi no sábado, com os 33 carros inscritos disputando o posicionamento do grid. Dos participantes, apenas Stefan Wilson não conseguiu realizar uma tentativa por problemas mecânicos. A sessão ficou marcada pelo tempo instável, com o vento que marcou todas as seis horas de de atividades e com a chuva, que impediu os pilotos de irem para a pista por cerca de duas horas, pelo menos.
Com a definição da ordem de entrada por sorteio, os primeiros a fazerem voltas rápidas conseguiram se dar melhor com as melhores condições de pista e de clima. Assim, Rinus Veekay, Pato O’Ward e Felix Rosenqvist conseguiram voltas muito boas e ficaram em boas posições. Aos poucos, o tempo foi mudando bastante e as condições atrapalharam o acerto de alguns carros,
Das grandes, as que mais sofreram foram Penske e Andretti, que tiveram muitas dificuldades e só colocaram um carro cada entre os 12 melhores (Will Power e Romain Grosjean, respectivamente).
Parceira da escuderia de Michael Andretti, a Meyer Shank também não teve um bom acerto para a classificação e não conseguiu avançar com seus dois carros. Atual vencedor e tetracampeão da Indy 500, Hélio Castroneves fez duas tentativas e não foi além da 27ª posição.
Dentre os que avançaram, a história mais incrível foi o de Takuma Sato. O japonês até fez uma grande volta na primeira tentativa, mas foi punido por atrapalhar Marco Andretti, que vinha na sequência. O bicampeão da Indy 500 retornou à pista e, num ritmo incrível (mesmo acertando o muro de raspão) conseguiu a última vaga entre os 12 que seguiriam na briga pela pole no domingo.
Classificação do primeiro dia, confira aqui!
Domínio da Ganassi e pole avassaladora de Dixon
No segundo dia de classificações, os pilotos tiveram um treino livre para ajustar os carros para a sessão Top-12, para definir os seis melhores que disputariam a pole no Fast Six.
Ainda nos treinos, o carro de Tony Kanaan teve problemas elétricos e passou mais tempo nos boxes do que na pista, mas a sua equipe conseguiu preparar o carro à tempo para tentar a volta rápida.
A CHip Ganassi mostrou sua força e colocou quatro carros entre os seis finalistas: Dixon, Palou, Ericsson e Kanaan, enquanto as vagas remanescentes ficaram com a ECR, equipe que tradicionalmente vai bem em Indianápolis, com o dono da escuderia, Ed Carpenter, e com Rinus Veekay. Assim, da sétima à 12ª posição ficaram Pato O’Ward, Felix Rosenqvist, Romain Grosjean, Takuma Sato, Will Power e Jimmie Johnson.
No Fast Six, Veekay conseguiu fazer uma boa volta, mas estava difícil de superar os carros da Ganassi, especialmente de Palou e de Dixon. O espanhol conseguiu uma média 233,499 mph e esperava apenas pelo tempo do neozelandês para ficar com a pole.
The fastest pole speed in #Indy500 HISTORY!@ScottDixon9's average speed of 234.046 mph breaks the late Scott Brayton's record of 233.718 mph. pic.twitter.com/i82tcKVwF3
— NBC Sports (@NBCSports) May 22, 2022
Mas o hexacampeão da Fórmula Indy conseguiu fazer uma sequência de quatro voltas voadoras e marcou uma média acima das 234 milhas, estabelecendo o recorde oficial em classificações e a sua sexta pole position. Assim, a primeira fila ficou com Dixon, Palou e Veekay, enquanto Carpenter, Ericsson e Kanaan formam a segunda.
A largada das 500 Milhas de Indianápolis será no próximo domingo, às 13h