Nesta última terça-feira (07) a Fórmula E realizou um encontro no Sambódromo do Anhembi em São Paulo (SP) para uma visita técnica. Como o Boletim do Paddock adiantou em outra matéria, as obras para o recebimento da categoria elétrica se intensificariam com o encerramento do carnaval.
A prova está programada para ser disputada no dia 25 março no Sambódromo – o traçado escolhido é semelhante ao adotado pela Indy Car, mas não passará pela Marginal Tietê, optaram pela utilização da Avenida Olavo de Fontoura. Os 22 carros elétricos terão a oportunidade de correr na maior reta usada pela categoria até o momento. O Brasil será o palco da sexta etapa do Campeonato Mundial.
A visita técnica aconteceu com a presença de Lucas di Grassi (Mahindra Racing) e Sérgio Sette Câmara (NIO 333 Team), além do prefeito Ricardo Nunes.
A montagem da pista começou de forma antecipada, enquanto o carnaval ainda acontecia na cidade. Após o encerramento do desfile das equipes campeãs, as barreiras de proteção usadas para delimitar o traçado já estão sendo colocadas. O traçado paulistano contará com 2.940 km de extensão, além de 11 curvas. Para ter a grande reta, a chicane que fora idealizada na reta do sambódromo foi eliminada, desta forma o traçado não contará mais com 14 curvas.
“Pedimos para que a chicane da reta do Sambódromo fosse retirada, e com isso, além de ter a maior reta da categoria, os fãs que estarão presentes no E-Prix terão a oportunidade de ver o potencial dos GEN3 de perto, próximos do máximo de velocidade que é permitida em uma corrida de Fórmula E, além de aumentar as possibilidades de disputa por posição ao final da reta”, explicou Lucas di Grassi.
O piloto brasileiro que é muito ativo na categoria e trabalha como um dos idealizadores da prova em São Paulo. A prova gera uma grande expectativa, principalmente para os competidores brasileiros que vão correr em seu país.
”Expectativas em termos de resultados ainda não tenho, mas obviamente é uma das corridas onde quero conquistar um resultado legal, principalmente por ter a oportunidade de correr diante da torcida brasileira, da minha família e dos meus amigos. Vai ser uma corrida emocionante, com uma reta longa e larga, com boas possibilidades de ultrapassagem, e estou animado para correr em casa pela primeira vez desde que iniciei a minha carreira aos sete anos de idade”, comentou Sette Câmara.
O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes comentou que o evento vai gerar 3 mil empregos diretos e indiretos relacionados ao evento. A prova vai ajudar a movimentar a economia da cidade com a presença do público, estima-se um impacto superior a R$ 300 milhões.
”Para nós é realmente um sonho finalmente estarmos no Brasil. Foram muitos anos de conversas, e graças ao apoio da prefeitura e a SPTuris, nós conseguimos junto com nossos parceiros locais, a oportunidade perfeita para garantir uma etapa da Fórmula E aqui no país”, comentou Álvaro Buenaventura, diretor da Fórmula E na América Latina.
Para que o deslocamento do público aconteça da melhor forma no fim de semana do evento, a prefeitura vai disponibilizar ônibus que vão sair do Tietê em direção ao Sambódromo como acontece em outros eventos. A prefeitura também aproveitou o momento para apresentar o ônibus elétrico, uma novidade que está sendo usada e colabora com a mobilidade elétrica, além de promover um transporte público mais limpo para a cidade.
O ônibus elétrico foi conduzido por Lucas di Grassi no traçado. Além disso, o prefeito Ricardo Nunes teve a oportunidade de andar com a pilota Bia Figueiredo em uma outra ação que aconteceu no traçado. A pilota guiou um Porsche elétrico a mais 100 km/h em 2 segundos com Nunes no banco do passageiro. Bia lidera a atividade do FIA Girls on Track no e-Prix de São Paulo.