A Renault terminou o campeonato de construtores ocupando a sexta posição e a sua grande dificuldade nem foi a confiabilidade do motor nas primeiras provas do ano, mas sim a dupla de pilotos que tinha. Nico Hulkenberg tentava buscar todo o potencial do carro e em algumas provas conseguiu conquistar alguns pontos para a equipe, no entanto Jolyon Palmer, que permaneceu até a décima sexta etapa do ano na equipe, acabou somando pontos em apenas uma prova.
O time tinha um bom desempenho em algumas provas, mas acabou sofrendo mais em países onde o calor era grande e foi impressionante a quantidade de defeitos que o carro do francês apresentou na temporada, o que fez a Renault ficar menos competitiva e não conseguir brigar de frente com equipes como a Force India e Williams.
Durante as últimas provas do ano, vendo que as equipes que usavam os seus motores sofrerem com problemas de quebra, a Renault optou por reduzir um pouco a potência para tentar evitar que possíveis abandonos acontecessem.
lll Nico Hulkenberg Vs. Jolyon Palmer
Nico Hulkenberg entregou mais resultados para a equipe, terminou por mais vezes à frente de Jolyon Palmer, sem necessariamente estar pontuando, e conquistou 43 dos 53 pontos conquistados ao longo do ano pela Renault. O alemão algumas vezes foi um leão durante a classificação, mas o mesmo ritmo não foi era mantido durante as provas, às vezes por culpa das próprias estratégias da equipe. A pior fase foi entre as corridas do Japão ao México, onde Hulkenberg acabou abandonando quatro vezes seguidas pelos mais variados motivos: asa móvel travada, quebra de suspensão pós-batida e também pelo carro não estar seguro para dar continuidade à prova.
Jolyon Palmer foi retirado da equipe no Grande Prêmio dos Estados Unidos, quando o comando do carro da Renault foi passado para Carlos Sainz Jr. O piloto britânico já vinha de uma sequência ruim das provas que disputou em 2016, mas mesmo assim o time investiu na sua permanência por mais um ano. O carro de Palmer apresentou vários defeitos tanto nos treinos livres quanto na classificação e corrida. Por diversas vezes a Renault acabou com o seu carro parado nos boxes para resolver as falhas, aliado a falta de competitividade de Palmer, eles não conseguiam avançar.
O britânico saiu queimado da Fórmula 1 pelo seu mal desempenho e, assim como Kvyat, não havia uma prova em que os seus erros não fossem apontados, ele perdeu uma grande oportunidade dentro da categoria que muita gente batalha para conseguir alcançar um dia. A Renault fez o que tinha que ser feito, a substituição não rendeu muitos frutos para o final da temporada, pois Carlos Sainz abandonou duas vezes, mas em sua primeira prova pela equipe obteve um sétimo lugar e somou alguns pontos.
lll Próxima temporada
Nico Hulkenberg está confiante para a próxima temporada e acredita que os problemas com o carro serão resolvidos. O time está trabalhando para que isso de fato possa acontecer. O piloto alemão vê a oportunidade de uma briga mais justa e também de uma disputa maior, com a possibilidade dos pneus mais macios e mais velozes possam aumentar a competitividade, já que em algumas etapas é possível que eles trabalhem com duas paradas nos boxes.
Carlos Sainz também foi um investimento para a equipe, que assim como Hulkenberg tem garra na pista e promete travar boas disputas com o próprio companheiro de equipe.
A Renault já sabe que o próximo ano não vai levar a equipe para vitórias, mas vai ser uma temporada promissora com um grande avanço na pista. Bob Bell fará parte do time a partir de abril, como acordado com as outras equipes, e como ele conhece muito bem a maneira que Mercedes e outros rivais trabalham, pode ser o grande responsável pelo salto da Renault. A equipe francesa também vai contar com Marcin Budkoswki, engenheiro técnico que já atuou na Ferrari e McLaren, assim como foi diretor técnico da categoria pela FIA.
