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Retrospectiva Racing Point Force India – Aquela que foi comprada

A Racing Point Force India, começou a temporada de 2018 mal das pernas, a equipe que era administrada por Vijay Mallya e seu sócio, Subrata Roy, entrou em administração judicial na Inglaterra, na sexta-feira 27 de julho.

Sendo breve com a história que deu várias voltas, a equipe estava atolada em dívidas, após investigações de fraudes que Vijay Mallya havia cometido no seu país. Além disso o mesmo estava enfrentando um mandado de extradição, para que retornasse a Índia onde cumpriria as penas pelos seus crimes financeiros. Os salários dos funcionários ficaram atrasados e a equipe precisava fazer uma reestruturação e manter os empregos.

O problema deu muito pano para a manga, um consórcio ligado a Lawrence Stroll, pai do piloto canadense Lance Stroll da Williams, realizou a compra da Force India, o nome precisou ser mudado no meio da temporada e passou a se chamar Racing Point Force India, já que estava perdendo o patrocínio da Sahara e viver um novo dilema com as demais equipes que queriam vetar a participação da RPFI na partilha do prêmio no final do ano.

A equipe teve os pontos zerados após a troca de nome que ocorreu no GP da Hungria, dessa forma os pilotos precisaram remar para conquistar novos pontos. Ainda assim, levaram a Racing Point para o sétimo lugar no campeonato, totalizando 52 pontos ao final da temporada.

lll Sergio Pérez vs. Esteban Ocon

Os dois pilotos se mostraram agressivos durante a temporada, até mesmo durante as disputas internas que foram travadas em alguns Grandes Prêmios e se não fosse pelos problemas judiciais enfrentados, certamente teriam ocupado uma posição melhor no campeonato.

Os principais problemas enfrentados até o Grande Prêmio da Hungria, foram dois abandonos por conta do motor e dois toques que colocaram Ocon para fora de disputas como no GP do Azerbaijão com Raikkonen e o da França por ter se encontrado com Gasly.

Após os pontos terem sido removidos, Ocon e Pérez continuaram sendo arrojados em seu modo de conduzir, até que em Cingapura os dois se estranharam e o mexicano fechou a porta para o francês. Na luta por recuperar os pontos, essa foi a disputa que mais levantou críticas.

Ocon assim como Magnussen foram desclassificados do GP dos Estados Unidos, após violarem o Regulamento Técnico da Fórmula 1, que diz: “Os carros não podem usar mais do que 105kg de combustível em cada corrida (com os regulamentos da unidade de potência estipulando que o fluxo de combustível não deve exceder 100kg/ hora durante a corrida) ou serão imediatamente excluídos dos resultados oficias da corrida.”

Após mais essa perda de pontos por parte do francês, o último problema ficou por conta do motor que o deixou na mão na última prova do ano.

lll 2019

Para a próxima temporada, a Racing Point Force India faz uma alteração em sua dupla de pilotos, já que Lance Stroll passou a integrar o time. Não era nenhuma surpresa pois o atual consórcio que administra a equipe é ligado a ele. Além disso haviam um consenso que o canadense não teria mais como crescer na equipe.

Ocon ficou sem vaga para a próxima temporada e como uma forma de retribuição para manter a equipe, o mexicano permanece com o time.

A Racing Point como um todo, acredita que vai estar brigando pelo terceiro lugar do campeonato nesta nova temporada, mas ela ainda tem um adversário muito grande, pois Haas e Sauber mostraram uma grande evolução. Também vai ser necessário ficar atento ao que acontece com a Red Bull, que passa a utilizar os motores Honda.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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