Ao longo da quinta-feira (02) o caos se instaurou com a possibilidade de Lewis Hamilton deixar a Mercedes, para guiar pela Ferrari em 2025. A confirmação aconteceu no final do dia, revelando que o heptacampeão mundial guiará apenas por mais uma temporada para o time alemão e em 2025 vai encarar um novo desafio.
Para muitos, os anos de parceria bem-sucedida com a Mercedes, além do apoio ao time aos projetos de Hamilton, não fariam o piloto desistir da equipe para defender uma nova equipe. No entanto a Ferrari realizou uma excelente proposta, depois que a Mercedes e Hamilton não conseguiram mais alinhar os seus interesses.
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O que realmente chamou a atenção, é que em agosto a Mercedes estabeleceu um novo contrato com Hamilton para que o piloto defendesse o time em 2024 e 2025. Mas Hamilton optou por usar a cláusula que permitia rescindir o contrato antes do seu encerramento. Na sequência o competidor fechou um contrato de múltiplos anos com a Ferrari.
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— Formula 1 (@F1) February 1, 2024
Segundo a Fórmula 1, o presidente da Ferrari John Elkann foi a peça principal para realizar essa movimentação. O time italiano pensava em contar com Hamilton ainda em 2024, mas se não fosse possível, o foco seria ter Hamilton em algum momento, antes que o piloto definisse a aposentadoria.
A Ferrari já tinha sondado Hamilton, mas nenhuma proposta efetiva tinha acontecido. Mas entre a temporada 2023 e a 2024, o britânico recebeu uma nova ligação da Ferrari. Neste momento Hamilton tinha uma perspectiva do futuro com a Mercedes e do que o time poderia oferecer para ele nas próximas temporadas, a Ferrari então fez a sua proposta.
Segundo o site Sportune, Hamilton travou um longo debate com o conselho de administração da Mercedes, mas a proposta para o posto de embaixador até 2035 realizada pelo britânico foi recusada. Por outro lado Elkann optou por oferecer a “construção de um império” para Hamilton, em um acordo que poderá atingir os 400 milhões de euros.
A primeira proposta da Ferrari foi recusada por Hamilton, pois o piloto não tinha um amparo para os seus projetos. Muitos fãs questionaram a ida do inglês para a Ferrari, se perguntando se o time italiano daria algum apoio nesse sentido para Lewis. Nesta segunda proposta, a Ferrari ofereceu 40 milhões de euros, incluindo um bônus de 20 milhões para a organização do heptacampeão mundial a “Mission 44”.
A outra parte do acordo proposta por John Elkann oferta a criação de fundo de investimento conjunto com cerca de 250 milhões de euros, através da empresa Exor, para investir nos projetos de Lewis Hamilton e transformá-lo em um embaixador de sua própria marca.
Na Mercedes Hamilton conseguiu um espaço para discutir a diversidade e o que poderia ser feito para aumentá-la no esporte, desta forma criaram o Projeto Accelerate 25, com o intuito de aumentar o número de funcionários não brancos o time até o próximo ano.
A proposta da Ferrari chamou a atenção, além da promessa de desenvolvimento do time visando o regulamento de motores para 2026 – quando a categoria realizará uma nova mudança e tem por objetivo provocar uma revolução nas unidades de potência, além de aumentar o uso da parte elétrica e apostar em um combustível 100% sustentável.
Hamilton colocou na balança o que era melhor, levando em consideração que a Mercedes também não poderia ofertar um contrato maior para o competidor, pois o time estava aberto a possíveis mudanças no grid, além de estar preparando um novo piloto na base que poderia ser usado com substituto de Hamilton – o italiano Kimi Antonelli.
Com o contrato de apenas uma temporada, com a possibilidade de renovação para 2025, Hamilton viu a oportunidade de fechar um contrato maior com a Ferrari e conseguir mais apoio aos seus projetos.
De qualquer forma, a partir de 2025 vamos ver a união do maior vencedor da história da Fórmula 1, com a equipe mais tradicional da categoria. A Ferrari está a 15 anos sem conquistar um novo título no mundial de construtores. A última conquista de título de um piloto aconteceu durante a temporada de 2007 com Kimi Raikkonen.
Hamilton e a Ferrari tem um longo trabalho pela frente, mas será interessante se o time conseguir entregar um carro vencedor ao piloto. O britânico chegará no time com 40 anos, para disputar a 19ª temporada da sua carreira.