Neste fim de semana será realizado o ePrix de Puebla, no México, desta vez a categoria elétrica vai disputar 8ª e 9ª etapa da sétima temporada. A metade do campeonato provoca muita emoção, pois ainda tem muita coisa para acontecer.
A disputa deve ser intensa, em 2021 tivemos seis vencedores diferentes em sete corridas. Robin Frijns é o atual líder e conta com 62 pontos, contra os 57 adquiridos por Nyck de Vries. Entre o líder o sétimo colocado (Jean-Éric Vergne), separados por apenas 16 pontos, muito menos do que é possível obter com uma vitória.
Neste momento, qualquer um dos dez primeiros colocados tem chances reais de vencer o campeonato de 2021, pois os pilotos ainda vão enfrentar oito rodadas, contando com estas duas provas no México.
A Pista!
Está é a sexta prova no México, desde a segunda temporada da Fórmula E temos provas sendo realizadas por lá. Mas em 2021 um novo cenário foi adotado para receber a competição, o Autódromo Miguel E. Abed de Puebla será o palco desta disputa. O traçado foi divulgado nesta semana, é um circuito permanente como o Ricardo Tormo, em Valência, onde a 5ª e a 6ª etapa foram disputadas.
A prova não pode ser realizada no Autódromo Hermanos Rodríguez pois ele se tornou um hospital de campanha para receber os pacientes de Covid-19, mas por conta da queda dos casos ele deixará de funcionar no dia 15 de julho. Os promotores do GP do México acreditam que a prova de Fórmula 1 poderá ocorrer normalmente, entre os dias 29 e 31 de outubro.
O Autódromo Miguel E. Abed de Puebla foi inaugurado em 2005, a pista conta com 18 layouts possíveis e já foi muito utilizada pelo WTCC entre 2005 e 2009. A configuração adotada de 2.982 metros de extensão pela Fórmula E lembra muito a do WTCC, mas a categoria elétrica não vai utilizar uma das curvas do oval, para poder ter um traçado mais sinuoso, apostando na recuperação de energia dos carros – algo que é característico das suas competições. No entanto, antes dos carros retornarem para a reta principal, eles vão completar a curva 15 que tem uma inclinação, por ser um circuito oval.
O modo ataque foi instalado na curva 8, algo que chamou bastante a atenção, desta vez ele não está apenas fora da tangência, mas no caso da pista mexicana os pilotos vão precisar se dirigir para outro traçado para ativá-lo. Ele deve mudar o andamento da prova, principalmente pela ativação do modo ataque normalmente provocar a mudança de posições. Os pilotos também vão perder um pouco mais de tempo nesta ativação, mas o tempo de eficiência com está potência não anula o benefício de usá-la.
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“Uma pista desconhecida por todos sempre é um estímulo, qualquer piloto se sente desafiado em uma condição assim”, destaca Di Grassi, que venceu em 2019 após uma manobra espetacular nos últimos metros, ultrapassando o alemão Pascal Wehrlein na linha de chegada pelo lado de fora do traçado.
“Da nossa parte, a equipe passou as últimas semanas trabalhando para melhorar o ritmo de classificação do carro. É o que falta para termos chance de pódio ou vitória. Vencer pela terceira vez no México seria sensacional, mas não temos conseguido largar entre os primeiros e isso tem sido nosso grande problema neste ano. No sábado, quando os carros forem para a pista, vamos descobrir o quanto avançamos”, diz o brasileiro.
New track. New challenge. 🤩
What are you most looking forward to from the 2021 CBMM Niobium #PueblaEPrix? 🇲🇽 pic.twitter.com/TxzfOmYIju
— ABB FIA Formula E World Championship (@FIAFormulaE) June 16, 2021
As equipes receberam os dados da pista na semana passada, para conhecerem o traçado e pensar nas suas estratégias e aplicar testes no simulador.