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Preview para o GP do Azerbaijão: um novo desafio nas ruas de Baku

Depois do GP de Mônaco a Fórmula 1 tem pela frente mais um circuito de rua para enfrentar, desta vez os times vão desembarcar no Azerbaijão. O campeonato está seguindo para a sua oitava corrida, onde a Red Bull, assim como Max Verstappen estão ocupando a liderança do campeonato.

É um momento delicado para a Ferrari, a equipe usou essa pausa para verificar as suas falhas e tentar melhorar as escolhas, além de traçar um plano para o restante da temporada. Charles Leclerc perdeu a liderança do campeonato para Max Verstappen, mas agora o monegasco também está sendo ameaçado por Sergio Pérez.

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Tudo indica que teremos pela frente um campeonato extremamente acirrado e que talvez a direção mude para um conflito interno entre Sergio Pérez e Max Verstappen – onde a Red Bull após renovar o contrato com o mexicano sinalizou que ele está liberado para disputar com o seu companheiro de equipe pelo título.

Agora falando um pouco sobre o circuito de Baku, é uma pista extremamente desafiadora e veloz. Os ângulos de algumas curvas são bem complicados, desta forma é bem comum ver algumas batidas durante todo o fim de semana, com várias interrupções principalmente na classificação, quando os pilotos estão buscando o seu limite para ter o melhor tempo. Com os carros construídos em um novo regulamento, mais largos, mais pesados e de difícil condução, Baku provavelmente será ainda muito mais complicada.

Com as retas, os problemas com os saltos devem retornar mais uma vez. Com os dados obtidos na Espanha, os times tiveram um tempo para analisar os seus projetos e propor algumas mudanças para esse circuito, tentando resolver esses problemas e não prejudicar a performance do carro.

A primeira prova foi disputada em Baku em 2016, sendo apresentada ao público como GP da Europa, mas no ano seguinte ficou conhecida como GP do Azerbaijão. Na temporada passada, após um ano de ausência no calendário por conta da pandemia de Covid-19, a corrida voltou ao calendário. Foi um fim de semana caótico, marcado por várias batidas, inclusive o abandono de Max Verstappen e de Lance Stroll por estouros de pneu.

A prova no Azerbaijão também significa a oportunidade de coletar mais dados dos seus carros e também planejar as próximas atualizações. O fim de semana nesta pista é bem rico, mas para a questão da prova, nem sempre o resultado na corrida reflete o real desempenho das equipes, pois geralmente provas malucas acabam acontecendo por lá e quem consegue aproveitar as oportunidades acaba saindo com um bom resultado.

Foram cinco provas disputadas no traçado e ela conta com cinco vencedores diferentes. A pista conta com 6.003 km, perdendo apenas para a extensão de Spa-Francorchamps e Jeddah. O traçado é definido por ser uma junção de Mônaco e Monza, ruas estreitas como a do Principado, mas com retas largas e longas que acabam esfriando os pneus e dificultam realizar a frenagem.

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Assim como Mônaco, os pilotos trocam bastante de marcha, cerca de 68 vezes por volta, o mesmo número que é necessário em uma volta no Bahrein. Baku é uma pista de difícil configuração e um quebra cabeça para os engenheiros, por conta das curvas fechas e das longas retas, além dos pontos de frenagem, é necessário realizar algumas escolhas. Os times gostam de trabalhar com o máximo de downforce para as curvas lentas, mas também ter pouco arrasto nas longas retas. Para Baku as equipes acabam apostando em configurações semelhantes as de Spa para melhorar o seu desempenho pelo traçado.

Mesmo sendo uma corrida de rua, Baku conta com um asfalto pouco abrasivo, desta forma a Pirelli pode fornecer a seleção de pneus mais macia, assim como os compostos que são escolhidos para Mônaco: C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha).

Pneus que foram escolhidos para o GP do Azerbaijão – Foto: Ale Ranieri / BP

O traçado de rua é conhecido pela sua velocidade máxima, onde os carros podem chegar aos 322 km/h, sendo agora a segunda maior velocidade da temporada.

Programação para o GP do Azerbaijão – Foto: Ale Ranieri / BP

Fórmula 2 

A Fórmula 2 também estará no Azerbaijão. O brasileiro Felipe Drugovich segue como líder do campeonato, pois venceu a corrida principal em Mônaco, agora ele conta com 113 pontos, contra 81 obtidos por Théo Pourchaire, portanto 32 pontos separam o líder o vice-líder do campeonato. Jehan Daruvala é o terceiro colocado, mas a diferença para ele é ainda maior, pois o piloto conta com 53 pontos.

Para essa etapa a Pirelli fornecerá para a Fórmula 2 os pneus médios (faixa amarela) e os supermacios (faixa roxa). São entregues para cada piloto dois jogos de supermacios e três de médios, para que eles possam realizar a classificação e as duas corridas do fim de semana. A prova Sprint será disputada em 21 voltas e a principal em 29.

Programação para a Prova do Azerbaijão da Fórmula 2 – Foto: Ale Ranieri / BP

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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