O GP da Inglaterra será disputado neste fim de semana, dando início a sequência que definirá a metade do campeonato 2022. A prova que acontecerá neste fim de semana vale como a 10ª etapa do calendário, depois a categoria ainda passará por Áustria, França e Hungria, antes de cumprir as férias de verão.
Nesta etapa várias equipes pretendem implementar novos pacotes aerodinâmicos e para muitos eles serão decisivos, pois depois da Inglaterra o foco do desenvolvimento muda para trabalhar nos ajustes e introduzir apenas novas peças que potencializem o pacote principal.
A Williams pretende introduzir um grande pacote nesta etapa, mas ele será incialmente fornecido apenas para Alex Albon e tem por objetivo aumentar o downforce do carro. Nicholas Latifi deve ter o seu carro atualizado no GP da França.
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A Red Bull chega à Silverstone com muita força, a equipe está liderando o campeonato com força e desta forma espera que mais uma vez o RB18 seja eficiente. Entretanto, o time austríaco venceu o GP do Canadá com Max Verstappen, mas viu Sergio Pérez abandonar a prova.
Notamos que a Ferrari também está apreensiva com essa etapa, pois o time não pode lidar mais com erros e abandonos. O time italiano realizou a troca do motor de Charles Leclerc na última etapa, para deixar o monegasco livre para disputar em Silverstone.
Correndo na casa dos seus pilotos, mas também na terra onde as suas fábricas estão sediadas, o GP da Inglaterra é muito importante para a Mercedes. O time alemão conquistou mais um pódio no Canadá e com as atividades de sábado e domingo, se sentiram mais confiantes com o desempenho do W13. Ainda será difícil para a equipe, nova pista, novos desafios, mas eles esperam fazer um bom trabalho na sexta-feira, já estabelecendo as melhores configurações para o restante do fim de semana. George Russell quer manter a sua regularidade no campeonato, enquanto Lewis Hamilton adoraria ter um bom resultado em casa.
Silverstone (5.891km) é o quarto circuito mais longo do calendário da Fórmula 1, perdendo apenas para Spa-Francorchamps (7.004 km), Baku (6.003 km) e Jeddah (6.174 km) que são mais longos.
O traçado que as equipes vão enfrentar neste fim de semana é bem exigente e cobra bastante dos pneus. A Pirelli sabe que o nível de abrasividade da pista é alto, desta forma fornecerá os pneus mais duros da gama: C1 (duro – faixa branca), C2 (médio – faixa amarela) e C3 (macio – faixa vermelha). Mais de 80% da volta em Silverstone é realizada de pé em baixo.
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A hipótese da presença da chuva nunca pode ser descartada em Silverstone, ela sempre está pairando ao longo do fim de semana e pode modificar o andamento das atividades. Mas nesta época do ano na realidade as altas temperaturas são o grande problema das equipes, prejudicando ainda mais o comportamento dos pneus, principalmente formando bolhas nos compostos.
Os pneus dianteiros são os mais exigidos, o traçado de Silverstone é extremamente rápido e as forças laterais estão sempre atuando nos pneus. As curvas que geram as maiores cargas são: 1, 8, 9, 10, 11, 12 e 15. Os times podem reduzir o resfriamento dos freios, mas isso pode ser um problema quando os carros estão andando em baixa velocidade ou atrás do Safety Car.
Neste fim de semana certamente os nomes Maggotts, Becketts e Chapel serão bastante mencionados, pois são nomes emblemáticos para algumas curvas de Silverstone. Em alguns traçados os nomes das curvas são tão fortes que os números são simplesmente esquecidos.
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Para as configurações do carro, o ideal é reduzir o máximo o arrasto, desta forma os times trabalham com configurações especiais para essa pista, lembrando as escolhas que fazem para Baku e Montreal.
O problema com os ventos também é uma questão que faz os times quebrem a cabeça em Silverstone, é bem comum rajadas de vento e as mudanças de direção – sendo muito comum ver os pilotos cometerem alguns erros e até terem voltas rápidas prejudicadas por essa mudança repentina. Com isso o equilíbrio do carro é bem afetado e pode prejudicar as equipes durante a coleta de dados.
O Safety Car pode aparecer e acaba influenciando nas estratégias da prova, dependendo do momento que for acionado. A pista conta com duas zonas de DRS, para ajudar nas ultrapassagens – que ficam entre as curvas 05 e 06, 14 e 15.
A Inglaterra está presente no calendário da Fórmula 1 desde o início da competição, aliás, a primeira corrida da F1 ocorreu em 13 de maio de 1950, prova que foi vencida por Giuseppe Farina. Lewis Hamilton é o piloto que mais venceu nesta pista, o inglês conta com 8 vitórias e sete poles.
E ainda neste fim de semana…
A W Series dividirá a pista com a Fórmula 1 mais uma vez, a última prova disputada pela categoria feminina foi realizada durante o GP da Espanha. A pilota britânica Jamie Chadwick é a atual líder do campeonato, contando com 75 pontos e três vitórias em 2022. A vice-líder é a Abbi Pulling, as três primeiras colocadas do campeonato são pilotas britânicas.
A Fórmula 2 também dividirá a pista com a F1. O brasileiro Felipe Drugovich é o atual líder contando atualmente com 132 pontos e uma boa diferença para Théo Pourchaire.
Para a F2 a Pirelli fornecerá os compostos duros e macios, realizando uma alteração após a seleção do ano anterior quando a combinação foi definida em duros e médios. Cada piloto conta com cinco jogos de pneus, três duros e dois macios para usar ao longo do fim de semana. A corrida Sprint terá duração de 21 voltas enquanto a prova principal que será disputada no domingo conta com 29 voltas.
A Fórmula 3 também realizará a sua aparição em Silverstone, participando do cronograma do fim de semana.