ColunistasFórmula 1Post

Preview – O traçado e alterações realizadas em Ímola

A Fórmula 1 vai disputar a segunda etapa em Ímola, marcando o seu retorno mais uma vez ao circuito que viu a Mercedes conquistar o heptacampeonato de construtores – o mesmo que a categoria escolheu na temporada 2020 para compor o calendário daquele ano, por conta dos cancelamentos provocados pela pandemia de Covid-19.

O Autódromo Enzo e Dino Ferrari foi um dos quatro circuitos italianos a abrigar disputas da Fórmula 1, sobre diferentes nomes, GP da Itália, GP de San Marino e GP da Emilia-Romagna. Ímola já dividiu espaço no calendário com Monza

A primeira versão do circuito entre 1953 e 1972 era de um circuito fluido, de alta velocidade, que não tinha chicanes, mas justamente por conta dos acidentes e uma cobrança por mais segurança, estes trechos de quebra de velocidade – as variantes para os italianos – foram adicionadas, criando alguns pontos de frenagem.

A Variante Bassa veio primeiro, uma chincane na entrada dos boxes, depois veio a Variante Alta, modificações realizadas antes do recebimento da Fórmula 1.

LEIA MAIS: As várias faces dos GPs sem nome na Fórmula 1

O traçado em 1981 tinha 5.040 metros, o trecho onde eram registradas as maiores velocidades ficava entre a Variante Baixa, seguindo para a Tamburello, Villeneuve e terminando com a freada para a Tosa. O nome Villeneuve veio após a morte do piloto canadense, Gilles Villeneuve que faleceu após o GP da Bélgica em Zolder.

As mudanças de 1981 – Foto: reprodução F1 Stats

Velocidade era em Ímola, a Piratella era uma curva de média velocidade, os pilotos ainda passavam pelas chicanes Acque Minerale, Variante Alta e a Variante Bassa, quebras em circuito rápido.

Para ultrapassar os pilotos acabam utilizando a frada da Tosa para ganhar a posição de um adversário, mas também deixavam para decidir alguma disputa na Rivazza, o trecho próximo ao final da pista.

Pós acidentes de 1994

Quando falamos sobre Ímola, os fãs de automobilismo que viveram o dia 1º de maio ou que conhecem a história da categoria, sempre vão se lembrar da morte de Ayrton Senna, mas também do fatídico fim de semana com acidente de Rubens Barrichello e a morte de Roland Ratzenberger, é uma questão inevitável.

Mas a pista sempre foi muito admirada, justamente por conta da velocidade, mas também pela técnica e precisão necessária para guiar os carros pelo seu asfalto.

As mudanças realizadas em 1994 – Foto: reprodução F1 Stats

Depois de 1994 o circuito foi reformulado, buscando mais uma vez proporcionar segurança, mas também reduzir a velocidade. Outra chicanes foram implementas para quebrar os trechos de alta, a Tamburello e a Villeneuve foram modificadas. A Variante Bassa, Acqua Minarele também foram redesenhadas.

A Fórmula 1 permaneceu com a pista em seu calendário até a prova de 2006. As ultrapassagens ficaram mais difíceis conforme os carros foram evoluindo, hoje se classificar bem acaba contribuindo para um bom resultado na prova. A guerra não é só no asfalto, mas também dos estrategistas que precisam pensar diferente dos seus adversários, para derrotá-los.

O traçado que é utilizado atualmente – Foto: reprodução F1 Stats

Ímola ainda passou por mais uma alteração em 2007, hoje tem 4.909 KM, onde a Variante Bassa foi eliminada do traçado, retomando um dos pontos de aceleração do circuito. E é justamente neste traçado ajustado que a Fórmula 1 realizou a sua corrida de 2020, marcando o retorno da pista italiana ao calendário.

LEIA MAIS: GP da Emilia-Romagna, a terceira corrida na Itália que será disputada em Ímola

Antes de receber a Fórmula 1 para o GP da Emilia-Romagna, Ímola foi recapeada, mas não perdeu a característica de ser uma pista bem acidentada. Além disso, a infraestrutura passou por algumas modificações, sempre visando o retorno da categoria.

LEIA MAIS: Preview – A seleção de pneus para o GP da Emilia-Romagna

Por conta da dificuldade para ultrapassar já que o traçado é estreito e conta com várias áreas de escape, em 2021 optaram por uma zona de DRS maior – a zona de detecção será perto da curva 17 – a primeira Rivazza – em 2020 ela estava localizada na curva 18. Neste ano o DRS começara na entrada do pit lane, no ano passado a zona de DRS começava na largada e terminava na curva 2 – a Tamburello.

As estátisticas de Ímola

Vitórias | Pilotos
1. Michael Schumacher – 7
2. Ayrton Senna – 3
3. Alain Prost – 3
4. Nelson Piquet – 2
5. Nigel Mansell – 2
6. Damon Hill – 2
15. Lewis Hamilton – 1

Vitórias | Construtores
1. Williams – 8
2. Ferrari – 8
3. McLaren – 6
4. Brabham – 1
5. Lotus – 1
6. Benetton – 1
7. Renault – 1
8. Mercedes – 1

Vitórias | Motores
1. Renault – 8
2. Ferrari – 8
3. Honda – 4
4. Ford Coswarth – 3
5. TAG Porsche – 2
6. Mercedes – 2
7. BMW – 1

Poles | Pilotos
1. Ayrton Senna – 8
2. Michael Schumacher – 5
3. René Arnoux – 3
4. Mika Hakkinen – 2
5. David Coulthard – 2
6. Gilles Villeneuve – 1
7. Nelson Piquet – 1
8. Nigel Mansell – 1
9. Alain Prost – 1
10. Jacques Villeneuve – 1
11. Jenson Button – 1
12. Kimi Raikkonen – 1
13. Valtteri Bottas – 1

Poles | Construtores
1. McLaren – 9
2. Ferrari – 6
3. Williams – 4
4. Lotus – 3
5. Renault – 2
6. Brabham – 1
7. Benetton – 1
8. BAR – 1
9. Mercedes – 1

Poles | Motores
1. Renault – 9
2. Honda – 6
3. Ferrari – 6
4. Mercedes – 6
5. BMW – 1

Melhores Voltas | Pilotos
1.Michael Schumacher – 5
2. Alain Prost – 3
3. Nelson Piquet – 2
4. Riccardo Patrese – 2
5. Gerhard Berger – 2
6. Damon Hill – 2
7. Alan Jones – 1
16. Rubens Barrichello – 1
17. Fernando Alonso – 1
18. Lewis Hamilton – 1

Melhores Voltas | Construtores
1. Ferrari – 10
2. Williams – 8
3. McLaren – 4
4. Brabham – 2
5. Benetton – 2
6. Renault – 1
7. Mercedes – 1

Melhores Voltas | Motores
1. Ferrari – 10
2. Renault – 6
3. Honda – 4
4. Ford Cosworth – 3
5. BMW – 3
6. Mercedes – 2

Pódios | Pilotos
1. Michael Schumacher – 12
2. Alain Prost – 6
3. Ayrton Senna – 5
4. Gerhard Berger – 5
5. Nelson Piquet – 4
31. Kimi Raikkonen – 1
32. Jenson Button – 1
33. Alexander Wurz – 1
34. Daniel Ricciardo – 1
35. Valtteri Bottas – 1
36. Lewis Hamilton – 1

Pódios | Construtores
1. Ferrari – 24
2. McLaren – 19
3. Williams – 15
4. Benetton – 6
5. Renault – 5
6. Lotus – 4
7. Brabham – 2
8. Arrows – 2
9. Mercedes – 2
10. Tyrrell – 1
11. Dallara – 1
12. Ligier – 1
13. Stewart – 1
14. BAR – 1

Pódios | Motores
1. Ferrari – 24
2. Renault – 15
3. Honda – 13
4. Ford Coswarth – 12
5. Mercedes – 10
6. BMW – 5
7. TAG Porsche – 2
8. Judd – 1
9. Peugeot

Voltas Na Liderança | Pilotos
1. Michael Schumacher – 317
2. Ayrton Senna – 237
3. Alain Prost – 141

Voltas Na Liderança | Construtores
1. McLaren – 478
2. Williams – 465
3. Ferrari – 381

Voltas Na Liderança | Motores
1. Renault 465
2. Ferrari – 381
3. Honda – 303

Voltas Percorridas | Pilotos
1. Michael Schumacher – 794
2. David Coulthard – 685
3. Rubens Barrichello – 594

Voltas Percorridas | Construtores
1. McLaren – 2767
2. Ferrari – 2714
3. Williams – 2623

Voltas Percorridas | Motores
1. Ford Cosworth – 7683
2. Ferrari – 3280
3. Renault – 3121
4. Honda – 2194

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo