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Preview Grande Prêmio do Bahrein de 2019

O Grande Prêmio do Bahrein começou a ser disputado em 2004, no autódromo de Sakhir ao sul da capital, Manama. Nos anos de 2006 e 2010 o circuito foi palco da abertura do campeonato. Em 2010 ele ganhou 887 metros de traçado, devido ao grid mais longo da Fórmula 1, mas com inúmeras reclamações dos pilotos que acharam o aumento desnecessário e as curvas menos interessantes na hora das ultrapassagens, por isso acabou voltando ao seu traçado antigo no ano seguinte.

Já foram disputadas 14 provas no Bahrein, porém em 2011 a corrida ficou fora do calendário, pois acarretaria problemas para as equipes, engenheiros e investidores. Tentaram passar a prova para 30 de outubro, depois dos problemas civis que ocorreram, mas como a finalização do campeonato ocorreria tardiamente, optaram por deixar ela fora da temporada.  

As principais características do circuito são as suas grandes áreas de escape, então é inevitável ver algumas saídas de pista, daqueles pilotos que abusam em suas voltas. Estas áreas que também são responsáveis em evitar a invasão da areia, comum na região.

Composta por quatro retas, os motores dos carros são muito exigidos, mas as curvas também não são nada fáceis, entre elas a 10, que está localizada em uma descida, e as curvas 11 e 12 que são as mais longas do circuito, acabam exigindo muita potência dos carros.

Para está temporada, a novidade é a nova zona de DRS, implantada antes da primeira curva, abrindo mais uma oportunidade para que os pilotos possam tentar as suas ultrapassagens. Com a asa traseira revisada para a temporada de 2019, já foi possível notar o quanto elas são poderosas no Grande Prêmio da Austrália, no entanto o Bahrein é o circuito que oferece uma boa condição de ultrapassagem. Desta forma é possível que a corrida desde ano, seja mais emocionante.

BPCast § 22 | Preview GP do Bahrein de 2019 – #OPODCASTÉDELAS

lll Pneus

Os pneus deste ano foram separados em médios (faixa branca), macios (faixa amarela) e supermacios (faixa vermelha), sendo representados pelos C1, C2 e C3 respectivamente. O desgaste dos compostos é mais abrasivo enquanto a prova é realizada na luz do dia, à medida em que vai anoitecendo, a temperatura abaixa e a degradação também diminui. É necessário cuidar dos pneus traseiros, pois o traçado além das temperaturas, acabam exigindo mais deles.

O segundo treino livre é um dos mais importantes, ele acaba dando a melhor noção para o momento da classificação, mas é justamente o momento onde as primeiras estratégias são traçadas, sendo assim os 90 minutos acabam sendo extremamente importantes para as equipes.

O primeiro vencedor do circuito foi o alemão Michael Schumacher da Ferrari. E na temporada de 2016 o seu conterrâneo Nico Rosberg da Mercedes (hoje já aposentado), somava 50 pontos com a segunda vitória do ano. Durante a temporada passada o Bahrein foi colocado como segundo circuito do calendário.

lll Relembre a corrida de 2018

Sebastian Vettel venceu no Bahrein, tirando tudo do modelo SF71H. O alemão arriscou ao perceber na pista com os pneus bem desgastados e desta forma o jogo entre Ferrari e Mercedes foi intenso no quesito estratégia.

A escuderia italiana, acreditava que seria possível realizar mais uma parada, colocando os compostos supermacios, para os últimos instantes da corrida. Mas a equipe alemã mudou a visão da Ferrari, quando esperou para instalar os compostos médios nos dois pilotos e seguir desta forma até o final sem precisar recorrer aos boxes mais uma vez.

Vettel ficou sobre forte ameaça, mas conseguiu cumprir a missão que lhe foi dada. Bottas podia tentar a ultrapassagem nas duas retas do circuito, onde é possível se utilizar da asa móvel, mas parecia que lhe faltava o verdadeiro ímpeto de buscar a ultrapassagem, sendo assim garantiu o segundo lugar.

A Mercedes por outro lado, esperou o pulo do gato ou melhor a parada de Vettel para finalmente colocar Hamilton na ponta, mas como ela não veio, o inglês se manteve em terceiro.

Pierre Gasly pode ser chamado de destaque da prova por conseguir levar a sua Toro Rosso-Honda para a quarta posição, à frente de Magnussen, Hulkenberg, Alonso e Stoffel Vandoorne. Marcus Ericsson com uma estratégia diferente somou dois pontos para a Sauber e Ocon fechou com a décima posição.

Se para a subsidiária foi uma vitória terminar tão bem posicionada com um de seus pilotos, a Red Bull viveu uma outra realidade, Ricciardo e Verstappen abandonaram a prova. O primeiro por conta de uma pane elétrica no inicio da corrida e outro por ser muito ousado na largada, quando pelo meio de pelotão tentou realizar a ultrapassagem em Hamilton e acabou furando o pneu.

Também foi a fatídica corrida para o mecânico da Ferrari que acabou quebrando a perna nos boxes.

Para recordar mais detalhes da corrida do ano passado, fica a recomendação de leitura: Vettel tem que segurar Bottas, para garantir segunda vitória do ano

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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