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Preview Grande Prêmio do Azerbaijão 2019

O Circuito Urbano de Baku é uma corrida de rua sediada na capital do Azerbaijão. Em 2016 a corrida recebeu o título honorífico de Grande Prêmio da Europa, mas desde 2017 passou a ser chamado de Grande Prêmio do Azerbaijão.

Por ser um circuito novo, ele traz características bem famosas de outros traçados como as ruas estreitas de Mônaco ou as inúmeras curvas que lembram Cingapura e até a retas rápidas de Montreal. O traçado é de autoria do arquiteto Hermann Tilke, ele também é responsável pelo desenho de circuitos como Abu Dhabi, Rússia, Bahrain entre outros.

 

A pista conta com 20 curvas e uma largura de 13m, porém a curva 15 é a mais complicada já que a largura diminui drasticamente para cerca de sete metros, desde a temporada de 2017 o nível de dificuldade aumentou ainda mais, já que os carros ficaram mais largos e robustos. As curvas são de baixa velocidade e acabam esfriando os pneus e ficando mais fácil dos pilotos dechaparem os compostos.

lll Pneus

Por ser um circuito de rua, a aderência no primeiro treino livre tende a ser ruim, mas a pista vai ficando emborrachada conforme os pilotos entram passam a executar os seus giros no circuito. Os compostos usados para essa corrida são os médios (faixa braca), macios (faixa amarela) e supermacios (faixa vermelha) diferente da temporada passada onde os macios foram os mais duros do final de semana, com a entrada dos novos compostos, a Pirelli optou por escolher o C2 (duro) para ser utilizado, voltando a goma de alta durabilidade para a pista.

Copyright © 2019 Pirelli & C. S.p.A.

A estratégia vencedora da temporada passada se resumiu a uma parada, mas tivemos a entrada de dois Safety Car. A temperatura na pista é preocupante, mas além das enormes retas, existe áreas com sombra formada pelos prédios que prejudicam os pneus, por estarem alguns graus abaixo.

Copyright © 2019 Pirelli & C. S.p.A.

lll Corrida 2018

A Ferrari dava pinta de vitória, com Sebastian Vettel se mantendo na liderança da prova até o giro 30, quando foi chamado aos boxes para realizar a sua parada. Se nada desse errado o alemão poderia vencer a prova, não com muita folga já que Bottas que assumia a liderança, estendendo o seu stint para retornar na sua parada com os pneus ultramacios, mais velozes e em uma estratégia diferente da escolhida para Vettel.

Desde a sua segunda corrida, Baku ficou conhecida por suas provas imprevisíveis e no ano passado não foi diferente. A primeira parte inesperada foi a entrada do Safety Car, após a batida entre Daniel Ricciardo e Max Verstappen, restando 11 voltas para o final. Enquanto os fiscais trabalhavam para fazer a remoção dos carros da Red Bull, Grosjean bateu sozinho na volta 43 no aquecendo os pneus, com isso o carro de segurança precisou se manter por mais tempo na pista, já que a remoção do carro do francês era mais complicada por conta do ponto na pista onde estava localizado.

A relargada aconteceu, restando 4 voltas para o final, Bottas, Vettel, Hamilton e Raikkonen estavam de ultramaciosxcluindo o ponteiro, os demais se valeram da entrada do SC para realizar mais uma parada nos boxes e retornar com os compostos mais velozes. Os pneus não estavam completamente aquecidos, mas Vettel arriscou uma ultrapassagem mesmo assim no finlandês da Mercedes e cometeu um erro por não calcular direito o ponto de frenagem e ”estendeu’’ a curva bem mais do que deveria, com isso acabou caindo para a quarta posição, fritando os seus compostos e derrubando seu rendimento.

Bottas, que se manteve na liderança, mas acabou passando por cima de detritos na pista o que acarretou um pneu furado, por fim abandonou a prova.

E as surpresas não haviam acabado. Hamilton passou a assumir a liderança da prova, com Raikkonen em segundo e Pérez em terceiro, sim o mexicano realizou uma ultrapassagem no alemão por conta do rendimento dos pneus que haviam caído e fez o carro da Force India ficar largo defendendo a posição até a bandeira quadriculada. Uma pena não ser possível ver os dois carros da equipe na zona de pontuação, já que Ocon foi muito ousado ainda na primeira volta e após colidir com Raikkonen e abandonar a prova.

Destaque da prova foi Charles Leclerc que largou da décima terceira posição e terminou em sexto, travando disputas com Carlos Sainz nos instantes finais.

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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