ColunistasDestaquesFórmula 1Post

Preview Grande Prêmio da Áustria de Fórmula 1 da temporada de 2019

O primeiro GP da Áustria ocorreu em 1964 no circuito de Zeltweg Airfield, porém a pista foi considerada muito perigosa pela FIA e foi imediatamente retirada do calendário até que uma nova pista fosse construída.

De 1970 a 1987, Österreichring, passou a fazer parte do calendário da Fórmula 1, porém em 1987 ela ficou fora dos padrões exigidos pela FIA e novamente a corrida deixou de ser executada no país.

Em 1995 e 1996 ela passou por diversos processos de adequação e grande parte dela teve que ser modernizada para que, só em 1997, um novo Grande Prêmio fosse disputado. O circuito também foi rebatizado e passou a se chamar A1-Ring. Esta mesma pista foi palco de uma grande polêmica e às vezes esse incidente acaba retornando com força; explico, em 2002 Rubens Barrichello acabou recebendo uma ordem por rádio da Ferrari para realizar uma troca de posição com Michael Schumacher. Barrichello acatou a ordem na última volta, poucos metros da linha de chegada o alemão recebeu a posição do brasileiro.

A atitude acabou causando uma má repercussão e a FIA baniu esse tipo de prática, mas as equipes desenvolveram outros modos para fazerem essa “sutileza” na pista. Depois do incidente, 2003 foi a última corrida em solo austríaco e novamente mais um longo período passou até que a ela retornasse ao calendário.

Em 2004, um ano após da saída, iniciou-se um projeto de reforma de todas as dependências do circuito, no entanto os proprietários acabaram mudando de ideia e destruíram toda a área dos boxes, além de boa parte das arquibancadas e pista e por fim abandonaram a reconstrução do mesmo. Somente em 2011 a Red Bull resolveu retomar o projeto de reconstrução da pista e em 2013, em um acordo com Bernie Ecclestone, foi firmado para a volta da corrida no calendário e em dezembro do mesmo ano era confirmada a volta do GP da Áustria.

lll Pneus e Pista

Com menos de uma semana da corrida na França, teremos mais uma disputa na Fórmula 1 e desta vez vamos ver os pilotos lidando com um circuito curto, onde a volta está na casa do 1m03s, com chances de reduzir mais ainda. Os pneus escolhidos são: C2 – Duro (faixa branca), C3 – Macio (faixa amarela) e C4 – Macio (faixa vermelha).

Os dois primeiros setores são conhecidos por serem os mais rápidos, enquanto o último setor é mais técnico. Assim como na pista francesa, o Red Bull Ring está ligado a tração e frenagem, no entanto as suas retas são mais curtas, conectas a trechos sinuosos.

Normalmente o circuito não é tão abrasivo e a opção de uma parada nos boxes se mantêm. Mas o clima nesta época do ano se torna bem variável e pancadas de chuva podem vir a ocorrer durante o final de semana e desta forma acabam por bagunçar as estratégias das equipes.

lll Corrida 2018

O Grande Prêmio da Áustria foi assistido praticamente sem fôlego nenhum. Da vitória que parecia certa, para todos os acontecimentos improváveis que poderíamos ter em uma única prova. Naquele domingo, vimos as duas Mercedes fora da prova, mas a equipe alemã, havia liderado todos os treinos livres, além da conquista da pole.

Hamilton assumiu a ponta depois de Bottas não ter tracionado bem na largada e Raikkonen saltou para a segunda posição. Após a conclusão do primeiro giro, Raikkonen havia espalhado com o carro e o compatriota da Mercedes retornava para a segunda posição, acompanhado por Verstappen em terceiro.

A prova seguiu, Hulkenberg teve problemas de motor, onde uma fumaça densa, se espalhou pela pista e o virtual Safety Car foi ativado para a retirada do carro. Foi nesse momento que a prova tomou outra vertente, quase todos os pilotos aproveitaram para realizar as suas paradas, enquanto Hamilton seguia na liderança.

O inglês tinha que fazer a parada obrigatória e quando se dirigiu para os boxes, já tinha noção do erro que a equipe havia cometido, pois além de perder a liderança da prova, passou a ser o quarto colocado, uma posição apenas à frente de Sebastian Vettel.

Bottas já havia abandonado a prova com problemas no câmbio, ele não conseguiu dar o mesmo show que havia concedido na Áustria 2017.

Quando Hamilton foi para quarto, passou a atacar e tentar se aproximar de Raikkonen, enquanto Ricciardo começou a apresentar problemas de bolhas nos pneus e formar uma fila atrás da sua Red Bull. Lewis forçou os pneus que também apresentaram bolhas, enquanto Kimi e Vettel permanecia com os seus compostos lisos e livres para atacar. Raikkonen ultrapassou o australiano e Vettel fez o mesmo com o inglês.

Ricciado precisou renunciar ao pódio para colocar novos pneus, já que os seus não aguentariam até o final da prova, assim como Lewis, que foi chamado pela Mercedes. O inglês retornava atrás do australiano na quinta posição, mas na volta 54 via Ricciardo abandonando com problemas de motor. Foi nesse momento da prova que Hartley também sofreu com um infortúnio no câmbio e encostou a sua Toro Rosso.

Tantas surpresas em uma única prova que ainda teria mais coisas para acontecer. Os problemas nos pneus haviam sido resolvidos pela Mercedes ao instalar novos supermacios na volta 52, mas o que fazer com a falta de potência que Hamilton já havia reclamado enquanto estava com os macios instalados? Nada. O inglês apenas abandonou a prova quando o seu motor apresentou problemas, encostando na pista na volta 64.

Com abandono do inglês, e Vettel chegando ao pódio no terceiro lugar, o alemão voltou a assumir a liderança do campeonato por 146 pontos, contra 145 de Hamilton. Entre os construtores, a Ferrari também passava a Mercedes com 247 pontos contra 237 das flechas de prata.

Verstappen seguiu na liderança da prova, aquela que foi assumida após a parada de Hamilton. Vitória em casa para a Red Bull e sua primeira na temporada. Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel completaram o pódio.

Romain Grosjean e Kevin Magnussen, fizeram a festa da Haas, ocupando a quarta e quinta posições, respectivamente. Mais uma dobradinha vinha logo atrás, composta por Esteban Ocon e Sergio Pérez da Force India. Fernando Alonso conseguiu um oitavo lugar para a McLaren.

Completando o top-10, ainda conseguimos ver, Charles Leclerc e Marcus Ericsson da Sauber.

BPCast § 42 | Preview do GP da Áustria de Fórmula 1

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo