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Preview GP dos Estados Unidos – Com horários, características da pista e mais

Um traçado composto por elevações, bumps e uma mescla de curvas 'famosas' em sua extensão

A Fórmula 1 está retornado aos Estados Unidos, agora para disputar a prova em Austin, no Texas. O circuito já é conhecido da categoria, pois recebe a F1 desde 2012, ficando fora do calendário apenas em 2020 por conta da pandemia.

O Circuito das Américas é uma das pistas mais acidentadas do calendário, onde os times lidam com vários bumps. Os solavancos são uma parte complicada de guiar neste traçado e naturalmente os times precisam andar com os carros um pouco mais altos, tentando evitar o contato direto deles com o solo e a possibilidade de gerar danos em algumas peças.

Assim como para a prova em Singapura, os times já foram alertados sobre as medidas para identificar o que são os solavancos e os saltos que acontecem por conta do efeito solo, sendo uma forma de não prejudicar as equipes e também não forçar os times a levantar os carros mais do que será preciso.

Durante o primeiro treino livre, é quando os pilotos fazem o reconhecimento da pista e tentam identificar ao máximo os pontos na pista que geram mais solavancos, isso é importante para encontrar a volta ideal no traçado e também evitar problemas maiores em seus equipamentos.

O COTA é um traçado inspirado em pistas icônicas da Europa, como as curvas 3 a 6 que foram modeladas para remeter a Maggots e a Becketts de Silverstone, ou as curvas 12 a 15 que lembram a parte do ‘estádio’ de Hockenheim, ou ainda as curvas 16-18 que remete a curva 8 do Circuito de Istambul.

Traçado do Circuito das Américas, que tem 5,515 km de extensão e tem curvas inspiradas em vários circuitos famosos. – Foto: reprodução

O primeiro setor do traçado é bem técnico e se assemelha a Suzuka, com curvas interligadas onde se o piloto cometer um erro, prejudica bastante a sua volta. Os times precisam de um carro ‘completo’, uma frente imponente que possa ajudar o piloto a direcionar o carro e uma traseira que atue como o planejado e acompanhe esse ‘balanço’ do traçado.

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Os times aproveitam esse traçado para usar asas grandes, podendo adquirir mais downforce, a ativação do DRS também é importante e necessária. Ainda é importante se lembrar das retas, pois a combinação delas com as curvas, faz os pilotos trocar a marcha do carro cerca de 72 vezes durante uma volta.

O Circuito das Américas tem um grande desnível – Foto: reprodução

A entrada para a curva 1 representa uma das dificuldades da pista, é onde o piloto enfrenta uma das maiores mudanças de elevação, com uma subida íngreme de 30m, em pouco mais de 200m de pista.

O traçado é pensado para que os pilotos possam disputar as ultrapassagens, principalmente porque as curvas podem ser feitas de formas variadas.

O Circuito das Américas conta com 20 curvas, duas zonas de ativação do DRS (a primeira localizada entre a curva 20 e 01, enquanto a outra está entre a curva 11 e 12). O pit-lane até é rápido, não faz os times perderem tanto tempo, onde eles podem investir em uma segunda parada – ainda que as equipes relutem muito em fazer um segundo pit-stop.

A Fórmula 1 sempre fez questão de ter uma prova nos Estados Unidos, entre 1950 e 1960 a categoria adicionava as 500 Milhas de Indianápolis ao seu calendário, porém, em todos esses anos já foram realizadas provas em Sebring, Reverside, Watkis Glen, Long Beach, Las Vegas, Detroit, Dallas, Phoenix, Indianápolis, atualmente a F1 visita Austin e Miami e já adicionou uma terceira prova nos EUA, com a corrida em Las Vegas.

Pneus

O COTA passou por uma reforma antes da corrida de 2021 ser disputada, onde 40% do asfalto foi recapeado. A reforma era necessária, pois tinha o intuito de diminuir a quantidade de bumps, mas eles ainda se fazem presente, quase que como uma marca registrada do traçado. Para a construção da pista optaram por um terreno bem irregular, algo que provoca as ondulações no traçado, além de uma grande diferença entre o ponto mais baixo e o mais alto do circuito.

Os times voltam muito da sua atenção para a suspensão do carro uma das partes que é bem afetada neste traçado. A prova é disputada no sentindo anti-horário aumentando o desafio, mas tornando também a prova mais desgastante para os pilotos. São completadas 56 voltas.

A Pirelli fornecerá os pneus da sua gama intermediária, pois a empresa italiana está se baseando nas outras provas que foram realizadas por lá. Mas ainda é necessário levar em consideração que os pneus de 2022 tem uma composição diferente e a categoria agora usa os pneus de 18 polegadas, algo que pode mudar as estratégias neste fim de semana.

Desta forma os pneus fornecidos são: C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha). As temperaturas influenciam diretamente na degradação dos pneus, mas também da forma como cada um dos times trabalhará com os seus conjuntos disponíveis para o fim de semana.

Pneus para o GP dos Estados Unidos – Foto: Ale Ranieri / BP

O nível de degradação dos pneus é tido como médio neste circuito, mas podemos ver um comportamento diferenciado pela alteração dos compostos. A prova é disputada no sentido anti-horário, algo que contribui para a dificuldade de guiar no circuito.

O TL1 contará com uma porção de jovens pilotos realizando testes e ajudando os seus times a cumprir o regulamento, enquanto o TL2 será dedicado a avaliação dos pneus protótipos de 2023.

O campeonato já foi decidido, Max Verstappen conquistou o seu segundo título no GP do Japão. A disputa pelo segundo lugar segue intensa, pois Sergio Pérez conta com 253 pontos, contra 252 obtidos por Charles Leclerc. George Russell é o quarto colocado com 207 pontos, contra 202 obtidos por Carlos Sainz.

Programação para o GP dos Estados Unidos – Foto: Ale Ranieri / BP
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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