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Preview GP do Azerbaijão: McLaren em duelo interno, Verstappen em recuperação e pneus mais macios em Baku

Com Piastri e Norris separados por 31 pontos, Verstappen em busca de consistência e a Pirelli trazendo pneus mais macios, Baku promete ser um dos desafios mais imprevisíveis da temporada 2025

Neste fim de semana a Fórmula 1 desembarca em Baku, para disputa do GP do Azerbaijão como 17ª etapa da temporada 2025. O campeonato está se aproximando da sua definição, com a McLaren esmagando os concorrentes nos construtores, somando 617 pontos.

O duelo entre os pilotos está um pouco mais acirrado, Oscar Piastri é o líder com 324 pontos, contra 293 de Lando Norris. A equipe de Woking deixou a Itália em evidência, não porque os seus pilotos venceram, mas pela postura que tiveram em pista quando erraram o pit-stop do piloto britânico.

Para desespero de muitos as regras Papaya entraram em vigor, os fãs ficaram frustrados, mas em nome de manter a hierarquia na McLaren, Norris recuperou a posição perdida nos boxes e cruzou a linha de chegada como segundo colocado.

A atitude de Piastri de seguir os comandos da equipe foi vista como algo que não condiz com um ‘verdadeiro campeão’ de F1, apesar do competidor ser visto como o favorito ao título. A dupla de pilotos segue para o próximo desafio cientes que podem brigar pelo título, mas com algumas observações.

Enquanto isso, Max Verstappen observa esse duelo dos rivais, deixou a Itália faturando a terceira vitória da temporada 2025, em um ano que a sua equipe ficou longe de dominar alguma coisa. O neerlandês está em busca de melhorar o rendimento da Red Bull em pista, quando desfruta de alguns lampejos de eficiência deste equipamento.

George Russell é o quaro colocado, com 194 pontos, acompanhado pela dupla de pilotos da Ferrari, enquanto Charles Leclerc tem 163 pontos, contra 117 de Lewis Hamilton. O time alemão tem o desafio de fazer Andrea Kimi Antonelli recuperar a sua confiança, enquanto na equipe italiana o desafio é fazer o equipamento ter um ritmo melhor em pista.

Veremos qual história será contada no Azerbaijão e se Piastri conseguirá repetir a vitória de 2024.

O Circuito de Baku

O Circuito de rua do Azerbaijão faz parte do calendário da Fórmula 1 desde 2016, quando a primeira prova no aconteceu com o título de GP da Europa.

Antes de falar sobre esse traçado, essa corrida era disputada entre os meses de abril e junho, mas em 2024, por conta de ajustes no calendário da categoria, a prova foi direcionada para fazer parte da segunda metade do campeonato, para facilitar a logística da categoria.

Em 2023, ele foi palco de um evento Sprint, mas foi a primeira e única vez que o evento foi utilizado por lá.

Esse é um traçado com 6.003 km, sendo o quarto mais longo do calendário de 2025, perdendo apenas para Jeddah, Spa-Francorchamps e Las Vegas que são mais longos. O circuito é conhecido por ser uma pista desafiadora e veloz, por conta das suas retas longas, mas curvas peculiares que exigem muita atenção por parte dos pilotos.

Circuito de Rua de Baku – Foto: divulgação Fórmula 1

É muito comum ver ao longo das sessões batidas, com várias interrupções acontecendo principalmente na classificação, quando os pilotos estão em busca de extrair a melhor volta na pista. Esse ano, com tantos novatos no grid, é definitivamente um evento para ficar de olho.

Baku também exige fisicamente os competidores, são feitas cerca de 71 troca de marchas por volta, além disso, a mudança da direção do sol e como ele atinge a pista ao longo do dia, colabora para pregar peças nos pilotos e induzir eles ao erro.

Os líderes precisam tomar uma decisão muito rápida depois da largada, são 89,5 m da pole até a primeira zona de frenagem do circuito, sendo a mais curta de toda a temporada.

Baku é um verdadeiro desafio de acerto para os engenheiros. O circuito combina curvas fechadas com longas retas e zonas intensas de frenagem, exigindo escolhas estratégicas. As equipes precisam buscar um equilíbrio: reduzir o arrasto ao máximo para aproveitar a velocidade e o vácuo nas retas, mas, ao mesmo tempo, garantir que os carros mantenham boa aderência nas partes estreitas do traçado e consigam lidar com as fortes rajadas de vento.

Os pneus

Uma das principais novidades está na escolha da Pirelli: a fornecedora levará uma seleção mais macia de pneus, com os compostos C4 (duro – faixa branca), C5 (médio – faixa amarela) e C6 (macio – faixa vermelha).

Pneus escolhidos para o GP do Azerbaijão de 2025 – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

Essa decisão, já usada em pistas como Ímola, Mônaco e Montreal, não se repetirá pelo restante da temporada, mas promete ampliar as possibilidades estratégicas neste fim de semana. A expectativa é de que a corrida seja mais dinâmica, embora em 2024 Oscar Piastri tenha vencido com apenas uma parada, estratégia seguida também por Charles Leclerc e George Russell.

O traçado urbano de Baku impõe desafios extras, como a mudanças de temperatura e incidência de luz alteram o comportamento da borracha, enquanto as longas retas resfriam os pneus e as curvas estreitas exigem máxima aderência. A evolução da pista ao longo do fim de semana será favorecida pela presença da Fórmula 2, mas o asfalto volta a ser usado pela cidade entre as sessões.

Com velocidades altíssimas na reta principal e a possibilidade sempre presente do Safety Car — ou até da bandeira vermelha em caso de incidentes —, as equipes precisam encontrar o equilíbrio perfeito entre desempenho, confiabilidade e gestão de pneus para encarar um dos circuitos mais imprevisíveis do calendário.

Programação – Horários do GP do Azerbaijão – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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