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Preview GP da Hungria – Características da pista e mais sobre a 11ª rodada

O GP da Hungria será a décima primeira etapa, depois desta rodada a Fórmula 1 entra de férias, realizando uma breve pausa até a retomada da temporada que será realizada com o GP da Bélgica no dia 29 de agosto.

Entre os líderes o campeonato está bem acirrado, depois do GP da Inglaterra e o abandono de Max Verstappen, Lewis Hamilton conseguiu descontar muitos pontos. A expectativa para o GP da Hungria está alta, principalmente para ver o que estes pilotos vão fazer. Quem deixará a Hungria como líder do campeonato?  Max Verstappen tem agora apenas 8 pontos de vantagem para Lewis Hamilton.

Mas é necessário lembrar que a Hungria é um campo muito forte para o inglês que já conquistou 8 vitórias por lá. A Mercedes apresentou atualizações em Silverstone e conseguiram apresentar um bom trabalho por lá. O time espera que a boa performance se repita na Hungria.

Além disso, a Mercedes e a Red Bull estão se enfrentando pelo Campeonato de Construtores, onde 4 pontos separam a equipe austríaca, do time alemão. Mas como um todo, o campeonato está bem disputado, com equipes precisando manter o seu foco.

Pista

O circuito não é favorável para ultrapassagens – Foto: reprodução Mercedes 2020

Ter uma boa classificação na Hungria, acaba dando um pouco de vantagem, já que é um circuito de difícil ultrapassagem por ser muito travado. As equipes precisam trabalhar bem as suas estratégias, escolhendo o melhor momento de parar e quais pneus vão utilizar.

A pista conta com 4.381 km, onde os pilotos vão completar 70 voltas. As duas zonas de ativação do DRS estão no início da pista, a zona de detecção está na curva 14, a primeira ativação ocorre na reta dos boxes, depois os pilotos vão acionar mais uma vez entre as curvas 01 e 02. Uma particularidade do Hungaroring é que existe apenas uma zona de detecção do DRS.

A melhor chance de ultrapassagem está na curva 01 e curva 02, depois que os pilotos enfrentarem uma reta de 800m. O circuito conta com curvas de baixa e média velocidade. As configurações aerodinâmicas são bem diferentes do que os times acabam utilizando em Silverstone.

Pneus

A Pirelli aposta na sua zona de conforto, mas também sabe que a gama intermediaria de pneus é a melhor para o circuito da Hungria. Desta forma a configuração adotada é: C2 (duro – faixa branca), C3) (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha), já foi usada na temporada 2019 e 2020.

A gama permite as equipes trabalharem com estratégias diferentes, então todos os pneus podem ser usados na corrida. É um circuito onde algumas equipes realizam apenas uma parada, enquanto outras acabam optando por duas, para ter um desempenho melhor no final da prova.

As temperaturas altas acabam marcando a realização da prova neste circuito, desta forma os times precisam tomar cuidado com o superaquecimento dos pneus. As freadas são um ponto crítico, podendo comprometer a performance dos pneus.

A escolha dos pneus para o GP da Hungria – Foto: BP

W Series

Neste fim de semana a W Series vai disputar a 4ª etapa da temporada 2021. Alice Powell conquistou a última pole e vitória na Inglaterra, a pilota está se mostrando uma forte candidata para obter o título da temporada.

Na última prova as pilotas mostraram muito cuidado nas suas disputas, a corrida foi igualmente desafiadora.

Agenda do GP da Hungria W Series – Foto: BP

História do GP da Hungria

A Hungria já realizava algumas competições de automóveis desde 1901 que sofreram intervenção do KMAC (Királyi Magyar Automobil Club) junto aos automóveis clube da Alemanha e da Áustria, colocando o país nas rotas das competições. Desde o início da década de 1930, planos começaram a ser elaborados para realizar uma competição em grande escala e em 1936 no circuito Népliget pelas ruas de Budapeste foi disputado o 1° Grande Prêmio da Hungria, porém o país só teria uma competição oficial em 1986, quando entrou para o calendário da Formula 1 e contando com uma vitória de Nelson Piquet.

Foram dois anos e meio até o contrato que colocaria a Hungria como mais um circuito para a Fórmula 1, mas o contrato só veio a ser firmado em setembro de 1985, onde nos próximos cinco anos a corrida seria realizada em solo húngaro. O autódromo levou oito meses para ser construindo em Budapeste.

O Brasil tem um bom histórico de vitórias no país, no ano de estreia e no seguinte Nelson Piquet venceu a corrida. Em 1988, 1991 e 1992 foi a vez de Ayrton Senna e Rubens Barrichello pela Ferrari em 2002.

A primeira extensão da pista, tinha pouco mais de 4 KM de 1986 à 1988. A partir de 1989, o circuito sofreu uma alteração, com a suspensão de uma combinação de curvas e desta forma passou a ter 3,975KM até 2002. Em 2003 a reta de largada passou a ter 986,29 metros e o circuito como um todo passou a ter 4,381KM.

Agenda GP da Hungria – Foto: BP
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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