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GP da França – Estratégias e utilização dos pneus em Paul Ricard

O GP da França foi mais uma corrida em que a estratégia teve um papel fundamental para toda a corrida, algo que neste ano sempre aparece como um destaque, principalmente por conta da atuação dos pneus. 

A vitória de Max Verstappen da Red Bull foi pautada em duas paradas. Neste ponto é importante dizer que antes do início da corrida, choveu no autódromo de Paul Ricard e a pista foi lavada, retirando o emborrachamento que foi construído ao longo das sessões de treinos livres e classificação.

As equipes provavelmente não contavam com a degradação acentuada, foi algo que levou a Ferrari fazer duas paradas com Charles Leclerc. A Red Bull também trabalhou com duas paradas para Max Verstappen o holandês foi chamado na volta 18, pouco depois de Valtteri Bottas concluir a sua troca de pneus. Hamilton só é chamado na volta 19, os dois pilotos da Mercedes perderam tempo enquanto percorriam o pit-lane, desta forma Max Verstappen consegue recuperar a liderança da corrida.

No entanto, a prova não estava garantida para Max, tanto o piloto da Red Bull, quanto o inglês da Mercedes estavam gastando os seus pneus. Lewis tentava ultrapassar o rival, enquanto o holandês precisava se defender dos ataques.

O carro da Red Bull se mostrou superior nas retas, mas os dois competidores tinham tudo para ficar sem pneus. Na volta 32, Max realiza a sua segunda parada, como a Mercedes optou por uma única parada, viu o holandês andar rápido na pista, superar Valtteri Bottas e caçar Lewis Hamilton nas últimas voltas da corrida, realizando a ultrapassagem no penúltimo giro e reassumindo a liderança.

Sergio Pérez teve um papel importante nesta disputa, para ele a Red Bull trabalhou com a estratégia de apenas uma parada, mas como o mexicano consegue conservar pneus, permaneceu mais tempo na pista. Ele até liderou uma parte da prova e contou com os compostos duros mais novos que os dos seus rivais, para ganhar a posição de Valtteri Bottas e terminar a prova na terceira posição.

Outros que estão chamando a atenção

Para algumas equipe e pilotos no grid, não começar a corrida entre os dez primeiros é a oportunidade de traçar estratégias diferentes e até ganhar algumas posições. É o caso de Sebastian Vettel (que ficou no Q2) e Lance Stroll (que não completou o Q1, por conta de uma batida). Os dois pilotos da Aston Martin começaram a corrida com os pneus duros, foram avançando no grid e só realizaram as suas paradas depois. Desta forma conseguiram terminar no top-10.

Usar estratégias diferentes e ter ritmo, é algo que pode contribuir para o crescimento de alguns na pista. A estratégia semelhante à da Aston Martin para Esteban Ocon e Antonio Giovinazzi não surtiu o mesmo efeito.

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Os dez pilotos que tiveram a chance de disputar o Q3, começaram a prova com os pneus médios, para alongar a sua parada. Mas não contavam com o desgaste alto dos compostos. As paradas começaram cedo, mesmo para aqueles que estavam trabalhando com apenas uma parada. Os carros começaram a apresentar vibrações e vários pilotos reclamaram do desempenho destes compostos.

A temperatura também é um fator que precisa ser levado em consideração, durante a sexta-feira o sábado, as temperaturas estavam altas no circuito, mas no domingo, quando a prova foi disputada, as temperaturas tinham caído cerca de 15 graus, com relação aos dias anteriores.

Os pneus da rodada

As estratégias do GP da França – Foto: reprodução Pirelli

Duro (C2 – faixa branca): pneu que foi fundamental para os pilotos que optaram por realizar apenas uma parada. Ele foi mais escolhido para o trecho final da corrida, após os pilotos abandonarem a utilização dos pneus médios.

Apenas Sebastian Vettel, Lance Stroll, Esteban Ocon, Antonio Giovinazzi, Charles Leclerc e Nikita Mazepin largaram com os pneus duros. Algo que poderia ser visto como arriscado, já que eles teriam baixa aderência, principalmente na largada.

Médio (C3 – faixa amarela): foi o pneu fundamental para a vitória de Max Verstappen, o piloto largou com eles e realizou a parte final da prova com os pneus de faixa amarela. Ajudaram o piloto a escalar Sergio Pérez e Valtteri Bottas, alcançando Lewis Hamilton para vencer a corrida.

Pérez e Lando Norris são um destaque com a utilização deste pneu, pois os dois alongaram as suas paradas com eles, antes de trabalhar com os pneus duros.

Macio (C4 – faixa vermelha): não foi usado durante a corrida, justamente por conta do seu consumo. Em 2019 a estratégia vencedora, também contou apenas com os pneus médios e duros.

GP da França, a utilização de cada pneu e as melhores voltas – Foto: reprodução Pirelli

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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