ColunistasDestaquesFórmula 1Post

Preview do GP do Canadá 2019 – O GP fora da Europa na fase européia

O Grande Prêmio do Canadá entrou para o calendário da Fórmula 1 em 1967 e desde então a corrida já aconteceu em três autódromos diferentes, passando por Mosport Park na província de Ontario, no circuito de Mont-Tremblant em Quebec. Em 1978 foi transferido para Montreal, os motivos estavam ligados diretamente à segurança dos pilotos.

Nos primeiros anos de vida das competições de automobilismo no país, o autódromo de Mosport Park acabou servindo como teste para a Fórmula 1. O Canadian-American Challenge Cup foi inserido para servir de incentivo para que os pilotos da categoria fossem até o local testar os inúmeros desafios do traçado.

 

lll Mosport Park e Mont-Tremblant

Na época em que a Fórmula 1 colocou o Canadá no calendário, as provas começaram a se alternar entre os dois circuitos, já que os layouts eram espetaculares. Além disso o traçado de Mont-Tremblant tinha algumas elevações e aumentava o desafio. A primeira vitória foi de Jack Brabham no Mosport Park, em agosto, entre os Grandes Prêmios da Alemanha e Itália, o pódio daquele primeiro evento ainda contou com Danny Hulme, companheiro de Brabham 1-2.

A alteração no autódromo aconteceu depois dos acidentes de 1977, a falta de segurança era muito grande e o asfalto áspero ligado a uma pista rápida deixou de ser o ”ideal” para a Fórmula 1 e já em 1978 tinha uma nova casa.

lll Montreal

O primeiro piloto a vencer no circuito de Montreal foi o canadense Gilles Villeneuve em 1978. Depois da morte trágica do piloto no circuito da Bélgica o autódromo acabou recebendo o seu nome, como formar de prestar uma homenagem.

A corrida no Canadá teve um aumento de público quando as provas nos Estados Unidos e México deixaram de ser realizadas. Em 2005 foi o terceiro evento mais assistido no mundo, ficando apenas atrás do Super Bowl e da final da UEFA Champions League.

 

O layout da pista também sofreu algumas alterações, em 1979 ela foi modificada para se tornar mais rápida. Em 1996 a curva do Cassino foi removida, tornando a parte inferior do circuito mais reta e aumentar a aceleração. E para o evento de 2017 a direção de prova pediu para que a barreira de pneus fosse substituída por um muro de contenção de polietileno, preenchidas por plásticos, espumas e areia para oferecer uma dispersão de energia significativa, caso ocorresse alguma colisão. 

Aliás, o muro localizado na reta que dá entrada para área dos boxes, recebeu esse nome depois de fazer vítimas como Damon Hill, Michael Schumacher e Jacques Villeneuve em 1999 depois de um acidente. Mas pilotos como Jenson Button, Sebastian Vettel, Nico Rosberg e pilotos campeões de outras categorias como Ricardo Zonta (FIA GT) e Carlos Sainz Jr (Fórmula Renault) também tiveram um encontro com o muro.

lll Pneus

Assim como Mônaco o Canadá não faz parte de uma corrida convencional da Fórmula 1, com o asfalto liso é possível usar repetir a goma dos compostos utilizados no traçado de rua monegasco, portanto vamos ver em ação novamente o pneu C3 (pneu macio – faixa branca), C4 (pneu médio – faixa amarela) e C5 (pneu duro – faixa vermelha).

 

É umas das características do circuito iniciar o final de semana com o asfalto ”verde”, onde a aderência vai crescendo com a utilização da pista. O traçado é relacionado a frenagem, então manter o calor nos pneus dianteiros se torna o desafio. A chuva e as baixas temperaturas são o desafio a mais que as vezes acabada dando as caras em algum momento do final de semana.

A ocorrência do carro de segurança é razoavelmente comum, assim como o clima instável da região onde o autódromo é situado.

 

Devemos ficar atentos ao número de ultrapassagens, além dos desafios que as equipes vão ter lidar, ligados a conservação dos compostos, em um pista rápida onde os pneus são altamente consumidos por conta das retas longas e frenagens intensas. Geralmente é escolhido a corrida voltada para apenas uma parada, mas elas acabam se variando ao longo do grid.

lll Corrida 2018

Sebastian Vettel cravou a pole do sábado, para vencer no dia seguinte de ponta a ponta, mas também foi um marco da temporada, onde nesta prova o alemão retornava a liderança do campeonato. Foi uma prova para ele que não chegou a ser ameaçado por Valtteri Bottas, terminando a 7s a frente do finlandês.

A disputa entre Lewis Hamilton e Vettel seguia equilibrada e na conclusão de um terço do Mundial era excelente.

Diferente desta temporada, a Mercedes no ano passado não era tão estável e apresentava dificuldades em alguns circuitos, problemas estes por conta dos compostos fornecidos pela Pirelli, como em Montreal, o inglês mesmo finalizou a prova na quinta posição.

Max Verstappen fechou na terceira posição, após disputar roda com roda com o finlandês da Mercedes que não estava disposto a entregar o segundo lugar facilmente. Daniel Ricciardo ficou com o quarto lugar, após realizar a ultrapassagem em Hamilton nos boxes, o inglês até se aproximou em alguns instantes, rodando a menos de um segundo, mas não chegou a investir na ultrapassagem.

Retornando a primeira volta, foi o momento que o Safety Car acabou partindo para a pista por conta da batida entre Lance Stroll e Brendon Hartley. O canadense fechou a porta para o neozelandês, já que havia perdido a traseira da sua Williams. Stroll dizia que aconteceu após um toque com uma McLaren (Vandoorne), mas nas imagens, parecia muito pouco para desestabilizar o carro. O fato é que o canadense pode ter ficado com o pneu furado o que levaria a traseira do seu carro ficar completamente solta e logo depois o belga necessitou entrar nos boxes e realizar a troca do bico do seu carro.

Sem maiores surpresas a prova seguiu, os pit-stops foram os mais aguardados, Grosjean foi o que mais permaneceu na pista com os ultramacios. Alonso abandonou a prova quando o seu carro apresentou perda de potência na volta 43, bem na corrida que ele completava o seu 300° Grande Prêmio.

O GP do Canadá acabou mais cedo na temporada anterior, na volta 68 a modelo Winnie Harlow deu a bandeirada.

 

BPCast § 38 | Preview do GP do Canadá de 2019

[powerpress_subscribe]

Mostrar mais

Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo

Descubra mais sobre Boletim do Paddock

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading