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Preview do GP da Hungria – Penúltima rodada antes das férias da Fórmula 1

No penúltimo embate antes das férias da Fórmula 1, a categoria segue para um campo bem conhecido pelos competidores

A Fórmula 1 retorna neste fim de semana para a disputa do GP da Hungria, um passo antes da categoria entrar de férias, já que na próxima semana correrá na Bélgica

A prova corresponde ao início da segunda metade do campeonato. Um momento que o público está concentrado no duelo entre Max Verstappen e Lando Norris. A rodada tripla intensificou o embate entre os competidores e embora Verstappen conte com uma boa vantagem, a graça está na possibilidade de o holandês não dominar o restante do campeonato, com outros vencedores podendo surgir ao longo das próximas corridas.

Porém, a corrida deste fim de semana acontece no circuito que Lewis Hamilton venceu oito vezes e conquistou nove poles. O heptacampeão mundial de F1 acaba de vencer em casa e deve batalhar por um bom resultado da Hungria.

Em um circuito travado que possibilita poucas oportunidades, é possível que por já conhecer os caminhos que levam a classificação, Hamilton tente perseguir mais um grande resultado neste traçado.

O GP da Hungria e a pista!

As provas na Hungria geralmente são marcadas pelas altas temperaturas com uma média de 36°C subindo para um pouco mais de 50°C, mas a chuva também é um ponto de atenção para o fim de semana.

Nesta quarta-feira (17) caiu uma chuva bem pesada no circuito, inundando a área do pit-lane. Novas pancadas de chuva são esperadas para o restante da semana, contribuindo para aumentar a dificuldade nas sessões.

Correr na Hungria não é uma tarefa muito fácil, os carros são expostos a um traçado sinuoso e acidentado. Com poucas retas, o circuito é muito desafiador e desgastante para os freios. Ter uma boa classificação na Hungria já é um caminho importante para conquistar um bom resultado.

O Hungaroring tem uma das velocidades máximas mais baixas da temporada, em torno de 310 km/h. O traçado conta com 14 curvas (seis para a esquerda e oito para a direita), seis à esquerda e oito à direita. A baixa velocidade representa também uma limitação para o fluxo de ar, o que torna ainda mais complicado fazer o resfriamento dos freios.

Circuito Hungaroring – Foto: reprodução Fórmula 1

A pista conta com 4.381 km, onde os pilotos vão completar 70 voltas. As duas zonas de ativação do DRS estão no início da pista, a zona de detecção está na curva 14, a primeira ativação ocorre na reta dos boxes, depois os pilotos vão acionar mais uma vez entre as curvas 01 e 02. Uma particularidade do Hungaroring é que existe apenas uma zona de detecção do DRS. O circuito é tratado quase como uma pista de kart.

A prova pode ser movimentada com a ação do Safety Car, mas esse não é um circuito que fornece muitas chances de ultrapassagem, desta forma, fazer uma boa classificação faz uma grande diferença. Além disso, os times precisam estar atentos as estratégias e o momento de partir para o pit-lane.

Os times costumam apostar em uma configuração com alta carga aerodinâmica, para contar com o melhor desempenho. Cerca de 60% da volta no Hungaroring é feita em aceleração plena, mas é uma das médias mais baixas quando comparadas com outras pistas da temporada.

Antes das férias de verão os times tentam deixar uma boa impressão, levando novos pacotes de atualização e buscando bons resultados.

Pneus

Por conta das características da pista, os pneus traseiros são os que mais sofrem com o estresse. Desde o ano passado a Pirelli mudou a gama de pneus que será usada na prova, substituindo a gama intermediária pela combinação formada pelos pneus macios.

Os pilotos vão trabalhar com os pneus C3 (faixa branca – duro), C4 (faixa amarela – médio) e C5 (faixa vermelha – macio). A combinação que era usada desde 2019. O traçado é pouco abrasivo, mas cobra bastante dos pneus, tanto por ser uma pista sinuosa, como pela qualidade das curvas.

Pneus do GP da Hungria – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

As altas temperaturas são uma preocupação para os competidores, que precisam realizar um bom trabalho no gerenciamento das temperaturas dos compostos.

O primeiro treino livre costuma ser o mais crítico, pois é neste momento que o pneu apresenta bolhas e uma degradação acentuada, já que a pista precisa ser emborrachada e seu desempenho melhora apenas conforme as categorias vão realizando a sua passagem pelo traçado. No entanto, é uma preocupação geral ao longo do fim de semana se a chuva aparecer, lavando todo o trabalho realizado pelos competidores.

As altas temperaturas ajudam a formar bolhas nos compostos e rapidamente eles perdem performance. Como a reta é extremamente curta, os competidores não têm um espaço adequado para fazer o resfriamento dos compostos. Os pilotos que têm mais destreza com os pneus, acabam se dando melhor nesta pista.

A estratégia com está gama de pneus é baseada em duas paradas, em uma combinação de uso dos pneus médios e duros.

História do GP da Hungria

A Hungria já realizava algumas competições de automóveis desde 1901 que sofreram intervenção do KMAC (Királyi Magyar Automobil Club) junto aos automóveis clube da Alemanha e da Áustria, colocando o país nas rotas das competições. Desde o início da década de 1930, planos começaram a ser elaborados para realizar uma competição em grande escala e em 1936 no circuito Népliget pelas ruas de Budapeste foi disputado o 1° Grande Prêmio da Hungria, porém o país só teria uma competição oficial em 1986, quando entrou para o calendário da Fórmula 1 e contando com uma vitória de Nelson Piquet.

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Foram dois anos e meio até o contrato que colocaria a Hungria como mais um circuito para a Fórmula 1, mas o contrato só veio a ser firmado em setembro de 1985, onde nos próximos cinco anos a corrida seria realizada em solo húngaro. O autódromo levou oito meses para ser construindo em Budapeste.

O Brasil tem um bom histórico de vitórias no país, no ano de estreia e no seguinte Nelson Piquet venceu a corrida. Em 1988, 1991 e 1992 foi a vez de Ayrton Senna e Rubens Barrichello pela Ferrari em 2002.

A primeira extensão da pista, tinha pouco mais de 4 KM de 1986 a 1988. A partir de 1989, o circuito sofreu uma alteração, com a suspensão de uma combinação de curvas e desta forma passou a ter 3,975KM até 2002. Em 2003 a reta de largada passou a ter 986,29 metros e o circuito passou a ter 4,381KM.

Programação – Horários do GP da Hungria – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock
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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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