A Fórmula 1 disputará neste fim de semana o GP da Hungria, a prova corresponde a 14ª etapa do ano, sendo o último evento antes das férias de verão.
A McLaren segue como a líder do campeonato e não teme os seus adversários. Na Bélgica, parecia que a disputa seria mais intensa, mas as duas poles do fim de semana ficaram nas mãos de Oscar Piastri e Lando Norris. A Sprint disputada no sábado foi vencida por Max Verstappen, mas no domingo, durante a corrida principal, o australiano celebrou a sexta vitória da temporada 2025.
O duelo segue intenso entre Piastri e Norris, os dois querem esse título. O australiano soma atualmente 266 pontos, contra 250 do companheiro de equipe. Norris faturou a pole da corrida principal, ganhando a chance de largar da posição de honra, mas todo o imbróglio com a chuva, inviabilizou a largada parada.
Norris ficou quatro voltas atrás do Safety Car na Bélgica, até a largada lançada ser autorizada. Piastri não mediu esforços e mesmo com a pista úmida, desafiou o companheiro de equipe. Juntos eles subiram a Eau Rouge, até o australiano fazer a manobra de ultrapassagem na reta Kemmel e não abandonar mais a ponta.
A McLaren até tentou uma estratégia diferente para Norris brigar pela ponta, mas o competidor precisou se contentar com o segundo lugar. O pódio contou com a presença de Charles Leclerc ocupando a terceira posição, agora o monegasco tem 139 pontos, conseguindo e distanciar um pouco de Lewis Hamilton, embora ainda seja o quinto colocado no campeonato.
Verstappen segue na missão de melhorar a performance da Red Bull e somar mais pontos, o neerlandês é o terceiro colocado com 185 pontos, contra 157 de George Russell com a Mercedes.
O Circuito e os pneus usados no Hungaroring
O Grande Prêmio da Hungria faz parte do calendário da Fórmula 1 desde 1986. O Hungaroring se tornou uma figura como presença constante no campeonato, inclusive durante a temporada afetada pela pandemia de Covid-19, em 2020.
O circuito húngaro é amplamente associado ao domínio de Lewis Hamilton, que detém os recordes de mais 8 vitórias, 9 poles e 12 pódios na pista. Michael Schumacher aparece como segundo maior vencedor, com 4 triunfos e 7 poles, enquanto Kimi Räikkönen figura como o segundo maior em número de pódios, com 9.
Entre as equipes, a McLaren lidera o histórico em Hungaroring com 12 vitórias. Williams e Ferrari vêm logo atrás, com sete triunfos cada. Em pole, McLaren e Mercedes estão empatadas com nove, enquanto a Ferrari soma oito. No entanto, quando se trata de pódios, a escuderia de Maranello leva vantagem: são 29 ao todo, contra 25 da McLaren e 18 da Williams.
O traçado também foi palco de primeiras vitórias de dois pilotos ainda em atividade. Fernando Alonso subiu ao degrau mais alto do pódio pela primeira vez em 2003, com a Renault, enquanto Esteban Ocon repetiu o feito em 2021, defendendo a Alpine — nome atual da equipe sediada em Enstone.
A prova na Hungria
O traçado que os competidores vão enfrentar neste fim de semana tem 4.381 KM, uma pista muito sinuosa, de poucas retas e que apresenta seus desafios. Um deles está ligado ao desgaste dos freios, que as equipes e pilotos precisam ficar atentos.
No Hungaroring as equipes se deparam com uma das velocidades mais baixas da temporada, em torno de 316 km/h. A pista conta com 14 curvas (seis para a esquerda e oito para a direita). A baixa velocidade representa uma limitação para o fluxo de ar, o que torna ainda mais complicado aquele tal resfriamento dos freios que falamos.
As duas zonas de ativação do DRS estão no início da pista, a zona de detecção está antes da curva 14, a primeira ativação ocorre na reta dos boxes, depois os pilotos vão acionar mais uma vez entre as curvas 01 e 02. Uma particularidade do Hungaroring é que existe apenas uma zona de detecção do DRS. O circuito é tratado quase como uma pista de kart.

Os times costumam apostar em uma configuração com alta carga aerodinâmica, para contar com o melhor desempenho. Cerca de 63% da volta no Hungaroring é feita em aceleração plena, mas é uma das médias mais baixas quando comparadas com outras pistas da temporada.
O circuito de Hungaroring está passando por um processo significativo de modernização. Após a reforma na área dos boxes, as mudanças mais recentes ocorreram na reta principal, no pit-lane e na arquibancada principal. A área do grid e o pit-lane receberam nova pavimentação, com 860 toneladas de uma mistura de asfalto especialmente desenvolvida, contendo betume de ponto de fusão elevado. O objetivo é reduzir ondulações e garantir maior consistência na superfície. A nova camada já foi testada em provas de GT no início de julho e passará por avaliações adicionais de aderência ao longo do fim de semana.
Em condições normais, a pista húngara apresenta grande evolução entre as sessões, especialmente na sexta-feira, quando é comum observar granulação dos pneus — um efeito que tende a diminuir com o emborrachamento do traçado. A alta degradação térmica também é um desafio recorrente, podendo impactar voltas rápidas na classificação, principalmente com pneus macios, que sofrem nas curvas finais.
A gama de compostos escolhida é a mesma de 2024: C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha). Embora o novo C6 tenha sido introduzido nesta temporada, ele foi considerado inadequado para as exigências específicas de Hungaroring, que impõe alta densidade energética aos pneus a cada volta, mesmo sem cargas absolutas elevadas.

O primeiro treino livre costuma ser o mais crítico, pois é neste momento que o pneu apresenta bolhas e uma degradação acentuada, já que a pista precisa ser emborrachada e seu desempenho melhora apenas conforme as categorias vão realizando a sua passagem pelo traçado. No entanto, é uma preocupação geral ao longo do fim de semana se a chuva aparecer, lavando todo o trabalho realizado pelos competidores.
As altas temperaturas ajudam a formar bolhas nos compostos e rapidamente eles perdem performance. Como a reta é extremamente curta, os competidores não têm um espaço adequado para fazer o resfriamento dos compostos. Os pilotos que têm mais destreza com os pneus, acabam se dando melhor nesta pista.
A estratégia com está gama de pneus é baseada em duas paradas, em uma combinação de uso dos pneus médios e duros.
A tendência de temperaturas elevadas, somada ao asfalto escuro, contribui para uma degradação térmica significativa — a corrida do ano passado, por exemplo, registrou a maior temperatura de pista da temporada, com 58,6 °C.
As previsões neste meio de semana, apontam que a chuva estará presente na disputa do GP da Hungria. Além disso, diferente das altas temperaturas, são esperadas condições nubladas.
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