Neste fim de semana o Mundial de Endurance da FIA desembarca no Japão, para disputar as 6 Horas de Fuji – atingindo a marca de 100ª corrida da categoria até agora.
A corrida deste fim de semana marca o penúltimo evento da temporada 2025, correndo na casa da Toyota, onde a marca busca superar as dificuldades deste ano e emplacar o primeiro pódio do campeonato, diante dos fãs. As dificuldades ficaram ainda mais evidentes, quando no cenário caótico do Circuito das Américas, nenhum dos carros lutou pela ponta.
Esse circuito histórico é caracterizado por uma reta de largada que tem 1.475 km, onde os carros passam dos 320 km/h, o que exige alta velocidade e estabilidade para a frenagem da primeira curva. Em contrate, o terceiro setor do traçado, técnico e apertado, exige que os equipamentos contem com mais aderência aerodinâmica e mecânica, além da tração na saída das curvas.
A pista é formada por 4.563 km de extensão, com 16 curvas (sendo 10 para a direita e 6 para a esquerda). Uma característica importante deste traçado são as mudanças de elevação e seções rápidas.
Enquanto alguns precisam mostrar resultados nesta reta final, é a Ferrari n° 51 que comanda a tabela soma 115 pontos, depois de um tímido quinto lugar no COTA, após erro de Alessandro Pier Guidi. Na segunda colocação, após atingir a marca dos 100 pontos, aparece a Ferrari n.° 83 da AF Corse, após vencer Le Mans em 2025.
Sem nenhum respiro, está o Porsche n° 6 de Kévin Estre e Laurens Vanthoor, somando 79 pontos, precisando dar uma atenção especial ao Ferrari n.° 50 e o Cadillac n.° 12, com 75 e 72 pontos respectivamente.
LMGT3
A temporada da classe LMGT3 segue mostrando porque é considerada uma das mais imprevisíveis do Mundial de Endurance. O Manthey Porsche n.º 92 chega à etapa na liderança com 95 pontos, sustentando uma vantagem de 19 pontos sobre a Vista AF Corse Ferrari n.º 21, segunda colocada na tabela. Logo atrás, o Corvette n.º 33 aparece em terceiro, apenas 10 pontos atrás da Ferrari, mantendo-se vivo na luta pela ponta.
A batalha no pelotão intermediário está ainda mais acirrada. O Lexus n.º 87 e o Aston Martin n.º 27 estão empatados na quarta posição com 57 pontos, mas sentem a pressão do Corvette n.º 81, que soma apenas um ponto a menos. Logo depois, a disputa fica ainda mais embolada: Ferrari n.º 54, McLaren n.º 59, BMW n.º 46 e McLaren n.º 95 estão separados por apenas sete pontos, todos tentando se consolidar no top 10.
Na parte final da tabela, aparecem o Ford n.º 77, o Aston Martin n.º 10, o Ford n.º 88, o BMW n.º 31, além do icônico projeto do Iron Dames Porsche n.º 85. O grid se completa com os Mercedes n.º 61 e n.º 60, que buscam encerrar o campeonato com boas atuações.
Com a diferença de forças e resultados tão curtos, qualquer detalhe pode definir o rumo da LMGT3 nesta reta final de temporada — seja uma estratégia certeira nos boxes, a constância dos pilotos ou até mesmo a imprevisibilidade das condições de corrida.
BoP das 6 Horas de Fuji
A FIA divulgou os ajustes do Balance of Performance (BoP) para as 6 Horas de Fuji, etapa que marca a reta final do Mundial de Endurance (WEC). No grupo dos Hypercar, o Alpine A424 foi o mais beneficiado, recebendo 6 kW adicionais abaixo dos 250 km/h, chegando a 512 kW (696 cv). Embora ainda fique atrás do limite máximo de 520 kW (707 cv) aplicado ao Aston Martin Valkyrie e ao Peugeot 9X8, o ganho pode ser decisivo em Fuji, circuito marcado por uma longa reta de mais de um quilômetro.
Os pesos mínimos de todos os oito concorrentes na classe permaneceram inalterados no Japão, sendo um reflexo da corrida em Austin.
Na LMGT3, a principal mudança recaiu sobre o Ford Mustang, que recebeu 15 kg extras de peso mínimo. Além disso, entra em vigor o Success Ballast, lastro aplicado de acordo com os resultados das etapas anteriores. O exemplo mais claro é o Lexus nº 87 da Akkodis ASP, vencedor em São Paulo, que agora competirá em Fuji com 1372 kg, o maior peso do grid da categoria.
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