Valtteri Bottas havia se renovado para o início desta temporada e o finlandês realmente passou a ser uma ameaça para o companheiro de equipe. As dobradinhas que a dupla conquistou no início da temporada mostravam um bom trabalho desempenhado pelos dois e era realmente isso que a Mercedes estava buscando, os dois pilotos andando juntos.
O foco da equipe alemã, sempre foi olhado muito além da conquista do campeonato com um piloto, não é atoa que eles colecionam cinco títulos de construtores desde 2014 à 2018. A Mercedes ainda quer mostrar a superioridade no campeonato, pois é exatamente isso que traz o dinheiro de investimento para a equipe no final do ano e eles já trabalham pensando na próxima temporada.
Com a aproximação das férias, várias conversas começaram a circular, principalmente com o retorno de Estaban Ocon para a Mercedes, já que ele é o pupilo de Toto Wolff. Com o início das férias, várias coisas foram discutidas e a permanência de Bottas era uma alternativa melhor para a equipe, o time já sabia como ele trabalhava e tinha ciência principalmente da relação entre ele e Hamilton, não havia a necessidade de quebrar a cabeça ou adicionar um problema que precisas-se de uma solução futura.
Por isso deixaram a ideia de trazer Ocon para compor o time de lado. Por outro lado o francês tinha medo de ser esquecido e não conseguir mais retornar para a F1 e em entrevista para o site da categoria, ele relatou exatamente isso, as lembranças curtas que as pessoas tem e como um segundo ano, fora da competição, poderia impedir o seu retorno.
A Renault gostava de Ocon e ele é francês, algo que ‘’chamava a atenção’’ da equipe; os times tem essa característica de buscar um piloto da mesma origem para somar com a sua história. As negociações se aceleraram, com Cyril Abiteboul e buscaram estabelecer um contrato mais longo (dois anos), pois a ideia não é colocar Ocon como um piloto tapa buraco, preenchendo um intervalo.
Para a Mercedes foi a oportunidade de ver um dos seus jovem pilotos de volta ao grid, na luta por buscar sucesso, provando o seu real valor, pode de fato ser uma preparação para o futuro, principalmente para quando as regras mudarem e uma ‘’nova’’ Fórmula 1, nascer.
E porque para os dois lados isso é bom? Bottas vai realizar uma temporada mais leve, tendo a ciência que Ocon não é uma ameça para o seu acento, principalmente se pensarmos em 2021. Para o francês é a oportunidade perfeita para retornar a categoria, ganhar experiência e se prender a estabilidade de dois anos.
Acredito que foi a decisão mais sábia, principalmente porque não ocorreu nenhuma troca no meio de temporada e as coisas tiveram tempo para ser pensadas e resolvidas. Agora os dois tem a oportunidade de mostrar o talento mais uma vez, sem uma sombra atrás.