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Por que a corrida em Singapura é tão difícil?

Se vocês ainda não escutaram o Preview desta prova, recomendo que o acesso a este link (BPCast § 58 | Preview do GP de Cingapura de Fórmula 1 – Os embalos de domingo à noite!) seja feito, pois o BP Cast sobre Singapura está rico em informações, mas agora deixo vocês com alguns dados sobre a corrida.

Particularmente é difícil deixar a corrida mais conta do calendário para emendar na mais longa, com menos de 15 dias de diferença. Os pilotos deixaram a Itália, após o GP de Monza, abandonando o conforto da Europa para se instalar na Ásia e agora as altas temperaturas são sentidas de forma mais brutal, com cerca de 10 graus a mais adicionados a conta, então aquelas temperaturas confortáveis na casa dos 20°C não são uma realidade. A umidade também sobe, para a casa dos 80%.

E para aqueles que acreditam que uma corrida noturna é o ideal para enfrentar as altas temperaturas, estão totalmente errado. Mesmo com o entardecer elas não se amenizam e sofrem a alteração de apenas 1 ou 2 graus. No cockpit, não é a sensação de uma simples febre, ali é mais parecido com uma sauna, pois o termômetro consegue marcar facilmente 60 graus.

A equipe que está trabalhando dentro das garagens, não tem conforto algum, para eles a sensação é de 40 graus e com isso eles são extremamente instruídos a se hidratar. O piloto precisa fazer o mesmo em seu carro, mas o liquido que ele carrega, principalmente durante a corrida é encontrado na ”quentura” equivalente a um chá recém preparado. No entanto a ingestão do líquido é necessária, pois pelas duas horas de prova eles chegam a eliminar 3kg de puro suor.

É muito comum durante as transmissões, naquelas câmeras que estão acopladas ao cockpit mostrar os pilotos com as suas viseiras abertas, está é a pratica para a tentativa de melhorar a ventilação, para tornar o caminho das 61 voltas suportável.

Agora vamos a outros dados… São 23 curvas e sim o freio é extremamente utilizado, os pilotos em media utilizam ele 15 vezes por volta, mas que em Mônaco, Baku e Abu Dhabi. Do tempo de volta estabelecido em pista, 25% é dedicada a frenagem e isso corresponde a 24 segundos de um giro completo no circuito.

Outro dado interessante está ligado a carga que o freio recebe, são 70 toneladas após 61 voltas, o peso equivale a um ônibus espacial da Nasa. Alguns pilotos chegam a trocar de marcha 62 vezes por volta e está marca aumenta quando eles encontram tráfego na pista.

Singapura não da trégua para os pilotos e neste final de semana as coisas vão ser mais intensas ainda, pois optaram por adicionar mais uma zona de uso do DRS, na curva 13, com sua capitação se dando entre a curva 12 e 13, elas estão localizadas no segundo setor. A iniciativa é para melhorar as ultrapassagens, mas com os muros de contenção extremamente próximos, acidentes em tentativas ousadas podem acontecer.

Todas as corridas tiveram a entrada de pelo menos um Safety Car, o que altera as estratégias como um todo. Está é a corrida em Singapura, embarque neste final de semana!

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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