A Fórmula 1 retorna neste fim de semana para disputa do GP da Holanda, um território desafiador, mas já conhecido por vários pilotos. Para o evento deste ano, em busca de uma corrida mais movimentada.
Por conta do nível de exigência da pista, a Pirelli fornecia a gama dura de pneus, mas para o evento de 2025 a fornecedora de compostos opou por fazer um ajuste na gama de pneus ofertada. A gama intermediária, composta pelos: C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha), estarão em ação.

Um pouco antes das férias de verão, a Pirelli divulgou toda a relação de pneus que será usada pelo restante da temporada. Com a tabela apresenta, foi possível notar um ajuste nos pneus que serão usados em várias etapas. Muitas das corridas nesta temporada não foram tão movimentadas, além disso, as equipes optaram por fazer a estratégia de apenas uma parada em diversos eventos – alguns mesmo com um ajuste na escolha dos pneus realizada.
Essa mudança para a Holanda, implica na possibilidade forçar uma segunda troca de pneus, já que a corrida do ano passado foi baseada principalmente em uma troca de pneus – combinando a utilização dos pneus médios e duros. A corrida em Zandvoort depende muito da estratégia de pneus e do momento que as equipes vão realizar as suas paradas.
O C3 no ano passado – composto macio da etapa, foi usado por poucos concorrentes, mas como ele será o médio deste ano, as equipes podem quebrar um pouco mais a cabeça ao longo do fim de semana, para poupar e preparar esse pneu para a corrida.
Outro passo importante para esse evento, foi a alteração realizada na velocidade dos boxes de 60 km/h para 80 km/h como em vários circuitos do calendário – dessa fora o tempo da parada é reduzido e com a combinação da nova seleção de pneus, a Pirelli torce para que essas condições sejam favoráveis para uma corrida mais movimentada. No entanto, nas simulações, a estratégia de apenas uma parada parece ser a escolha mais rápida para o evento.
O circuito de Zandvoort possui 4.259 km de extensão e 14 curvas em seu traçado, sendo dez para a direita e quatro para a esquerda. Entre elas, destacam-se as curvas 3 e 14, que apresentam inclinações de 19° e 18° — mais íngremes até mesmo do que as curvas tradicionais de Indianápolis. Essas características fazem com que os pneus sejam submetidos a esforços extremos, já que precisam resistir à pressão adicional gerada pelas forças laterais em velocidades elevadas.
Por ser uma pista estreita e sinuosa, as ultrapassagens se tornam um grande desafio. Isso valoriza ainda mais a classificação, que pode ser determinante para o resultado da corrida. Nos treinos livres, é comum ver pilotos enfrentando dificuldades para encontrar o limite do carro, reforçando o quanto Zandvoort exige precisão e adaptação.
A gestão dos pneus é outro fator crucial: as inclinações e forças de até 5g em pontos como as curvas 1, 7 e 11 aceleram a degradação, especialmente a térmica. O clima também tem papel decisivo, já que a região costeira da Holanda é marcada pela instabilidade — mudanças bruscas de temperatura e vento podem transformar completamente as condições da pista de um dia para o outro.
Com temperaturas variando entre 14 °C e 20 °C, o desempenho tende a favorecer especialmente os pneus macios, mas a proximidade com o mar traz imprevisibilidade: rajadas de vento alteram a estabilidade dos carros e a areia levada para o asfalto prejudica a aderência, criando um cenário em que a atenção precisa ser redobrada durante todo o fim de semana.

No GP da Holanda de 2025, a estratégia predominante foi a de apenas uma parada, com a maior parte dos pilotos largando com pneus médios (C3) e seguindo para o stint final com os duros (C2). Apenas alguns nomes optaram por caminhos diferentes: Hamilton, Tsunoda e Bottas começaram com os macios (C4), enquanto Magnussen largou dos boxes com os duros. A Mercedes foi a equipe que mais se afastou do padrão, escolhendo uma corrida de duas paradas – Hamilton utilizou dois stints de médios e Russell apenas um, ambos combinando com outros compostos.
Já Tsunoda, Bottas e Zhou fizeram uso dos três tipos de pneus disponíveis, enquanto Albon dividiu sua prova entre dois stints longos de médios, intercalados por um trecho com os duros. Entre os destaques individuais, Hulkenberg completou 57 voltas com o composto duro, Piastri percorreu 33 voltas com os médios, e Hamilton sustentou um ritmo forte durante 24 voltas com os macios. De acordo com a Pirelli, a previsão de que a parada única seria a mais rápida se confirmou, mas o bom desempenho do pneu macio surpreendeu positivamente, especialmente no caso de Hamilton, que conseguiu recuperar posições com uma estratégia alternativa.

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