O GP dos Estados Unidos receberá a Fórmula 1 neste retorno depois de uma pausa de três semanas. A prova em Austin marca o início de uma rodada tripla, assim como foi no ano passado.
O Circuito das Américas (COTA) já é bem conhecida dos pilotos, diferente das pistas em que o GP de Miami e Las Vegas são realizados, já que foram provas introduzidas nos últimos três anos.
A Pirelli mais uma vez fornecerá os pneus da gama intermediária para o evento, portanto, os pilotos vão trabalhar com os compostos: C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha). A escolha permanece a mesma das duas últimas edições em Austin.
A pista que já tinha passado por um processo de recapeamento, teve mais um trecho novo concluído, encerrando o trabalho iniciado há dois anos. As seções entre as curvas 9 e 12, 16 e 3 receberam o novo asfalto, isso inclui, portanto as duas retas mais longas, onde o DRS é habilitado.
Com o novo asfalto, é esperado que a abrasividade da pista sofra alguma alteração, quando comparado ao ano passado, já que uma nova cama de asfalto pode gerar uma superfície mais lisa, do que a antiga.
Porém, novamente as equipes terão um grande desafio, que inclui fazer a coleta de dados em apenas uma sessão de uma hora. Com o evento Sprint pela frente, as equipes contam com apenas uma sessão preparatória, já que na sequência será disputada uma classificação, para definir o grid da prova Sprint. O sábado começa com a corrida de 100 km, antes de uma nova classificação, para estabelecer o grid da corrida principal.
Também foi implementado no COTA, o uso de brita falsa para as áreas de escape em algumas curvas, como já foi realizado para circuitos como Zandvoort. O recurso é para evitar controvérsias sobre os limites de pista, punindo o piloto imediatamente se ele for além da faixa branca.
O novo asfalto também é usado para amenizar os problemas relacionados aos bumps. Os solavancos foram muito criticados ao longo das últimas provas no COTA, prejudicando os assoalhos e acarretando grandes problemas para as equipes. Fora a necessidade de andar com os carros mais altos, perdendo um pouco de eficiência aerodinâmica. No entanto, isso ocorre pela pista ser construída em um local sedimentado, mas o novo asfalto pode amortizar essas oscilações.
Essa pista tem um pouco de tudo, por conta de todas as inspirações usadas na sua composição.
Como as curvas 3 a 6 que foram modeladas para remeter a Maggotts-Becketts de Silverstone, ou as curvas 12 a 15 que lembram a parte do ‘estádio’ de Hockenheim, ou ainda as curvas 16-18 que remete a curva 8 do Circuito de Istambul.
O primeiro setor do traçado é bem técnico e se assemelha a Suzuka, com curvas interligadas onde se o piloto cometer um erro, prejudica bastante a sua volta. Os times precisam de um carro ‘completo’, uma frente imponente que possa ajudar o piloto a direcionar o carro e uma traseira que atue como o planejado e acompanhe esse ‘balanço’ do traçado.
Em termos de exigência dos pneus, o COTA acaba distribuindo de forma uniforme entre os eixos dianteiros e traseiros, além das forças laterais serem mais cobradas do que as verticais. Normalmente, a degradação é térmica e, sendo associada as temperaturas no ambiente.
Sobre as estratégias, é um pouco complicado cravar qualquer coisa, pois vai depender muito do consumo dos pneus com o novo asfalto. No ano passado os pilotos deram preferência por usar os pneus médios na Sprint, com medo de ficar sem pneus macios para completar a prova.
A corrida pode ser realizada com duas paradas, sendo uma boa alternativa no Circuito das Américas. O pneu C3 foi o mais utilizado, combinado ao C2, formando para muitos pilotos a estratégia médio-médio-duro.
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