Neste fim de semana a Fórmula 1 corre na Hungria, dando início a segunda metade da temporada. Antes das férias a categoria realizará uma rodada dupla, passando também pela Bélgica.
Para a prova a Pirelli optou por mais uma vez fornecer a gama macia de pneus, formada pelos compostos C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha). No ano passado a Pirelli já apostou nessa configuração, pois antes a gama intermediária era designada para este traçado. O asfalto não é tão abrasivo como em outros circuitos.
O traçado da Hungria é bem sinuoso, contando com 14 curvas e apenas a reta dos boxes. A pista tem extensão de 4.381 km, tornando uma das pistas mais curtas do calendário, um contrate direto com a próxima prova do calendário.
Os pilotos não têm uma folga muito grande ao longo das 70 voltas disputadas, por conta das curvas que são encontradas uma após a outra. No entanto, a pista conta com a abertura do DRS em dois pontos do traçado, mas com apenas uma zona de detecção.
Nesta etapa as equipes abusam dos altos níveis de downforce, quase no mesmo nível que Mônaco.
Em termos das forças exercidas nos pneus, o Hungaroring é exigente para os compostos. A tração é um dos fatores mais importantes, especialmente do eixo traseiro. O asfalto não é tão abrasivo, mas os pneus podem ser bem consumidos por conta das altas temperaturas, o superaquecimento dos pneus pode ser observado se o competidor não fizer um bom gerenciamento. A curta reta não ajuda muito os pilotos a realizar o resfriamento dos compostos.
O circuito que a F1 correrá neste fim de semana não é tão usado, mesmo sendo permanente. Desta forma é possível observar uma evolução no traçado conforme as categorias fazem o depósito da borracha e limpeza da pista. Os níveis de aderência sobem gradativamente ao longo das sessões. Os pneus costumam ter mais granulação nas primeiras atividades.
Lewis Hamilton conquistou a pole em 2023, mas foi Max Verstappen que venceu a prova, optando por uma estratégia de duas paradas, combinando os pneus médios e duros. Na realidade essa foi a escolha mais popular do grid. Apenas três pilotos experimentaram os pneus macios na largada.
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Novamente a Pirelli espera que os pneus médios e duros sejam os mais usados na corrida de 2024, com os pneus macios atuando apenas na classificação.
A possibilidade de duas paradas pode movimentar a corrida, já que é um circuito que não oferece muitas chances de ultrapassagem.
No ano passado as equipes lideram com a ATA (Alocação Alternativa de Pneus), com cada um dos competidores recebendo uma quantidade reduzida de pneus, foram eliminados dois conjuntos de cada um dos pilotos, mas gerou várias reclamações e prejudicou o tempo de pista. Além de determinar quais pneus deveriam ser usados na classificação em cada uma das suas fases. A Pirelli avaliou o formato em duas ocasiões, mas a mudança não foi para frente. Neste ano eles vão receber 13 conjuntos de pneus, como acontece nos eventos regulares da categoria.