O GP da Itália será disputado neste fim de semana em Monza, um circuito tradicional e conhecido pelos pilotos desde as categorias de base.
Para o evento deste ano, a Pirelli optou por manter o mesmo fornecimento de pneus do último ano – quando a pista tinha acabado de ser recapeada, desta forma os competidores ainda vão trabalhar com os pneus C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha).

Doze meses após o último evento, o asfalto já passou pelo processo de maturação, mas ainda é pouco tempo para surtir efeito na competição e as estratégias que serão escolhidas pelas equipes.
Na corrida, os pneus médios e duros devem ter um protagonismo maior. A Pirelli acredita que o nível de granulação dos compostos será menor do que aquela observada no ano passado.
O tempo perdido no pit-lane para a realização de uma troca de pneus é uma das maiores da temporada, dessa forma, as equipes naturalmente apostam na realização de stints mais longos, exigindo que os seus pilotos façam um melhor gerenciamento dos compostos, para evitar trocas adicionais.
Monza também é um desses circuitos que os pilotos dependem de uma boa classificação para o desenvolvimento da prova. As ultrapassagens são mais difíceis, pois a utilização do DRS não é tão efetiva.
Para esse evento, os carros correm com a configuração mínima de downforce. Todos esses fatores combinados, fazem com que as equipes vão para este evento tentando recorrer a uma parada única. Porém, algo pode atrapalhar essa aposta, já que as temperaturas mais altas tem o efeito oposto e cobram mais dos pneus e aceleram a sua degradação.
Estratégias de pneus marcam corrida com vitória de Leclerc
No GP, 14 pilotos optaram pelos pneus médios na largada, enquanto os demais escolheram iniciar com os compostos duros em uma abordagem mais conservadora. Entre eles, Lance Stroll chamou atenção ao realizar três paradas nos boxes, enquanto os outros 18 competidores dividiram-se quase igualmente entre uma e duas paradas.
Os três pilotos que subiram ao pódio – Charles Leclerc, Oscar Piastri e Lando Norris – largaram com o composto C4. Leclerc, vencedor da prova, fez apenas uma troca: colocou os pneus duros (C3) na volta 15 e seguiu até a bandeirada. Já a dupla da McLaren precisou realizar uma segunda parada, novamente para pneus duros.

Stroll, por sua vez, deveria seguir um plano de duas paradas, mas arriscou ao encerrar sua corrida com os macios, buscando garantir o ponto extra da volta mais rápida.
Um dos pontos decisivos para as escolhas estratégicas foi a granulação dos pneus, bastante evidente nos primeiros stints. A situação, no entanto, melhorou na parte final, permitindo que os pilotos que optaram por apenas uma parada conseguissem estender seus compostos sem grande perda de desempenho.
O Autódromo de Monza carrega recordes históricos que justificam seu apelido de Templo da Velocidade. Em 2003, Michael Schumacher, com a Ferrari, estabeleceu a maior velocidade média de corrida já registrada: 247,586 km/h. Anos depois, em 2020, Lewis Hamilton quebrou o recorde em volta de classificação, atingindo uma média impressionante de 264,362 km/h com a Mercedes. No ano passado, a pole-position ficou com Lando Norris, que marcou 263 km/h de média.
Com 5,793 km de extensão e 11 curvas, Monza exige que os pilotos passem cerca de 80% da volta em aceleração máxima. Para isso, os carros utilizam o pacote aerodinâmico mais enxuto da temporada, priorizando a redução de arrasto. Esse cenário coloca em evidência a estabilidade nas frenagens e a tração na saída das curvas, fundamentais nas chicanes da Prima Variante e da Variante Ascari. Já nas curvas de alta, como a Biassono e a icônica Parabolica – hoje rebatizada em homenagem a Michele Alboreto –, entram em ação as intensas forças laterais.
Após o recapeamento completa realizada em 2024, o circuito italiano concentrou-se neste ano em melhorias para o público. Foram adicionados 4 mil assentos em áreas de visualização geral, sem arquibancadas fixas, além da ampliação da área de hospitalidade acima dos boxes. Com isso, o centro de mídia foi transferido para uma estrutura temporária de dois andares, ao lado das antigas garagens, agora com capacidade para 400 profissionais.

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