Neste fim de semana a Fórmula 1 desembarca em Austin, para disputar o GP dos Estados Unidos no Circuito das Américas. Entre os três circuitos que recebem a categoria no país, este é o traçado mais interessante e que se consolidou no calendário.
Para o evento deste ano, a Pirelli realizou um ajuste na gama ofertada para os competidores, quebrando a sequência que normalmente é seguida: o C1 (faixa branca) será o pneu duro do evento, mas o C2 não estará disponível, desta forma os competidores precisaram contar com o C3 (faixa amarela), composto que atuará como o médio. Para finalizar o macio será o C4 (faixa vermelha).
No ano passado a escolha contava com o C2, formando uma sequência normal, sem esse gap.

No GP da Bélgica deste ano, a Pirelli apostou em uma escolha semelhante, mas não foi possível sentir o efeito dela nas estratégias por conta do mau tempo. Em Spa os competidores realizaram a largada com os pneus intermediários e depois foram direto para os pneus médios.
Anteriormente essa era uma prática da Pirelli, para criar um gap maior entre os pneus e forçar uma segunda parada das equipes. No entanto, com a mudança, os pneus, essa tática foi deixada de lado, mas com as provas pouco movimentadas deste ano, optaram por fazer esse leve ajuste em alguns eventos.
A diferença de desempenho entre os pneus duros e os médios dessa corrida, abrem a possibilidade de dois cenários diferentes. Se os pilotos optarem pelo pneu C1 – sendo o mais lento do evento, mas o mais consistente em termos de desempenho – eles podem realizar uma corrida de apenas uma parada, trabalhando com o C3 na largada.
No cenário que o C3 e o C4 serão combinados para cumprir a regra de utilização de dois compostos diferentes, os pilotos e suas equipes podem apostar em uma segunda troca de pneus, para ter mais eficiência e ritmo de corrida. É claro que em 2025 os times estão ainda mais resistentes para uma segunda troca de pneus, mas a possibilidade não pode ser descartada.
Em Austin eles ainda terão o evento Sprint, isso significa não ter muito tempo para avaliar os pneus em treinos livres, já que existe apenas uma sessão de 60 minutos na sexta-feira. No entanto, a corrida Sprint vai mostrar por quantas voltas a eficiência dos pneus macios ou médios pode oferecer de autonomia para a corrida principal, no domingo.
Em 2024, a maioria dos pilotos — 15 no total, incluindo os três que completaram o pódio — iniciou o GP dos Estados Unidos com o pneu médio (C3), enquanto os outros cinco apostaram no composto duro (C2). O macio (C4) praticamente não entrou em cena durante a corrida, sendo utilizado apenas por Esteban Ocon, da Alpine, na volta final, em uma tentativa estratégica de conquistar um ponto extra contra a Williams com a volta mais rápida.
A estratégia de uma parada foi a mais adotada, com poucos optando por duas, exceção feita a Alexander Albon, que precisou antecipar seu pit-stop após apenas três voltas. Embora o pneu médio tenha mostrado desgaste acentuado nos primeiros giros, com os carros mais pesados, na corrida principal os pilotos conseguiram alongar o stint com boa gestão dos pneus e a ajuda de um Safety Car, mesmo com o peso dos tanques cheios. Além disso, a menor granulação em comparação ao dia anterior consolidou a eficácia da estratégia de uma única parada.
O Circuito de Austin
O Circuito das Américas é disputado em 56 voltas, em uma prova disputada no sentido anti-horário. A pista de 5.513 km de extensão possui 20 curvas – com trechos inspirados em circuitos famosos, como a sequência da Maggots-Becketts de Silverstone, Suzuka, Hockenheim e até mesmo no famoso traçado do Istambul Park.
A característica mais marcante deste circuito é a mudança de elevação, com uma subida íngreme de 31m, em pouco mais de 200m de pista. As curvas deste circuito exigem uma configuração versátil, onde os carros possam contar com uma boa velocidade, mas conseguir uma boa estabilidade em seções mais técnicas.
O nível de exigência para os pneus, demanda uma distribuição uniforme entre os eixos dianteiros e traseiros, mas as forças laterais são maiores, por conta da alta velocidade imprimida em curvas rápidas e mudanças de direção.
Em termos de degradação, ela é principalmente térmica, por conta da temperatura ambiente que é bastante elevada nesta época do ano. No evento de 2024, as temperaturas durante a corrida ultrapassaram os 30 °C na pista.
O traçado foi parcialmente recapeado no ano passado, tornando a pista um pouco mais lisa, para diminuir os bumps.

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