Neste fim de semana a Fórmula 1 retorna após uma pausa de três semanas depois de realizar o GP da Austrália. A categoria se encaminha para disputar a 4ª etapa do calendário no Azerbaijão.
A corrida no circuito de rua será disputada no final de abril, diferente das últimas duas corridas que foram disputadas em junho. A F1 precisou recorrer a uma longa pausa depois que o GP da China foi cancelado mais uma vez. Como os organizadores do GP do Azerbaijão não aceitaram alterar a data de realização da corrida, a categoria embarcou em um ‘período de férias forçado’.
O GP do Azerbaijão não marca apenas o retorno da F1, mas também o palco para diversas novidades que as equipes estão prometendo. Com a pausa, muitos times providenciaram seus novos pacotes aerodinâmicos, para fornecer algumas melhorias aos seus equipamentos.
A Pirelli fornecerá nesta etapa os pneus da gama mais macia, seleção que foi trabalhada no ano passado e é a mais indicada ao circuito, garantindo aderência. Os times vão trabalhar com os pneus C3 (faixa branca – duro), C4 (faixa amarela – médio e C5 (faixa vermelha – macio).
Por conta da prova Sprint, a Pirelli reduz o número de jogos de pneus fornecidos para o fim de semana, cada competidor recebera 12 conjuntos de pneus (as informações sobre a distribuição estão no quadro).
O fim de semana reserva algumas surpresas, a F1 disputará a primeira prova Sprint da temporada e com isso o formato do fim de semana foi alterado. Os pilotos vão passar por duas classificações para definir o grid de largada da corrida principal e Sprint.
Na classificação realizada na sexta-feira, os times vão enfrentar o formato Q1, Q2 e Q3, mas a utilização dos pneus é livre. Enquanto na classificação realizada no sábado que também tem o formato tradicional Q1, Q2 e Q3, o tempo de ação será reduzido. Os pilotos precisam fazer o Q1 e Q2 usando pneus médios novos, enquanto no Q3 eles podem usar apenas pneus macios novos.
Com a redução do tempo de classificação no sábado, os competidores vão lidar com a chance reduzida para buscar uma volta rápida e neste traçado, geralmente a classificação é um grande desafio.
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O circuito do Azerbaijão é um traçado extremamente desafiador, retas muito rápidas, freadas exigentes e os muros que estão sempre muito próximos. Este circuito cobra muito a atenção dos pilotos, mas fornece algum tipo de respiro por conta das retas que existem em sua extensão. As curvas fechas colaboram para erros e a entrada do Safety Car. As retas ajudam a esfriar os pneus, mas podem ser um problema nessa época do ano, pois temperaturas mais baixas são uma preocupação.
Os prédios presentes pela extensão do traçado geram sombras e quando os pilotos precisam passar por elas, sofrem com as temperaturas dos pneus, mas principalmente com a aderência. Adicionando mais um problema nesta dificuldade, a própria mudança de luminosidade é um fator que atrapalha os competidores ao longo da volta.
A temperatura além de influenciar na degradação dos pneus, também é um ponto de atenção para as equipes que querem evitar surpresas.
A Pirelli aposta como estratégia principal apenas uma parada como a escolha principal nesta corrida, mas é necessário levar em consideração a ação do Safety Car. A corrida Sprint é mais curta e de 100 km e paradas não são esperadas, mas para o domingo, os times podem recorrer a uma troca extra de pneus.
Na última corrida realizada em Baku, Max Verstappen conquistou a vitória realizando duas paradas, optando por uma largada com pneus médios e depois dois períodos com pneus duros. Sergio Pérez, George Russell e Lewis Hamilton fizeram uma estratégia semelhante.