Neste fim de semana a Fórmula 1 correrá na Itália, no lendário Circuito de Monza, conhecido como templo da velocidade.
O apelido dado ao circuito é bem apropriado, pois no GP da Itália de 2003, Michael Schumacher e a Ferrari estabeleceram o recorde de maior velocidade média de todos os tempos, com a marca de 247,585 km/h.
Depois de trabalhar com a ATA – Alocação Alternativa de Pneus – no evento de 2023, a ideia de reduzir a quantidade de números de compostos por fim de semana não foi bem aceita pelos pilotos e equipes, desta forma em 2024 a Pirelli fornecerá a quantidade regular de pneus no evento, sem realizar nenhum novo teste.
A gama mais macia foi usada no ano passado, a escolha permaneceu para essa prova, podendo dar uma dinâmica diferente para a competição. A Pirelli então fornecerá para cada um dos competidores os pneus: C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha).
O asfalto encontrado em Monza atualmente, passou por uma mudança importante por conta do recapeamento completo de toda a pista. O circuito passou tem vivido mais um processo de modernização de suas instalações, para garantir a sua permanência no calendário e parte da primeira fase das obras que serão realizadas por lá, envolvia o recapeamento completo.
Em termos de estrutura, algumas passagens subterrâneas passaram por alterações: a da Santa Maria delle Selve e as duas na reta entre a chicane Ascari e a Parabólica, juntamente com a construção de uma nova passagem ligando a entrada Vedano à Parabolica, visando manter pedestres e veículos separados. O sistema de coleta e drenagem de água do circuito também foram reformulados, depois das fortes chuvas que atingiram a Itália.
Depois que o processo de recapeamento foi realizado, os engenheiros da Pirelli realizaram uma inspeção no novo asfalto. Os dados foram compartilhados com a FIA e os times de Fórmula 1, preparando-os para a prova.
Quando uma pista passa pelo recapeamento, é normal que a superfície fique mais lisa do que a antecessora, mas conte com uma cor mais escura – que acaba retendo o calor.
Se o sol marcar presença neste fim de semana – como é o esperado – a retenção de calor pode ser tanta, que talvez as temperaturas em pista possam ultrapassar a casa de 50 °C.
Combinando o novo asfalto, aos pneus da gama mais macia, os pilotos devem contar com mais aderência, o que também impacta no desempenho dos pneus, somando isso a temperatura dos compostos, que já mencionados.
Além da Fórmula 1, a categoria também terá a companhia da Fórmula 2 e Fórmula 3, a pista deve evoluir rapidamente conforme as sessões vão avançando.
Para a etapa na Itália, as equipes costumam configurar os seus carros com uma aerodinâmica voltada para reduzir o arrasto, para favorecer a velocidade máxima, que é uma característica deste traçado. Os pneus são bem exigidos para oferecer estabilidade na frenagem e na tração na saída das duas chicanes. As cargas laterais nas curvas rápidas também impactam os compostos diretamente.
Sobre o pit-stop, essa é uma das pistas que o tempo de parada é um dos maiores da temporada, desta forma as equipes precisam ficar bem atentas ao que está acontecendo na pista para tomar as suas decisões. A estratégia de apenas uma troca de pneus é a mais utilizada e se torna a alternativa mais rápida.
Ao longo dos treinos livres, com essa novidade do asfalto para explorar, os competidores precisam fazer essa utilização dos pneus, para identificar o comportamento dos carros com eles. O TL2 geralmente é a sessão mais importante do fim de semana, pois é realizado próximo ao horário da corrida.
A prova da temporada passada contou com vitória de Max Verstappen, com o piloto combinando a largada com os pneus médios novos e finalizando a corrida com os pneus duros. Para uma boa parte dos competidores, os pneus médios foram usados até a volta 20, depois enfrentaram 30 giros com os pneus duros.
No entanto, seis pilotos no grid optaram pela estratégia de duas paradas para concluir a prova. No caso de Oscar Piastri, a segunda parada se fez necessária depois do toque com Lewis Hamilton que gerou a necessidade de trocar também a asa dianteira.
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