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Pirelli define gama dura de pneus para disputa do GP da Holanda

O clima influência nas estratégias durante o GP da Holanda, assim como no desgaste dos pneus e na competitividade

Neste fim de semana a Fórmula 1 segue para a Holanda, com Zandvoort marcando o retorno da categoria depois de uma breve pausa para as férias de verão.

O GP da Holanda também é o elo entre o GP da Itália, com a corrida que acontece em Monza formando uma rodada dupla. Veremos como o campeonato vai se desenrolar com os próximos eventos.

Para Zandvoort, um circuito visitado pela Fórmula 1 nos últimos três anos, não existem segredos quando ao composto ideal para a prova. Novamente a Pirelli fornecerá a gama dura de pneus, que corresponde as necessidades do traçado.

Recapitulando, os pneus usados nesta ocasião são: C1 (duro – faixa branca), C2 (médio – faixa amarela) e C3 (macio – faixa vermelha). A escolha permanece inalterada e será a mesma trabalhada nas últimas passagens da categoria por este circuito.

Pirelli escala a gama dura de pneus para a disputa do GP da Holanda – Foto: reprodução Pirelli

O traçado sinuoso conta com 14 curvas, quatro para a esquerda e dez para a direita, ao longo dos seus 1.259 KM. Algumas curvas são bem inclinadas, como a 3 e 14, com inclinações de 19 e 18 graus respectivamente, que as tornam mais íngremes que as curvas de Indianápolis.

Embora as curvas dos outros traçados sejam fluídas e tenham algum caimento, não são inclinadas como as encontradas atualmente em Zandvoort. Os pneus são altamente exigidos por conta da pressão necessária que esses compostos lidam para completar este traçado sinuoso e especial reagir a essas curvas íngremes. As velocidades altas também são um ponto de atenção para o fim de semana.

Esse não é um circuito fácil para a realização das ultrapassagens, pois é uma pista estreita e composta por muitas curvas. Desta forma a classificação se torna um ponto importante do fim de semana para obter um bom resultado neste traçado. O circuito mostrou que é muito desafiador, principalmente nos treinos livres quando os times ainda estavam realizando o reconhecimento da pista.

Os pneus sofrem com as inclinações da pista, desta forma, cuidar dos pneus se torna um critério importante dentro da avaliação dos times. Frear nas curvas 1 e 11, gera um impacto com a desaceleração de 5g, enquanto na curva 7 as forças laterais também são de cerca de 5g.

A degradação térmica é um fator muito significativo nesta pista, mas dependerá muito do clima do fim de semana. No início desta semana aponta para um clima instável. A Holanda faz fronteira com a Bélgica e levando em consideração a época do ano, mas também a região, é de muita instabilidade climática. O ponto é que o clima pode mudar muito de um dia para o outro.

Em temperaturas entre 14 °C e 20 °, os competidores conseguem encontrar um ponto melhor para gerenciar os pneus e operar principalmente os pneus macios.

Os pilotos e equipes passam todo o evento tomando muita cautela com relação às rajadas de vento e mudança de direção constante, já que a pista de Zandvoort está próximo do mar. O vento soprado também carrega areia e acaba sujando a pista, dificultando a aderência dos pneus e por consequência o controle dos carros.

Em termos de estratégia, os pneus macios foram os mais populares, mas a estratégia mudou bastante ao longo da corrida. A chuva se fez presente no começo da prova e levou alguns pilotos a instalarem os pneus intermediários, mas competidores como Alexander Albon e Oscar Piastri se destacaram em permanecer na pista com os pneus macios.

Estratégias do GP da Holanda de 2023 – Foto: reprodução Pirelli

Os compostos de faixa vermelha ofereceram mais aderência em condições de pista tão instáveis. A corrida contou com várias ultrapassagens, desencadeadas por conta dos pit-stops – aconteceram 82 ao longo da prova. A corrida foi um pouco mais dinâmica, mas não elimina o fato de que é necessário fazer uma boa classificação neste traçado.

Max Verstappen venceu a corrida pelo terceiro ano consecutivo, mas passou por várias trocas de pneu para obter este resultado.

Em situações de pista mais quente, os pneus macios e duros são combinados facilmente para concluir a prova.

Programação – Horários do GP da Holanda – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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