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Pirelli aposta em gama intermediária, mas reduz quantidade de compostos disponíveis para Ímola

A Fórmula 1 vai retornar para a Itália pela terceira vez nesta temporada e desta vez a categoria vai utilizar o circuito de Ímola para o GP da Emília-Romagna. A pista última vez que a F1 utilizou a pista foi na temporada de 2006, quando o GP de San Marino foi disputado.

Para a realização desta corrida, não vamos ter os tradicionais treinos realizados na sexta-feira, os pilotos vão contar com uma sessão única na manhã de sábado com 90 minutos, o que deve proporcionar uma classificação e corrida bem agitada, pois os times vão ter que lidar com um menor tempo de ação na pista.

Por conta deste novo formato a Pirelli ajustou a quantidade de compostos disponíveis, cada piloto vai contar com 10 conjuntos de pneus, dois duros, dois médios e seis macios. Após o treino livre os pilotos vão devolver três destes conjuntos para a Pirelli, contando com menos compostos para a classificação e corrida. No entanto, os pneus de chuva permanecem com a disponibilidade inalterada.

Para esta etapa a Pirelli deu preferência pela sua gama intermediária, desta forma os pilotos vão utilizar os pneus C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha). Os compostos atendem as características de Ímola, uma pista conhecida pela técnica, uma diversidade de curvas que acaba exigindo bastante dos novos carros da Fórmula 1. Após a última corrida realizada em Ímola, o asfalto foi recapeado e os pneus não devem sofrer tanto com o desgaste.

Foto: reprodução Pirelli

A pista mudou, mas a sua complexidade ainda é grande, um circuito anti-horário, que conta com um traçado bem estreito e de difícil ultrapassagem. Os times vão precisar lidar com as estratégias, pois elas são cruciais neste circuito.

Nos comentários de Mario Isola, chefe da Pirelli na Fórmula 1: “Os testes realizados na semana passada em Portimão foram para avaliar as especificações dos pneus de 2021 e correram bem, como o esperado. Estamos agora analisando todos os dados coletados, pois até 1º de novembro temos que nomear a especificação definitiva para o próximo ano.”

“Neste fim de semana em Ímola, haverá muito para ser analisado em um curto espaço de tempo. Depois de deixar Portugal as equipas têm de lidar com um novo formato de fim de semana e tempo reduzido de treinos no que será uma pista totalmente nova para a maioria dos pilotos – embora, tenham lidado praticaram com este cenário em Nurburgring recentemente”, completou.

“Como seria de esperar em um circuito com tanta história, Ímola tem um ar da velha guarda, como Mugello, e acreditamos que os pilotos vão adorar correr lá. Encontrar a configuração certa o mais rápido possível será a chave para o sucesso, pois a natureza técnica da pista exige algumas concessões importantes sejam feitas, por isso é sempre difícil encontrar o equilíbrio certo.”

“Ultrapassar pode ser bastante complicado e o clima nesta época do ano é imprevisível, então a estratégia está tomando um papel. Mas essa estratégia precisa ser flexível o bastante para se adaptar às circunstâncias em mudança contínua”, finalizou.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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